NATIESE EM: SENHORITA KATE

Capítulo 43

Vamos aos posts dessa quarta feira???

Obs: Devo postar a meia noite daqui por diante. Caso eu não consiga postar a meia noite, eu postarei depois das 13 horas ok? 

------------------------------------------------------------------------------------

Eu não recebi nenhuma mensagem do Rodrigo e nem da Natalie. Pedi que o convite da inauguração do Bistrô fosse entregue no apartamento deles. Eu não falava com a Luíza ainda eu não queria mais brigas, não queria mais a inquisição que ela fazia, e eu já tinha arrumado uma pessoa para cuidar de tudo pra mim e ajuda-la, Lucas Marques um grande amigo meu. Diorio já tinha contratado a equipe dela fui ver o bistrô um dia antes da inauguração e estava incrível. Eu a ajudei com as comidas da festa no dia seguinte a tarde. Fui em casa e só tomei um banho me maquiei me arrumei e fui. Tinham jornalistas lá registrando tudo, muitos críticos culinários também. Logo avistei a Diorio e a Luíza. Estava tudo lindo. Não falei com a Luíza. Ela ia fazer o discurso e foi um discurso bonito. Diorio falou umas palavras também, eu logo falei algumas coisas e as pessoas se serviam todos elogiavam muito tudo.

Diorio: Não vai falar com ela?

Eu: Estou bem assim.

Diorio: Você vai viajar amanhã. Vai ficar 2 meses fora. Não viaja assim com ela.

Eu: Nathalia... Por favor...

Diorio: Viu quem está ai?

Eu: Não. – olhei na direção que ela olhava, era o Rodrigo e a Natalie. Ela estava bonita, mas parecia abatida e ainda mais magra. Eu puxei a Diorio comigo até eles. – Boa noite, obrigada por terem vindo.

Rod: Obrigado pelo convite, é lindo aqui e está tudo muito gostoso, já experimentei um pouco de cada coisa. – eu olhei para Natalie.

Nat: É, está tudo incrível, parabéns Priscilla, e Nathalia. – falou um pouco sem graça forçando um sorriso.

Eu: Obrigada.

Rod: Você vai passar a cozinhar aqui Priscilla?

Eu: Não, aqui é responsabilidade da Diorio e da equipe dela. Eu estou afastada da Olympe também. Amanhã eu vou embora do Rio. Por um tempo – a feição da Natalie mudou. O Rodrigo olhou pra ela.

Rod: É? E vai pra onde?

Eu: Me mudo temporariamente para Milão. Vou pra São Paulo amanhã cedo, passar o dia todo com meus pais, e a noite embarco para Milão. Vai ser bom pra mim. Preciso de novos ares, novas pessoas, uma nova culinária para aprender. Acredito que vai ser de grande crescimento pessoal e profissional pra mim – a Natalie me olhava triste como que se quisesse falar alguma coisa, mas não conseguisse. – Bem... Fiquem a vontade, vou cumprimentar mais algumas pessoas. Obrigada por terem vindo. – sai andando. Meu coração estava saindo pela boca. Quando iam embora vieram se despedir. Eu estava um pouco mais afastada e a Natalie veio.

Nat: Vai mesmo embora?

Eu: Sim...

Nat: Quanto tempo?

Eu: Não sei. – menti. – Porque quer saber?

Nat: Curiosidade apenas. Obrigada pelo convite mais uma vez. Estamos indo. E boa viagem.

Eu: Obrigada por terem vindo. Fiquei feliz de vê-los aqui. E obrigada.

Nat: Posso te dar um abraço?

Eu: Sim, pode – ela me abraçou passando os braços pelo meu pescoço. Inalei seu perfume, eu amava aquele perfume. – Eu te amo – sussurrei.

Nat: O que disse?

Eu: Nada... Eu não disse nada. – eu sentia o coração dela bater forte contra o meu peito e o meu coração não estava diferente. Ficamos um tempo abraçada. – Se cuida, por favor...

