Capítulo 107

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NATALIE NARRANDO...

Meu sogro não estava bem a algum tempo. Ele vinha degenerando com mais rapidez de uns meses pra cá. Depois que a Serena chegou, íamos bastante a São Paulo, pelo menos 1 vez por semana, passar o final de semana ou o meio de semana com o Roberto. De um mês para cá, ele piorou muito e começou a esquecer quem éramos. A única pessoa que ele nunca esquecia era a Patrícia. Fomos para lá na semana do feriado e outubro, e chegamos bem a tempo. Ele seria levado para o hospital, ele estava partindo. Eu fiquei em casa com a Mariana e as crianças. A avó da Priscilla estava lá também e logo os tios dela chegaram.

Mariana: Estou preocupada, em como vai ser daqui pra frente.

Eu: Nem me fala. A Priscilla não está preparada pra isso.

Mariana: Acho que ninguém está... – conversávamos e brincávamos com as crianças no tapete.

Eu: Filha, não... Não pode colocar na boca – ela me deu – Isso, obrigada tá...

Mariana: Ela está a cada dia mais linda.

Eu: Sim. Os dentinhos nascendo estão acabando comigo, porque ela morde meu braço, meu queixo, minha mão. – rimos.

Mariana: O Matheo e a Marina faziam isso também quando começaram a nascer os dentes. Agora a gente só corre atrás deles, o tempo todo. Sempre tem alguém no armário, na mesa, no braço do sofá. E quando correm um para cada lado é ainda pior. – a porta se abriu, a dona Sandra se levantou e foi até Patrícia a abraçando. A Mariana fez o mesmo com o Felipe e eu fui abraçar minha mulher. Meu coração batia forte, ela estava tão triste que doía em mim. Quando ela subiu eu subi também, a Serena tinha dormido. Ela tomou banho e reclamou de dor de cabeça. Eu dei um remédio a ela com uma gotinhas na água. Ela precisava descansar. Eu me deitei com ela falei que ia avisar as meninas. Liguei para a Luíza que começou a chorar imediatamente. Ela falaria com a Diorio. Eu liguei para o Rodrigo também e ele com o Gustavo iriam para São Paulo. Liguei para a minha mãe também, ela iria para São Paulo. Eu fui até a casa de hospedes, arrumei um quarto para o Rod e o Guh, a Luíza com a Diorio e para a minha mãe.

Eu: Como minha sogra está?

Sandra: Eu dei um remédio pra ela dormir e descansar. Ela não descansa a dias. Pelo menos essa noite ela vai dormir, porque amanhã o dia vai ser muito longo para todos nós e principalmente pra ela. – suspirou se sentando na mesa comigo. – E minha neta como ela está?

Eu: Coloquei umas gotinhas de calmante na água dela e ela dormiu também. Minha mãe chega as 9 da manhã, vou busca-la. Ela vai me ajudar com a Serena.

Sandra: Isso é bom. Pediu para arrumarem um quarto pra ela?

Eu: Eu arrumei a casa de hospedes. Lá tem 3 quartos, a Diorio com a Luíza fica em um, o Rod e o Guh fica no outro e a minha mãe no outro. Pra não ter muito movimento aqui dentro, acho que precisam de privacidade.

Sandra: A moça do buffet acabou de confirmar comigo os lanchinhos para depois do enterro aqui em casa. Eu detesto isso, mas o Roberto queria que fosse assim e a Patrícia também. – conversamos longamente. Eu dormi muito mal, cada vez que a Pri se mexia eu acordava ou então eu acordava com a Serena resmungando e tinha que fazer a mamadeira dela. Acordei e a Pri não estava na cama, estava no banho. Olhei a hora e eram 7 da manhã. Olhei para a Serena e ela ainda dormia pesado. Eu separei uma roupa pra mim e uma roupinha pra Serena. Entrei o banheiro a Pri saia do chuveiro.

Eu: Oi amor – dei um selinho nela.

Pri: Oi amor.

Eu: Descansou um pouquinho?

NATIESE EM: SENHORITA KATEOnde histórias criam vida. Descubra agora