Capítulo 59

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Então eu liguei...

Nat: Fala?

Eu: Você vai sim ao ortopedista vai olhar esse braço e vai no clinico geral também. Você está com dor e se intupindo de opiáceo isso vicia e é perigoso Natalie. Deixa de ser criança.

Nat: Priscilla, eu não vou.

Eu: Ou você vai ou a gente termina aqui, você escolhe. Eu acabei de brigar com a minha família inteira, mas tudo bem pra mim a gente termina agora se você quiser. – ela suspirou e ficou quieta.

Nat: Tudo bem, eu vou. E eles vão dizer que eu estou bem.

Eu: Vamos ver.

Nat: Vem que horas? Achei que fosse ficar mais.

Eu: Vou hoje a noite. O clima aqui não está dos melhores.

Nat: Brigaram muito?

Eu: Minha mãe e a minha avó só. Mas a gente conversa pessoalmente. Eu vou desligar, preciso acabar de arrumar minhas coisas e ir para o aeroporto.

Nat: Foi de carro?

Eu: Fui sim, está no estacionamento lá.

Nat: Te espero na sua casa então. Que horas chega?

Eu: As 23:30 é o meu desembarque.
Nat: Tá. Vou fazer alguma coisa pra gente comer tá?

Eu: Tá bom. Eu te amo.

Nat: Eu também te amo, tchau boa viagem.

Eu: Obrigada. – desliguei. Arrumei mais algumas coisas dormi um pouco. Desci para jantar era 20 horas depois que todos já tinham jantado. Subi escovei os dentes pedi um uber e ia chegar em 10 minutos. Subi para despedir do meu pai. – Pai?

Pai: Oi filha.

Eu: Já estou indo.

Pai: Mas você chegou hoje Priscilla.

Eu: Não tenho clima pai. Não dá. Desculpa. Assim que possível veio te ver tá.

Pai: Isso vai passar.

Eu: Espero que sim. Eu te amo – o abracei forte.

Pai: Eu também te amo. Se cuida e manda um abraço pra Natalie.

Eu: Pode deixar paizinho fica com Deus.

Pai: Você também. Deus te abençoe. Boa viagem.

Eu: Obrigada – bati no quarto da minha avó dei um beijo nela, e ela disse que estava do meu lado pra tudo fiquei até emocionada. Não falei com a minha mãe. O uber chegou e quando entrei no carro a vi na janela. Não acenei não falei nada. Fui para o aeroporto fiz check in e logo embarquei. Meu voo atrasou 15 minutos e e cheguei as 23:45 peguei meu carro e fui pra casa. Subi a casa estava com um cheiro de frango no forno, estava uma delícia. Ela estava colocando na mesa. – Uau que cheiro bom... E que mesa linda.

Nat: Oi amor – veio me abraçar e me beijar. – Tudo bem?

Eu: Tudo ótimo agora... Não sabia que você sabia cozinhar.

Nat: Faço algumas coisas. Não sou uma cheff então não me julga. É só um frango assado com batatas, um arroz branco e uma saladinha.

Eu: Está ótimo. Vou só tomar um banho rapidinho.

Nat: Tá. – me deu um beijo eu subi tomei um banho rápido e desci. Jantei com ela e a comida dela é bem gostosa. Escovamos os dentes e fomos pra cama. – Como foi lá?

Eu: Ruim, em partes. – suspirei. – Meu pai, meu irmão e minha cunhada e minha avó Sandra estão super nos apoiando, mas a minha mãe a minha avó Carolina deram o maior show... – contei a ela mais ou menos como foi.

Nat: Eu não queria que ficasse assim com sua família por minha causa amor.

Eu: Natalie, eu te amo. Eu estou com você e eu vou ficar com vocês, eles querendo ou não. Eu não fui lá pedir a permissão de ninguém, já falamos sobre isso. Não fica assim, eu estou bem com isso – a beijei calmamente.

Nat: Eu não te mereço sabia?

Eu: Merece sim. A gente merece ser feliz. Agora vamos dormir? Eu estou cansada e com muita dor de cabeça...

