Capítulo 31

893 66 4
                                    

Aquele foi o pior dia da minha vida e parecia que eu estava revivendo aquele dia horrível. Quando cheguei no hospital fui examinada, eu não falava nada. Emily estava comigo e quando ficamos sozinha ela falou me despertou.

Emy: Natalie olha pra mim, pelo amor de Deus, se situa... – eu fixei olhar nela. – O médico vai precisar dar alguns pontos na sua testa e ele precisa colocar seu braço no lugar, não quebrou, mas deslocou. Você vai ter que usar uma tipóia por algumas semanas, mas você vai ficar bem.

Eu: Tá... Como... Como ele está?

Emy: Foi só um mal estar por causa da pressão. Eu não sei como ele está Natalie, a mamãe está com ele, e o Kevin também.

Eu: Vai ficar com ele... Eu vou ficar bem... Eu sempre fico – falava baixo.

Emy: Não. Eu te deixei sozinha tempo demais. Já te abandonei uma vez, não vou fazer isso de novo – secou uma lágrima que insistia em cair. O médico voltou.

XX: Natalie eu vou colocar o seu braço no lugar, mesmo com os analgésicos vai doer.

Eu: Tá...

XX: No três tá?

Eu: Uhum – pegou no meu braço.

XX: Um... Dois... – e colocou meu braço no lugar e eu dei um grito. – Sem esperar é mais fácil. Vou te dar uma injeção para dor e fazer uma infiltração. Fique o máximo possível de tipóia tá? Vou te passar um remédio para dor. Depois procure um ortopedista no Rio, daqui uma semana, faça um novo raio x, vou te dar o laudo e o raio x para que leve para ele tá?

Eu: Tá. Obrigada. – ele me deu as injeções e colocou a tipóia. Logo veio outro médico dar os pontos no meu rosto. Eram quatro pontinhos. Me deram uma receita e eu estava liberada. No corredor eu encontrei minha mãe sentada com meu irmão. Ele levantou rapidamente e veio até mim.

Kevin: Como você tá?

Eu: Bem... Preciso ir.

Kevin: A Larissa arrumou o quarto de hospedes pra você. Não queremos que fique sozinha. E cancele sua passagem, fique mais uns dias aqui.

Eu: Eu vou ficar bem. Vou pra sua casa, meu celular ficou lá. – o abracei de novo. – Te amo.

Kevin: Te amo. Não vá embora antes que eu chegue tá? – eu não respondi. Olhei para minha mãe que me encarou, mas não disse nada. Emily pediu um táxi, e fomos para casa do meu irmão em total silêncio. Ela desceu do carro primeiro eu pedi que o motorista me esperasse. Desci entrei na casa do Kevin, a Larissa estava tomando um chá com o Marcelo que tinha ficado com ela fazendo companhia.

Marcelo: E ai, como você está?

Eu: Bem. Eu vou ficar bem. – falava envergonhada. Eu estava com vergonha e não sabia do motivo. Sensação talvez de estar revivendo aquele mesmo dia.

Larissa: Eu arrumei o quarto de hospedes pra você.

Eu: Eu vou para o hotel Larissa, obrigada por tudo. E me desculpa toda essa cena na frente da Lily.

Larissa: Natalie, não fica sozinha, você está medicada. É melhor não viajar amanhã.

Eu: Eu vou ficar bem vou decidir se viajo ou não. – a abracei. – Obrigada por tudo. E me perdoe...

Larissa: Não tem que pedir perdão.

Eu: Posso dar um beijinho na Lily?

Larissa: Claro, ela está na minha cama. – fui até lá me sentei na cama devagar.

Eu: Eu te amo, muito. Se cuida tá minha pequena. dei alguns beijinhos nela. Sai do quarto peguei meu celular me despedi do Marcelo.
Marcelo: Se quiser, eu te pego no hotel amanhã você fica lá em casa com a Emily ou vem pra cá, só não fica sozinha tá?

Eu: Ok. Obrigada – o abracei também. Abracei a Emily. – Eu te amo. Me desculpa por tudo isso eu não queria causar problemas. – controlava o choro.

Emy: Você não causou nada Natalie não fica com isso na cabeça e nem no coração tá? Te amo. Me liga amanhã de manhã.

Eu:Tá bom –entrei no taxi e fui para o hotel. Paguei e subi. Tirei minha roupa com cuidadoguardei na mala coloquei um pijama, separei a roupa que eu iria embora no diaseguinte, eu não podia mais ficar ali. Coloquei um pijama pedi uma sopa sentifome e logo a sopa chegou. Eu comi escovei os dentes tomei o remédio, deitei edormi. Eu não chorei. Eu pensei que fosse chegar no quarto do hotel e desabar eeu não desabei. Meu voo era as 8 da manhã. Eu levantei as 6 horas tomei umbanho rápido como eu pude por causa do braço. Logo guardei tudo desci fiz checkout o taxi me esperava e fui para o aeroporto. Eu não sentia fome. Embarquei elogo serviram o café da manhã, tomei um café com leite e comi algumas torradas.Algumas horas depois estava no Rio. Peguei um uber e fui pra casa. Eu iaenfrentar um batalhão de perguntas quando o Rodrigo me visse. Ainda tinha aPriscilla, eu precisava falar com ela, eu queria ela, mas ao mesmo tempo eu nãoqueria ninguém. Fiz um cappuccino pra mim coloquei um pijama fechei todo o meuquarto e coloquei o ar condicionado no mais gelado possível e deitei no escurodebaixo das cobertas. A primeira lágrima caiu. Os sentimentos me invadiram comoum soco, eu nunca pensei que seria agredida novamente que viveria nesse climade violência novamente. O olhar de desprezo da minha mãe era o que mais medoía. Eu chorei... chorei por horas a fio e nem vi a hora passar. 

NATIESE EM: SENHORITA KATEOnde histórias criam vida. Descubra agora