Capítulo 104

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No dia seguinte fomos ao abrigo ficar um pouco com a Serena. Ela sorriu quando a Natalie a pegou. A Natalie se desmanchava com cada sorrisinho dela. Meu coração batia forte sempre que via. Ava entrou em contato dizendo que a audiência foi marcada para daqui dois dias. Nesses dias passávamos o máximo de tempo possível com a Serena para que ela se acostumasse com a gente. Já nos sentíamos tão mães dela que ir embora e deixa-la fazia com que a gente passasse a noite chorando. O dia da audiência chegou estávamos ansiosas e a audiência durou uma hora a principio, ai passamos por uma psicóloga do juizado separadamente e depois por mais outra psicóloga juntas, para saberem mais sobre nós e darem o veredicto. No fim da tarde já exaustas de tantos interrogatórios a sentença... Serena era nossa filha. O Juiz nos deu um papel para levarmos na embaixada para pedir a cidadania dela para o Brasil com prazo de 48 horas. Encontramos as fotos que os pais dela fizeram para tirar o passaporte dela então levamos uma foto daquelas e no passaporte já vinha com o meu nome e da Natalie como mães delas. Serena agora se chamava, Serena Delavigne Stuart Pugliese. Já passaram 15 dias desde que chegamos em Chicago. Logo avisei meu pai e ele mandaria o jatinho no dia seguinte, ele chegaria a noite e na manhã seguinte iriamos embora. No dia de voltarmos pedimos um carro com uma carretinha que levasse todas as malas e caixas. Colocamos tudo nesse carro e eles foram para o aeroporto colocar tudo no jatinho do meu pai enquanto eu e Natalie fizemos o check out no hotel e fomos buscar a Serena. Ela já nos esperava com a bolsa dela arrumada, com 4 mamadeiras prontas numa bolsa térmica. Agradecemos a todos do abrigo e a Ava e fomos embora. – Agora somos nós 3 filha - a beijei e abracei. – Minha princesa, toda minha... – eu estava completamente apaixonada por ela.

Nat: E minha também - falou fazendo um bico enciumada.

Eu: E dá mamãe também né meu amor? Vamos para casa? Sua nova casa, seu novo país? – embarcamos e a comissária pediu pra dar uma mamadeira pra ela enquanto decolávamos por causa da pressão no ouvido dela. O voo foi muito tranquilo, ela não chorou, ela mais dormiu que tudo, ela ainda era muito pequena. Eu troquei a fralda dela algumas vezes, a Natalie também. Minha mãe havia preparado tudo para a chegada dela junto com a minha sogra. Já tínhamos pediatra marcado pra ela, a Larissa já tinha cuidado disso, a pediatra dela seria a mesma pediatra da Lily. Chegamos no Brasil era noite já. Minha mãe, o Rodrigo e o irmão da Natalie foram no aeroporto nos receber. Foram em carros separados para caber tudo que trouxemos. Chegamos em casa e estava tudo arrumado para a chegada dela. O quarto ficou incrível, fiquei surpresa em como minha mãe conseguiu fazer aquilo tudo em tão pouco tempo.

 O quarto ficou incrível, fiquei surpresa em como minha mãe conseguiu fazer aquilo tudo em tão pouco tempo

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 A mamãe a apertava, a beijava até fazê-la chorar incomodada. Minha sogra também, o Rodrigo estava encantado. Minha mãe colocou um bercinho no nosso quarto para ficar mais perto da gente nesses primeiros dias. Ela acordou 3 vezes de madrugada para mamar e trocar fralda. No dia seguinte a levamos ao pediatra e ela estava ótima. Ela passou uma formula para substituir a que ela estava tomando nos Estados Unidos. Minha mãe e minha sogra foram embora.

Nat: Ela dormiu...

Eu: Que bom, eu estou morta.

Nat: A gente é meio maluca... Viramos mais assim da noite para o dia. – deitou do meu lado.

Eu: É eu sei... Mas ela é um docinho né? – sorri.
Nat: Sim, ela é. Como é possível a gente se apaixonar tanto por uma criança que não convivemos, e tão rápido?

Eu: Estou me fazendo essa pergunta a dias amor. – rimos. A primeira semana da Serena com a gente foi muito boa. Passamos alguns apertos com ela, mas sempre ligávamos pra Larissa ou pra Mariana, ou pra minha mãe. Eu e Natalie vamos cuidar integralmente dela por três meses e depois a Natalie volta a trabalhar e a gente contrata uma babá para nos ajudar. Luiza e Diorio a conheceu e ficaram apaixonadas por ela. O Rodrigo e o Gustavo pareciam dois tios babões. Decidimos ir para São Paulo, para o meu pai conhece-la pessoalmente. Combinamos com a minha mãe, ela mandaria o motorista pra nos buscar. Fizemos a mala dela primeiro e depois a nossa. Vamos ficar uma semana em São Paulo. O encontro dela com meu pai, foi a coisa mais linda de se ver. Ele a pegou, a abraçou e ela olhava pra ele como se quisesse entender quem ele é. Os gêmeos a encaravam curiosos, a família toda apareceu para conhecerem a nova Pugliese.

NATIESE EM: SENHORITA KATEOnde histórias criam vida. Descubra agora