Capítulo 92

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No dia seguinte após o café da manhã Roberto me chamou para conversar. Ele estava no jardim, o pessoal todo estava na piscina eu não queria entrar. – Queria falar comigo?

Roberto: Claro... Senta - me sentei na cadeira ao lado dele. – Isso é pra você. – me deu uma pasta.

Eu: E o que é isso?

Roberto: Isso é meu presente de casamento para você em forma de incentivo. – abri a pasta com alguns papéis. Era uma escritura e um outro papel com algumas informações bancárias. - É a escritura de um prédio de 5 andares na Barra da Tijuca. Esse prédio é meu a alguns anos e nele funcionava escritórios do CitiBank. São salas muito amplas, bem ventiladas, iluminadas e esse prédio está fechado a cerca de um ano quando toda a empresa migrou pra São Paulo. Eu estou te dando esse prédio como meu presente de casamento, para que você monte sua escola ou abra uma filial. – eu estava petrificada – E como sei que isso custa muito dinheiro porque precisará de algumas reformas e adaptações, então tem ai um documento que te dá acesso a 5 milhões de reais para cuidar de tudo.

Eu: Roberto... Eu... eu... Eu – eu não conseguia falar, meu coração estava na garganta.

Roberto: Você pode aceitar sim. Sei que é isso que vai dizer. A Priscilla não sabe disso, só eu e a Patrícia. É o nosso presente para você.

Patrícia: Ela não quer aceitar, conheço essa cara de espanto – passou pela porta e se sentou ao lado dele.

Eu: É muita coisa, é um prédio e 5 milhões de reais. – falava assustada.

Patrícia: Eu e o Roberto conversamos muito sobre isso Natalie. Eu estive no Rio enquanto estavam na França e eu conheci sua escola através do seu amigo Rodrigo. Eu me emocionei muito com o trabalho e o intuito do que fazem. E é lindo. Uma moça chegava lá quando eu conhecia a escola. Ela estava acompanhada por uma amiga... E ela estava tão fragilizada, com alguns machucados pelo rosto, ela havia sido agredida pelo ex marido por causa de uma separação. Ela foi acolhida com tanto amor e com tantas palavras de incentivo que eu fiquei até emocionada. Eu assisti uma aula, eu vi como funciona o salão da auto estima como vocês chamam, o acolhimento ali era tão genuíno que eu sai de lá extasiada. Lógico que eu pedi para o Rodrigo não falar nada que eu mesma falaria com você. E eu fiz imagens mostrei ao Roberto e como pensávamos num presente de casamento para vocês, decidimos dar esse espaço a você para que continue esse trabalho e receba mais pessoas que precisam de cuidados, que precisam se sentir amadas.

Roberto: Sim, queremos que continue com seu trabalho ainda melhor. Aceita, seremos uma família em menos de um mês.

Eu: Eu ainda estou sem palavras – ri e chorei – Muito obrigada, não tem ideia do quanto isso vai ser bom para todas as pessoas que nos procuram. – abracei os dois em agradecimento. Eu estava chocada com tudo aquilo e principalmente com a atitude da Patrícia. A pouco tempo, Rodrigo e eu havíamos conversado sobre a possibilidade de comprarmos um lugar mais amplo que comportasse mais pessoas, e mais salas e queríamos oferecer um atendimento psicológico ainda melhor na escola, mas deixamos para definir isso depois que eu me casar. Contei a Priscilla depois e ela me abraçou feliz com a atitude dos pais e principalmente da mãe dela. Eu estava muito feliz. O Rodrigo ficou chocado, chorou, agarrou a Patrícia, foi a coisa mais engraçada do mundo. No dia seguinte fomos todos embora para o Rio no mesmo voo. Luíza não estava bem. – Luíza, acho melhor irmos ao hospital, a gente vai com você, não pode ficar assim.

Luíza: Eu estou bem, só muito enjoo e dor de cabeça.

Diorio: Vamos em casa, vamos deixar as malas e vamos ao hospital. Dor de cabeça numa gestante não é nada normal. – elas decidiram ter o bebê juntas. Quando a Pri me contou a novidade e como aconteceu eu fiquei muito chocada.

Pri: Eu vou com vocês.

Eu: Eu também vou – elas foram para o carro delas, e nós para o carro com o Gustavo e o Rodrigo. Fomos em casa, deixamos as malas quando o celular da Pri tocou.

Pri: Oi Nathalia? O que? Como assim? A gente está indo. – desligou.
Eu: O que foi?

Pri: A Luíza desmaiou na garagem do prédio e começou a sangrar. A Diorio chamou uma ambulância, estou indo para o hospital. Vamos...

Eu: Vamos... – logo chegamos no hospital a Diorio estava desorientada.

Pri: Nathalia, como ela está?

Diorio: Eu não sei. Tinha muito sangue, eu acho que o bebê não está bem. Ela vem sentindo dores de cabeça a alguns dias, mas tomava um remédio e melhorava. Tinha muito sangue Pri... – falava nervosa.

Pri: Calma, vamos esperar, ela vai ficar bem. – nos sentamos. Depois de uma hora, uma médica veio.

Diorio: E ai? Como ela está?
XX: Eu sou a doutora Renata Galvão, eu sou ginecologista e obstetra.
A Luíza está bem, está recebendo uma transfusão, ela perdeu muito sangue e infelizmente ela perdeu o bebê.

Eu: Oh meu Deus.

Pri: Mas qual foi a causa?

XX: Pré eclampsia. A pressão dela estava muito alta, e ela disse que sentia dores de cabeça as vezes. Ela entrou num quadro de hipertensão arterial por causa da gravidez e ela teve uma pré eclampsia e infelizmente perdeu o bebê.

Diorio: Eu posso vê-la?

XX: Sim, mas só você pode entrar. Demos um sedativo pra ela, amanhã se ela estiver bem, ela receberá alta. Precisa de uma semana de repouso e depois pode voltar a rotina normal dela. E engravidar novamente só daqui 6 meses no mínimo.

Diorio: Tá bom. – nos despedimos da Diorio deixando nosso carinho pela Luíza e fomos embora.

Eu: O que está pensando?

Pri: A Luíza é muito forte, mas isso vai abalar com força total. Ela dizia que não queria o bebê, mas quando ouviu o coraçãozinho dele batendo, ela ficou louca de felicidade. Isso vai machuca-la muito.

Eu:Sim, vai. Infelizmente. – a Pri dormiu lá em casa e na manhã seguinte ocelular dela tocou, era a mãe dela dizendo que o presente dela já tinha chegadona casa dela então fomos lá. 

NATIESE EM: SENHORITA KATEOnde histórias criam vida. Descubra agora