Nat: Vamos – virou de costas pra mim e eu a abracei – Boa noite.

Eu: Boa noite. – não demoramos muito a dormir. No dia seguinte ela foi trabalhar cedo, ia trabalhar o dia todo na escola. Eu fui ao bistrô dar uma força pra Diorio que estava sem um dos cheffs para o almoço, depois fui em casa tomei banho me troquei e fui buscar a Natalie para ir ao médico. Uma consulta era as 17 e a outra as 17:30. Logo chegamos no ortopedista.

Fred: Boa tarde eu sou o doutor Fred Vasconcelos.

Eu: Priscilla Pugliese.

Nat: Natalie Smith.

Fred: Entrem... – entramos e nos sentamos. – Em que posso ajudar? – a Natalie ficou quieta.

Eu: Minha namorada deslocou o braço numa agressão, não quebrou aqui estão os exames de imagem dela. E ela sentiu muita dor no início e um ortopedista passou esse remédio ai da receita pra ela. Isso já tem alguns meses e ela toma isso feito bala.

Nat: Priscilla...

Eu: Natalie... – a encarei. – Eu não acho que ela precise disso. Então queria saber se pode dar uma olhada, porque ela diz sentir dor ainda.

Fred: Pelas imagens, essa medicação nem deveria ter sido passada. Isso é só em caso cirúrgico grave e mesmo assim por apenas 10 dias, e pela data você está tomando a 3 meses Natalie. Esse é o opiáceo mais forte que existe e o que mais causa dependência. – ela suspirou e pela olhada que ele deu nela, ele notou que era esse o caso. Fomos na sala ao lado fazer um raio X e fez um outro exame de imagem para verificar entre os ossos dela e ele logo veio com as imagens. – Natalie, seu braço está intacto. Não tem mais lesão. O outro exame de imagem foi para constatar se havia algum coagulo da infiltração que o médico fez, porque pode acontecer para causar muita dor no paciente, mas não tem. Vou suspender esse opiáceo. Não tome mais, e como está com dores no estômago você tem que ir a um gastro ou clinico porque pode ser da medicação. Se você sentir falta da medicação ai já é um caso de dependência Natalie eu aconselho procurar um tratamento psicológico. – nos agradecemos e fomos para a outra consulta. Chegamos um pouco atrasadas, mas a médica também estava atrasada nos atendimentos dela. Doutora Ravine Costa. Natalie não dizia nada, apenas balançava as pernas ansiosa. Logo ela foi chamada e entramos. Mais uma vez Natalie não quis falar nada. Eu expliquei a questão do braço, dos opiáceos e quando ela foi examinada, ela reagiu de imediato a dor na altura do estomago e na região da barriga.

Ravine: Natalie, eu vou pedir um ultrassom e uma endoscopia. Seu abdome está muito sensível ao toque. Vou te passar uma medicação para tomar 3 dias. Vou te dar os remédios aqui, vai aliviar muito a dor tá? Mas vou pedir com urgência a endoscopia e a ultrassonografia.

Eu: O que pode ser?

Ravine: Ainda não sei, mas pode ser alguma lesão causada pelas medicações. – Natalie continuava muda. – Natalie, a gente só quer te ajudar. Não entenda isso como se estivéssemos invalidando sua dor, porque não é.

Nat: Eu sinto dores, mas já que uma pessoa que não sente tirou o meu remédio eu vou continuar sentindo dor. Nada disso aqui é necessário, eu só vim porque recebi um ultimato. – me encarou furiosa.

Eu:Amor não faz isso. Eu só quero ajudar você. – falei triste. Ela estava com raiva de mim.Saímos do consultório, passei na clinica antes de fechar e marquei para daquidois dias os exames dela. Peguei o papel para o preparo para o exame. Ela fariano dia seguinte um exame de sangue também. Ela não falou mais comigo aqueledia. Dormiu comigo, mas não falou uma palavra. 

NATIESE EM: SENHORITA KATEOnde histórias criam vida. Descubra agora