PRISCILLA NARRANDO...
Eu sentia falta dela o tempo todo. Eu queria estar com ela o tempo todo. Quando a vi dançando para aquele monte de homens eu me senti muito estranha. Logo ela se sentou com eles, conversou por quase uma hora. Logo algumas mulheres foram conversar com eles, se sentaram no colo deles. Eu só desejava mentalmente que a Kate não fosse a próxima. Logo ela subiu para área vip ao lado falou com uma mulher e elas saíram.Eu: Vou embora Luíza. – falei procurando meu celular no sofá e pegando minha bolsa.
Diorio: Porque? – me olhou sem entender.
Luiza: Priscilla chega tá bom? Fica vocês duas nesses joguinhos, parecendo duas adolescentes de 15 anos pelo amor de Deus. Admite que você gosta dela e vem aqui toda semana porque sente falta dela. Fala pra ela que a quer, que gosta dela, acaba com essa tortura, isso é loucura demais pelo amor de Deus. Você quis entrar nesse jogo fazer esse contrato e esqueceu que vocês duas são humanas e adivinha só? Não se manda no coração e olha onde estamos? Aqui de novo e você com ciúmes dela como você faz quase todo final de semana. – falou irritada.
Eu: Luíza, não vou discutir com você.
Luíza: Mas eu vou... Ficam as duas se encarando sempre, ai você fica de mau humor e as pessoas que lutem pra te aguentar. Abre o jogo logo e fala o que sente. Mas saiba que as consequências virão. Ela faz programas, ela dança numa boate, onde ela for reconhecida, vocês serão expostas, então segura esse rojão e parem com essa frescura. – eu arqueei a sobrancelha pra ela e sai irritada. Paguei minha comanda e fui embora. Cheguei em casa tomei um banho, andei de um lado para o outro pensando naquilo tudo. Era muita loucura, eu não podia estar sentindo nada disso por ela. Ela não deixaria a vida dela por minha causa e eu não sei como seria pra mim, toda vez que saíssemos e ela fosse reconhecida. Minha cabeça estava doendo, estava pesada, e estava cheia demais. Peguei meu celular e liguei pra ela, e é obvio que ela não atendeu, deveria estar muito bem com a mulher que ela saiu, que era uma loira alta e linda por sinal. Alguns dias depois meu irmão me ligou, meu pai não estava nada bem de novo.
Eu: Oi Lipe?
Felipe: Pri, o papai não está bem. Melhor vir pra São Paulo.
Eu: O que aconteceu?
Felipe: Ele teve um derrame.
Eu: O que? – assustei.
Felipe: Ele começou a fazer o uso da medicação americana e estava começando a funcionar, mas teve um derrame. Estamos no hospital, ele está fazendo exames agora.
Eu: Eu vou para São Paulo no primeiro voo que eu encontrar.
Felipe: Tá bom. – desligamos. Eu entrei na internet e enquanto comprava minha passagem eu arrumava minha mala. Logo avisei a Luíza e fui para o aeroporto. Eu fui muito em cima da hora correndo o risco de perder o voo, mas eu quis arriscar, o próximo voo era no fim da tarde e ainda eram meio dia. Eu cheguei bem em cima da hora. Cheguei em São Paulo uma hora mais tarde, fui em casa, peguei um dos carros da minha mãe e fui para o hospital. Cheguei lá e os médicos falavam com a minha mãe e o meu irmão.
Eu: Mãe... Felipe... – minha mãe não me olhou.
Mãe: E então...
Martins: E não sabemos se ele vai acordar. Ele está muito instável para operar agora. Se ele sobreviver as próximas 48 horas, vamos operá-lo, mas não sabemos como ele ficará e se ele vai resistir a cirurgia.
Mãe: Ele está inconsciente então é isso?
Martins: Sim, ele está intubado. O AVC dele foi hemorrágico. Estamos aguardando as próximas 24 horas são cruciais pra ele.
Mãe: Eu posso vê-lo?
Martins: Pode. Um de cada vez – seguimos um longo corredor e a minha mãe entrou primeiro. Logo ela saiu e eu entrei, e era assustador ver meu pai daquele jeito. Tão debilitado todo intubado, ele não gostaria de ficar daquele jeito ele tinha pavor de tudo aquilo.
Eu: Pai, sou eu... Fica bem logo meu lindo... Não pode me deixar agora. Ainda não é hora... – o beijei. Fiquei ali alguns minutos – Eu te amo, muito... – sai para o meu irmão entrar – Cadê a mamãe?
Lipe: Foi embora, disse que tem algo importante pra fazer. – eu fui conversar com o médico, pedir a ele pra me explicar tudo já que eu peguei o final da conversa. Ele ficou meia hora me explicando tudo. O Felipe ficou me esperando, ele tinha ido na ambulância com meu pai então eu o levei pra casa. Morávamos a 20 minutos do hospital.
Eu: A mamãe está estranha comigo o que foi?
Lipe: Não sei Priscilla, ela está nervosa demais. Ela chamou o resgate, ela me ligou desesperada eu estava saindo de casa quando ela me ligou e eu só entrei na ambulância com ele e o enfermeiro dele. O enfermeiro disse que os dois conversaram longamente, depois ele quis tomar um banho se trocou e quando foi pegar a cadeira dele para descer com ele para almoçar ele estava com o nariz sangrando e desmaiado. Foi coisa de 15 segundos. Assim que chegamos no hospital eu te liguei e depois que o médico disse que foi um AVC hemorrágico. Fizeram inúmeros exames e o resto já sabe. Ela está séria, só pergunta inúmeras coisas, foi embora sem olhar pra trás dizendo que tinha algo importante a fazer. – eu não falei mais nada. Ele pegou carro dele em casa e eu entrei.
Eu: Nair? Rosana?
Rosana: Dona Priscilla?
Eu: Rosana, não vi o carro da minha mãe ai. Onde ela está?
Rosana: Ela chegou subiu para o quarto dela e saiu 15 minutos depois com uma bolsa de mão e a bolsa dela. Disse que era pra cuidar de tudo aqui. Deve ter ido ficar com o senhor Roberto no hospital.
Eu:Não. O papai está intubado na UTI não pode acompanhante. – peguei o telefone de casa já que a bateria domeu celular tinha acabado, e liguei pra ela. O celular dela estava dandodesligado. Onde ela se meteu?
VOCÊ ESTÁ LENDO
NATIESE EM: SENHORITA KATE
FanfictionDuas mulheres, dois "mundos" diferentes... Priscilla Pugliese 28 anos empresária de sucesso formada em Administração e Gastronomia, dona de um dos restaurantes mais famosos do Rio de Janeiro, Olympe entre outros restaurantes pelo país junto com sua...