PRISCILLA NARRANDO...
Minha mãe me deu o carro dos meus sonhos, e meu pai me deu 1 milhão de aniversário, além deles terem dado o antigo prédio do CitiBank no Rio, para a Natalie desenvolver o projeto da escola dela. Ela estava tão feliz e eu estava mais feliz ainda por ver que minha mãe estava aceitando-a. Acho que a fala doentia da minha avó a trouxe para a realidade. E a surpresa mais fofa e linda da minha vida, a Natalie me deu um casal de Golden Retriever. Eu achei que fosse morrer do coração quando os vi. Eu estava apaixonada pelos meus cães. Ela me contou como convenceu o sindico a permitir, já que nos mudaríamos em menos de um mês e eram filhotes, ele autorizou. E por falar em mudança, eu precisava ver o que iria para a minha casa e o que ficaria no apartamento. Levaria meus quadros, meus vasos decorativos, e mais algumas coisas. Estava pensando se venderia ou não o apartamento, mas a Luíza manifestou interesse em ficar com ele. O apartamento dela é lindo, mas é menor que o meu então ela talvez compre o meu e a Diorio que está morando no mesmo prédio que ela num apartamento alugado, ficará com o dela. E por falar em Luíza, ela estava arrasada com a perda do bebê, não conversava, não dizia nada, só chorava. O dia que ela recebeu alta eu fui levar o jantar pra ela. Eu sai do restaurante por uma hora, levando um dos pratos que ela mais gostava e uma sobremesa.
Diorio: Oi Pri, entra...
Eu: Oi, como vocês estão?
Diorio: Eu estou bem, mas muito triste em ver a Luíza triste. – suspirou.
Eu: Imagino. Trouxe o prato favorito dela, lasanha com molho branco e a sobremesa que ela gosta muito torta de morango e leite ninho.
Diorio: Que delicia. Quem sabe ela come, porque hoje não quis nada. Vai lá, ela está no quarto. – fui até o quarto dela.
Eu: Posso? – bati na porta.
Luíza: Oi... Claro – forçou um sorriso.
Eu: Como você está? – ela suspirou.
Luíza: Não sei Pri. Eu sinto um vazio, uma culpa – deixou cair uma lágrima.
Eu: Você não tem culpa de nada Luh. Você estava se cuidando, aconteceu, porque tinha que acontecer. Eu sei que é uma droga isso, mas não era pra ser infelizmente.
Luíza: Quando eu descobri que estava grávida eu falei tanto que eu não o queria que olha só.
Eu: Te entendo... Mas não foi por causa disso que teve esse desfecho. Não fica assim. Soube que não quis comer hoje.
Luíza: Estou sem vontade.
Eu: Mas eu trouxe sua lasanha favorita e sua sobremesa favorita. Então você vai ter que comer, não pode fazer essa desfeita pra mim – sorri e ela sorriu triste. A Diorio logo veio com a bandeja pra ela com a lasanha, um suco e a sobremesa.
Luíza: O cheiro está ótimo.
Eu: Eu vim aqui só trazer isso para você e pra Diorio. Come, vai te fazer bem, precisa ficar bem por você e por todos que te amam muito.
Luíza: Obrigada, por tudo. Eu te amo – a abracei.
Eu: Eu também te amo. Agora tenho que voltar ao restaurante que hoje está bem movimentado.
Luíza: Logo eu volto.
Eu: Descanse o tempo que precisar. Não tenha pressa – dei um beijo nas duas e voltei para o restaurante.
03 DE FEVEREIRO...
O tempo passou bem rápido e estou no ateliê fazendo a última prova de vestido para o casamento. Estava perfeito. Não era igual ao da Natalie, mas escolhemos modelos parecidos que combinariam. Sai do ateliê, pegaria o vestido na manhã seguinte. Fui até a loja trocar meu sapato para o casamento, não estava gostando dele. Comprei outro que ficaria incrível e era mais confortável. Do shopping fui ao aeroporto buscar Jordan e Lucyle, os dois seriam nossos padrinhos. Nossos padrinhos seriam, meu irmão, meu Jaime, Rodrigo, Marcelo, Gustavo, Kevin, Jordan e nossas madrinhas seriam, Mariana, tia Cristina, Luíza, Emily, Nathalia, Larissa e Lucyle. Meus pais, minha avó, meus tios e primos já estavam todos no Rio. Toda a minha família, que foi convidada estavam no Rio. Não convidei a tia Beth e a família dela. Uma coisa que eu estava um pouco incomodada, foi com o fato da Natalie não ter convidado a mãe dela para o casamento. Ela colocou o nome do irmã e da irmã no lugar do nome dos pais no convite.
FLASH...
Eu: Amor, os convites ficaram lindos demais.
Nat: Sim ficaram – sorriu. – A gente já pode mandar entregar, a equipe do Gustavo faz a entrega. O que foi? Que cara é essa? – eu estava um pouco chocada quando li os nomes dos meus pais ali e onde seriam dos pais dela, estavam dos irmãos.
Eu: Você colocou o nome dos seus irmãos ao invés de colocar dos seus pais. Eu não sabia.
Nat: Achei que fosse um pouco obvio. Meus pais me odeiam, meu pai morreu me abominando por lésbica então não fazia muito sentido pra mim, colocar os nomes deles no convite sendo que me odeiam tanto... E eu vou entrar com meu irmão também. Ele vai entrar como padrinho e depois volta e entra comigo.
Eu: Amor, ao menos vai mandar um convite para sua mãe?
Nat: Não. Ela não viria.
Eu: Mas manda, por educação pelo menos.
Nat: Não... Eu não vou mandar. – eu resolvi mandar um convite sem que ela soubesse junto com uma pequena carta.
Senhora Smith;
Envio o nosso convite de casamento e desejo que se sentir no seu coração, compareça a cerimônia que vem sendo preparada com muito amor e carinho para que nosso dia seja perfeito. Sei tudo sobre vocês, sobre minha noiva e sei também que não é da vontade dela convidá-la devido os acontecimentos no passado, mas acredito também, que sempre há espaço para um recomeço nas nossas vidas. Se estiver disposta a recomeços, aguardo sua presença.
At.te; Priscilla Álvares Pugliese.
Talvez eu perca minha esposa por isso, mas eu precisava tentar alguma coisa.
FIM DO FLASH
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Lembrando que a fic acaba essa semana... Obrigada a todos que estão lendo...
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NATIESE EM: SENHORITA KATE
FanfictionDuas mulheres, dois "mundos" diferentes... Priscilla Pugliese 28 anos empresária de sucesso formada em Administração e Gastronomia, dona de um dos restaurantes mais famosos do Rio de Janeiro, Olympe entre outros restaurantes pelo país junto com sua...