Nat: Você também. – nos soltamos e ficamos nos encarando muito próximas. Nossa respiração se encontrou e eu toquei os lábios dela com os meus dando um selinho demorado nela. Ela deixou uma lágrima cair imediata. – Tenho que ir. Adeus.

Eu: Adeus... – eles foram embora. A vi saindo pela porta e meu coração apertou. Eu quis muito que ela pedisse pra eu ficar, mas o pedido não veio. Logo todos foram embora eu fui para o meu carro.

Luíza: Priscilla?

Eu: Fala... – continuei andando.

Luíza: Não vai falar comigo mais? Somos sócias, somos amigas desde crianças, você não dirigiu a palavra a mim nenhuma vez hoje.

Eu: E que diferença isso faz a você? Por que você me julga e julga meus sentimentos numa facilidade Luíza que sinceramente eu desconfio se você é realmente minha amiga.

Luíza: Priscilla, eu me preocupo com você e com tudo que isso pode tornar a sua vida. Poxa... Se eu não puder dizer a você o que eu penso, porque eu sou sua amiga? Você está perdida no meio dos seus sentimentos e está descontando a frustração disso tudo em cima de todo mundo Pri, gostaria de me ver fazendo isso com você ou a Diorio fazendo isso com você? Eu tenho certeza que não. Eu amo você e você é a minha melhor amiga. Eu falo o que precisa ser dito, por mais que isso te magoe. Amiga é isso. Eu não vou ficar passando a mão na sua cabeça. Sinto muito.

Eu: Já acabou Luíza? Eu preciso ir embora eu viajo amanhã cedo.

Luíza: Sim eu já acabei. Não vai dizer nada?

Eu: Quando eu voltar a gente conversa.

Luíza: Não acredito que você está fazendo isso comigo.

Eu: Luíza, eu não estou fazendo nada que droga. Você disse tudo que quis e eu tenho o direito de ficar magoada com isso e ficar em silêncio, então por favor... Me deixa.

Luíza: OK... Boa viagem... E eu te amo – falou triste.

Eu: Obrigada. E eu também te amo – entrei no carro e fui pra casa. Eu só queria espaço. Mais nada. Na manhã seguinte embarquei para São Paulo, passei o dia todo na casa dos meus pais. Minha mãe me levou ao aeroporto. Antes de embarcar ela me abraçou.

Mãe: Eu te amo – me deu um beijo – Você é minha e tudo que eu faço é para o seu bem. Me manda uma mensagem ou me liga assim que chegar lá ok?

Eu: Tá bom. Te amo. Cuida bem do papai e qualquer coisa eu volto correndo.

Mãe: Fica tranquila, o papai está bem e muito feliz por você. Até logo filha.

Eu: Até logo – eu embarquei. Quando ia desligar meu celular recebi uma mensagem.

Me perdoa... - Natalie

Era da Natalie. Eu não respondi. Desliguei o celular e logo o avião decolou as 21:45 do horário de Brasil. Eram 2:45 da manhã em Milão. Eu ia num voo direto, pouco mais de 12 horas de voo. Cheguei lá, as 14:15 do horário de Milão e 9:15 do horário do Brasil. Fui para o apart hotel que eu aluguei, era na rua da universidade onde seria o curso e perto de supermercados, cafeterias, farmácias, hospitais, pizzarias, lanchonetes. Eu poderia fazer tudo a pé sem me preocupar então não aluguei carro. Assim que cheguei fui ao mercado que era na esquina fiz compras, abasteci a geladeira e a dispensa, eles entregaram tudo para mim. Eu fui na pizzaria em frente e comprei uma pizza e abri um dos vinhos que comprei. Fiquei desfazendo as malas guardando tudo no armário. Dei mais uma olhada no campus e em tudo que eu ia precisar para as aulas. Fui providenciar tudo que eu ia precisar no dia seguinte, fui comprar um chip de lá também para o meu telefone, logo o habilitei liguei para os meus pais que me xingaram horrores por não ter ligado no dia anterior. Dois meses... Dois meses para focar em outra coisa, ajeitar tudo dentro da minha cabeça e do meu coração.