Capítulo 108

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PRISCILLA NARRANDO...

Meu pai se foi e a dor era insuportável. O que me dava alívio era minha mulher e minha filha. Tê-las o tempo todo pertinho de mim, me confortava muito. No dia 10 de novembro eu fui para São Paulo sozinha, para a leitura do testamento do meu pai. A Natalie não foi, porque a Serena estava resfriada e eu não ficaria mais que 48 horas em São Paulo. Quando voltei pra casa a Serena chorava sentada no cercadinho enquanto a Natalie fazia mamadeira.

Eu: Oi amorzinho da mãe o que foi hein? – ela esticou os bracinhos para pegá-la. – Ai que saudade a mamãe estava de você. Está quentinha ainda filha.

Nat: Ah por isso parou de chorar né sua mãe chegou. Oi amor – dei um beijo nela.

Eu: Oi amor. Ela está com febre.

Nat: Acabei de dar remédio a ela, fui fazer uma mamadeira, porque hoje não quis comer nada. – me deu a mamadeira para dar a ela e sentamos no sofá. – E ai como foi lá?

Eu: Intenso. Minha tia Beth apareceu, não sei como ela descobriu sobre a leitura do testamento, mas não pode ficar na sala já que ela não era citada no testamento ai imagina o escândalo? Falou que minha mãe manipulou meu pai pra não deixar nada pra ela. Minha mãe chamou a polícia e ela saiu de lá algemada. Eu e o Felipe rimos tanto que por fim a mamãe estava batendo na gente – demos risada. - A casa é da mamãe, a empresa é metade dela e 25% minha e 25% do meu irmão. As casas de férias, no Brasil e no exterior, assim como jatinho e o helicóptero é de uso de todos podendo vende-los somente se todo mundo concordar. E ele deixou além da empresa 35 milhões para mim e 35 milhões para o Felipe. 15 milhões divididos entre Marina, Matheo e Serena. 10 milhões para a Luíza, a Mariana e 10 milhões a você. – ela assustou. – Deixou algumas propriedades para a tia Cristina, pra vovó, e elas ficaram surpresas afinal são a família da mamãe. E deixou dois prédios em São Paulo que eram dele de aluguel, um para o meu tio e outro para minha tia irmã dele. Nisso tudo só a tia Beth que não levou nada. Ele refez o testamento depois do vexame que ele deu no velório da vovó e a tirou do testamento.

Nat: Amor eu estou surpresa, seu pai deixar dinheiro pra mim depois de ter me dado o prédio e o dinheiro para reforma-lo.

Eu: O papai gostava muito de você amor e ele não ia te deixar de fora, assim como incluiu a Sereninha... alguns dias depois voltei a trabalhar no restaurante, e boa parte das vezes que eu chegava em casa a Serena estava dormindo agarrada na Natalie e eu tinha que coloca-la no berço. No fim do mês recebemos uma carta de Chicago, a casa do Jordan e da Lucyle foi vendida e o carro da Lucyle também. Então precisavam de uma conta bancaria para o deposito ser feito e como eu precisei abrir uma conta bancaria pra Serena por causa da herança do meu pai, eu dei aquela conta, afinal era tudo dela. Em torno de 750 mil dólares dava quase 4 milhões de reais além do dinheiro que os dois tinham em conta, tudo havia sido transferido para essa mesma conta.

O aniversário da Natalie chegou, fizemos um jantarzinho bem intimo lá em casa decidimos o natal também, embora eu não quisesse comemorar nada, eu sabia que o papai não ia querer que ficássemos chorando e sofrendo por ele. Então o natal esse ano será na minha casa. As festas de final de ano chegaram decoramos uma linda árvore e a Serena amava as luzes piscando. Ela ficava em pé segurando nos móveis estava quase andando já. Decidimos fazer um aniversário pra ela lá em casa, então a família ficou até o dia do aniversário que foi linda a festa dela. Nossa menina fez um ano. Fiz uma oração pela Lucyle e o Jordan que nos deixou esse presente lindo demais. A cada dia estávamos ainda mais apaixonadas pela nossa filha.

02 ANOS DEPOIS...

08 DE FEVEREIRO...

Dois anos se passaram, e nossa vida era muito completa e feliz com a Serena que meu Deus, tem dia que ficamos mortas com a energia dela. Ela tinha muitos traços da Lucyle, como a boca, os olhos azuis, o sorriso mas o cabelo, as mãos, o nariz eram do Jordan. Ela está com 3 anos agora e era o primeiro dia de aula dela no Kindergarten que é o jardim de infância numa escola americana. Eu e a Natalie passamos dois meses escolhendo qual era a melhor escola para coloca-la. Ela precisava interagir com outras crianças. A gente estava sofrendo bastante, afinal nossa menininha vai para a escola. A mamãe me mandava mensagem o tempo todo queria que eu filmasse tudo pra mandar pra ela. A Natalie deu almoço a ela e eu fiz a lancheira. Logo ela estava pronta para seu primeiro dia de aula.

 Logo ela estava pronta para seu primeiro dia de aula

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Eu: Está pronta filha?

Serena: Sim mamãe... – sorriu.

Eu: Cadê a sua mãe?

Serena: Ela tá no banheiro. – Natalie vem se sentindo mal a alguns dias e se recusa a ir ao médico. Logo ela veio um pouco pálida.

Eu: Está tudo bem?

Nat: Sim amor, estou bem, vamos? – pegou a mochila e a lancheira e fomos para a escola. A Serena era uma criança que interagia muito com todo mundo. Estávamos preocupadas se ela ficaria bem e ela estava muito animada. Conhecemos a professora Clarice que ficaria responsável pela sala dela. Ela me abraçou e abraçou a Nat disse que nos amava e entrou na sala sentando numa das pequenas mesinhas. – Ela nem deu confiança pra gente, eu estava preparada para o choro, para rolar no chão, agarrar nas nossas pernas.

Eu:Nossa bebê cresceu –falei um pouco emocionada e fomos pra casa. A escola era americana, então elateria ensino bilíngue. Eu e a Natalie já falamos em inglês com ela, afinal é alíngua materna dela. Serena é americana e queríamos que ela falasse fluente oinglês desde pequena. Então ela já falava bastante coisa em inglês e ela amavacantar as músicas da Disney em inglês e ela tinha uma voz lindinha demais. Melembro de Lucyle cantando enquanto cozinhava, ela tinha uma voz perfeita, alémde cozinheira ela era uma cantora incrível e fazia parte de um coral. Acho queSerena puxou esse dom dela. Tínhamos que pegá-la as 15:30. Quando fomosbusca-la, ela chorou um pouco acho que ela estava com saudade. Ela foi a semanatoda da adaptação super bem, nossa filha era tão independente que até doía asvezes, porque tínhamos a sensação de que ela não precisaria da gente logo cedo. 

NATIESE EM: SENHORITA KATEOnde histórias criam vida. Descubra agora