Capítulo 2

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Depois daquele dia, eu decidi odiar a Maria Clara com todas as minhas forças. O final de semana foi bem intenso no restaurante, e eu e a Luíza conversávamos sobre reestruturar o restaurante. Queríamos aumenta-lo contratar mais funcionários e abri-lo todos os dias e em todos os horários. Era muito pedido por nossos clientes mais fiéis. Embora bem caros os pratos, o restaurante era muito frequentado. Temos clientela fixa da elite carioca, principalmente idosos que vivem sozinhos e não cozinham e nem tem cozinheiros, então comem no nosso restaurante, porque gostam de comida sofisticada então pensamos em criar um bistrô para funcionar todos os dias, almoço e jantar e fazer entregas também. Tínhamos um espaço já em mente e era na mesma rua do nosso atual restaurante. A cheff de lá seria nossa amiga Nathalia Diorio, ela voltou para o Brasil a 6 meses e as vezes cozinha no nosso restaurante e as pessoas tem gostado muito da comida dela. Ela contrataria mais uma pessoa para trabalhar com ela para revezarem. Uma ficaria de manhã e outro a noite e eu e a Luíza continuaríamos no Olympe. Passamos a semana toda fazendo orçamentos de equipamentos para cozinha, de mobília, de reforma, de gastos com funcionários. No sábado nós duas não trabalharíamos a noite, e sim os su-cheff's. Eu estava em casa quando a campainha tocou e certamente era a Luíza porque não foi anunciada.

Eu: Fala Luíza... Uau – ela estava linda – Onde vai assim? – dei espaço para ela entrar.

Luíza: Nós vamos numa boate, vai se trocar.

Eu: Não. Você vai. Eu vou continuar em casa fazendo vários nadas.

Luíza: Precisa voltar a ativa Pri. Se troca, faz uma make legal e vamos sair. Quero te levar numa boate que conheci chama Vitrinni. É sensacional, sofisticada. Vamos lá. Prometo que a gente vai embora se você não gostar.

Eu: Você não vai desistir não é?

Luíza: Não.

Eu: Ok – suspirei. – Vou tomar um banho rápido e me arrumar.

Luíza: Ok eu espero – eu subi tomei um banho rápido entrei no closet procurei uma roupa e optei por um vestido justo preto, fiz uma maquiagem bonita, coloquei um scarpim peguei uma bolsa de mão coloquei cartão, dinheiro, documentos e o meu celular e desci. – Arrasou...

Eu: Vamos logo antes que eu desista.

Luíza: Ah não Priscilla, melhora esse humor, a gente vai se divertir.

Eu: Tá bom vamos... – saímos e fomos no carro dela. Não demorou muito e chegamos na boate. Era bem localizada, entramos, pegamos uma pulseira da área vip e fomos para lá. A vista da área vip era de todo o palco e de cima, e lá também havia um poste de pole dance acredito que para danças particulares. Chegamos bem na hora da apresentação principal.

XX: Chegou o momento... O nosso diamante, a nossa estrela, mas sexy e mais linda que nunca... SENHORITA K. – todos aplaudiam fervorosamente. Grande maioria do público eram mulheres e elas babavam por ela e com razão a mulher era maravilhosa. Seus movimentos sutis e sexy's, seu olhar chamativo e intenso. Ela tinha olhos grandes e não usava nenhuma máscara. A lingerie era perfeita, parecia ter sido feita para ela para o corpo dela. Eu não conseguia tirar os olhos de cima daquela mulher. Sai do meu transe quando a Luíza me ofereceu um drink.

Luíza: A baba está escorrendo ai amiga.

Eu: Oi? Ah Luíza... – dei de ombros pegando a bebida.

Luíza: Ela é linda não é?

Eu: Sim. Muito. E muito sexy também.

Luíza: Muito. – ela olhou para cima e os olhos dela se encontraram com os meus. Ela deu um leve sorriso e eu fiquei sem graça. Não demorou muito e a apresentação acabou. Ela logo apareceu na área vip do outro lado da boate e eu a seguia com os olhos. Uma mulher entregou um cheque para ela e ela a beijou com intensidade sentada no colo dela. Ela ficou um bom tempo ali com a mulher e as duas saíram juntas. – Ela faz programas. – a Luíza que havia saído por alguns minutos havia voltado novamente me assustando.

Eu: Qual é o seu problema? – saltei levando a mão no peito – Que droga, faz barulho quando aparecer. Parece até um fantasma.

Luíza: Você gostou dela não é?

Eu: Ela é bonita. Chamou minha atenção.

Luíza: Ela faz apenas um programa por noite, maioria são mulheres e muito selecionadas. Não é nada barato. Ouvi ali no bar que aquela mulher que saiu com ela, pagou 2 mil para passar o resto da noite com ela. Ela se apresenta aqui na quinta, sexta, sábado e no domingo a tarde.

Eu: Porque está me dando todas essas informações?

Luíza: Por que se você quiser, já sabe... – piscou pra mim.

Eu: Já saiu com ela?

Luíza: Não.

Eu: E por que?

Luíza: Ela não faz o meu tipo, mas acho ela linda demais. – ficamos ali até as 3 da manhã e eu não a vi mais. Eu não conseguia dormir, eu não conseguia tirar aqueles olhos marcantes da minha cabeça, não sei por quê. Luíza foi lá pra casa na hora do almoço, ia cozinhar e a Diorio também iam pra lá. Diorio e Luíza faziam o almoço enquanto eu escolhia um vinho e terminava de colocar a mesa. A gente almoçou em meio a conversas, risadas e lembranças de quando estudávamos juntas. As 16 horas as duas foram embora. Eu tomei banho e quando fechava os olhos só via os olhos daquela mulher. Senhorita K. Resolvi sair e não demorei muito e estava na porta da Vitrinni como na noite anterior. Pensei um pouco dentro do carro e logo desci e entrei.

XX: Boa tarde...

Eu: Boa tarde. A Senhorita K já dançou?

XX: Acabou de dançar. Mas se quiser, ela pode fazer uma dança particular para a senhora.

Eu: Obrigada. Eu só quero companhia. – pisquei pra ele e subi para a área vip. Logo alguém do bar veio me atender e trouxe uma garrafa de champanhe pra mim e duas taças. Não demorou muito um perfume muito bom e acentuado tomou conta daquela área, quando olhei para a entrada era ela.

SK: Olá... – ela tinha uma voz muito sexy. Não sabia se aquela era a voz dela mesmo, ou se era parte do personagem.

Eu: Olá... – coloquei champanhe nas taças e estiquei uma a ela. Ela usava uma lingerie preta com detalhes em vermelho e roby transparente por cima. Ela se sentou ao meu lado. – Muito prazer, Priscilla Pugliese.

SK: O prazer é todo meu, Kate -... – brindamos.

NATIESE EM: SENHORITA KATEOnde histórias criam vida. Descubra agora