Capítulo 106

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Oi pessoal tudo bem com vocês? Vamos para os últimos capítulos dessa história???

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PRISCILLA NARRANDO...

O tempo estava voando. Serena foi batizada no mês passado. Não fizemos festa, porque meu pai não está nada bem nesses últimos meses. Os padrinhos foram, meu irmão com a minha cunhada e a irmã da Natalie com o marido. Foi na capela do condomínio dos meus pais. Lá tinha uma capela linda, pequena, e foi só para a família e alguns amigos bem íntimos como a Luíza, a Diorio, o Rodrigo, o Gustavo. Semana de feriado de outubro, decidimos ir para São Paulo. Meu pai não está muito bem. Ele vem degenerando muito rápido e isso é assustador. Agora de fato ele parou de nos reconhecer. De vez em quando ele não sabe quem sou eu, quem é a Natalie ou a nossa filha. Ele reconhece apenas a minha mãe. O médico dele disse que isso poderia acontecer.

Os remédios ajudaram por um tempo e agora não fazem mais efeito. Ele já não comia sozinho, não tomava banho sozinho mesmo que na cadeira de banho como ele já vinha tomando a mais de um ano. Ele se engasgava quase todos os dias até mesmo com água. Meu pai não saia mais da cama e passava a maior parte do tempo dormindo. Ele estava partindo mais rápido que esperávamos ou gostaríamos. Chegamos em São Paulo na hora do almoço. Fui com a Serena vê-lo, ele estava deitado, meu irmão tinha acabado de sair do quarto.

Eu: Pai... Oi pai sou eu Priscilla...

Pai: Não, a Priscilla ainda é pequena, quem é você? – como aquilo doía e doía muito.

Eu: Não pai, sou eu. Eu cresci, eu já tenho 30 anos.

Pai: Ah... E quem é essa criança?

Eu: Sua neta, minha filha com a Natalie.

Pai: Mas mulheres não podem ter filhos juntos... – ele não era mais ele.

Eu: O senhor entrou comigo no casamento no dia 5 de fevereiro pai.

Pai: Como ela se chama?

Eu: Serena. Ela tem 9 meses, já está com dois dentinhos, já come de tudo um pouco.

Pai: Ela é bonita...

Eu: Sim ela é linda. – fiquei o encarando – Eu te amo pai.

Pai: Eu também te amo Priscilla. Eu preciso dormir um pouco, estou cansado. Pede a Patrícia para vir aqui por favor...

Eu: Peço – dei um beijo nele e o abracei como podia e ele me deu um beijo.

Pai: Te amo minha menina.

Eu: Eu também te amo muito paizinho. – sai do quarto minha mãe vinha no corredor. Ele está te chamando mãe.

Mãe: Eu vou lá – sorriu de leve. Minha mãe estava abatida, não usava maquiagem como sempre fazia, estava com roupas de ficar em casa. Por mais doloroso e insuportável que fosse, eu sabia que aquilo foi uma despedida. Meu pai estava morrendo.

Lipe: A ambulância está chegando, ele está muito fraco e desidratado. – falava cansado.

Eu: Ele emagreceu tanto, nem parece a mesma pessoa. – falei chorando.

Lipe: O papai está partindo Pri... Já se tornou inevitável... – a ambulância chegou para leva-lo. Eu fui até ele na ambulância.

Eu: Vai ficar tudo bem tá pai?

Pai: Vai sim filha. Eu te amo.

Eu: Eu te amo – meu irmão entrou na ambulância e foi junto. Eu deixei a Serena com a Natalie para ir com a minha mãe para o hospital.

NATIESE EM: SENHORITA KATEOnde histórias criam vida. Descubra agora