Capítulo 28

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NATALIE NARRANDO...

Petrificada... Era assim que eu estava... Estava tudo certo, estava tomando meu banho enquanto a campainha tocava insistentemente como se fosse explodir. Eu coloquei um roupão e uma toalha na cabeça. Só podia ser o Rodrigo sem chave, já que ninguém sobe sem ser anunciado.

Eu: Já vai... Onde é incêndio? – abri a porta e me assustei muito. Dei uma passo para trás em total estado de choque – O que está fazendo aqui?

XX: Posso entrar Kate? Ou melhor... Natalie...

Eu: Pa...Patrícia?

Patrícia: Em carne, osso e cansaço. Posso entrar ou vamos ter que conversar aqui na porta mesmo? – falou com grosseria.

Eu: Cla...Claro... – dei espaço a ela. – Sente-se por favor. Quer tomar alguma coisa? Um café, uma água, um suco.

Patrícia: Um café por favor.

Eu: Tenho expresso, tenho diversas capsulas. – ela colocou a bolsa do sofá e a pequena mala que trazia consigo.

Patrícia: Deixa que eu faço, pode se trocar, eu espero – falava séria. Eu fui até meu quarto rapidamente peguei um vestido longo de ficar em casa, uma calcinha e um sutiã, passei um desodorante também um hidratante rapidamente, penteei os cabelo como dava e mandei uma mensagem para o Rodrigo.

A mãe da Priscilla sabe quem eu sou e está aqui em casa.

Cheguei na sala e ela estava com duas xicaras de café.

Patrícia: Fiz um pra você.

Eu: Obrigada – se sentou e eu me sentei também pegando a xícara.

Patrícia: E então... Natalie Kate, quando pretende dizer a minha filha que seu nome é Natalie? Quando pretende contar a minha filha que é professora de dança numa escola que é sua por sinal e é muito bem sucedida sua escola, vim o voo todo tentando entender porque você é prostituta... – os olhos dela estavam me queimando.

Eu: Patrícia, eu e a Priscilla...

Patrícia: Eu sei que vocês não namoram, que a Priscilla contratou seu serviço para me enganar no casamento e na festa do banco, porque eu sou muito imperativa e quero sempre que ela esteja com alguém. Mas sobre mim eu sei, eu me conheço muito bem. Eu quero saber até onde isso vai? Até onde o contrato de vocês chegou e quando pretende dizer a ela quem você é. Por que a minha filha claramente gosta de você e se eu quero uma prostituta na minha família, você pode ter certeza que não, mas se ela quiser, eu não posso impedi-la, afinal no coração não se manda.

Eu: É Patrícia, no coração não se manda. Olha só pra mim – respirei fundo – Eu digo a 10 anos que eu não me apaixono e nem nunca vou me apaixonar por ninguém e estou completamente apaixonada pela sua filha. E então... o que eu posso fazer? E contar a ela quem eu sou, vai acontecer, eu só não vi uma maneira de fazer isso tendo em vista tudo que está acontecendo. Acho que ela já está passando por coisas demais pra ter que lidar com isso também, com a decepção de saber que a Kate que ela está talvez apaixonada, se chama Natalie e tem uma história e tanta por trás de onde ela está. – tentava não demonstrar o quanto aquela conversa estava me fazendo mal, mas estava fazendo e muito mal.

Patrícia: Não tinha o direito de esconder isso dela.

Eu: Ninguém sabe quem eu sou de verdade. Nenhuma cliente minha me conhece como Natalie ou sabe que eu sou dona de uma escola de dança que eu moro nesse apartamento. Nem dentro da boate eu sou chamada pelo meu primeiro nome para me preservar ao máximo – ela começou a rir.

Patrícia: Te preservar Natalie? Te preservar? Faça-me o favor. – ria com sarcasmo. Ela não estava ali para me pedir para contar a verdade a Priscilla e sim para defender o brasão da família dela.

Eu: Sim Patrícia, me preservar. Eu sou uma dançarina e eu faço programas sim... Ou melhor, eu fazia... Somente com mulheres, muito selecionadas e um por noite e nem eram todas as noites... – respirei fundo fechando os olhos por alguns segundos...- E... E eu não te devo explicações... Não pode vir na minha casa e eu nem sei como chegou aqui, pra me dizer o que fazer, eu sou adulta, sou independente e não tem que me dizer o que fazer. – falei nervosa. Ela colocou a xícara na mesa de centro, pegou as bolsas dela e se levantou e andou até a porta a abrindo. Ela se virou para mim com o olhar de ódio estampado no rosto.

Patrícia:Escuta bem o que eu vou te dizer... Eu quero você longe da minha filha e daminha família ouviu bem? Fique longe da minha filha e da minha família ou euacabo com você como uma pulga... –saiu batendo a porta. Eu soltei o ar que eu nem sabia que prendia. Eu comecei achorar nervosa, com raiva dela com raiva dessa situação toda

NATIESE EM: SENHORITA KATEOnde histórias criam vida. Descubra agora