Command 2 - Capítulo XII

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Ji-hoon e JinSeok voltaram a sentar-se na manta, a acabar de comer as sandes e as frutas. Ficaram um bom tempo sem falar, apenas a aproveitar a companhia um do outro. Depois de comerem, arrumaram tudo dentro da cesta e deitaram-se na manta. Ji-hoon tinha a cabeça deitada no peito musculado de JinSeok, enquanto o Alfa afagava os cabelos rebeldes. A outra mão pousava na cintura fina do Omega, que sentia o toque como se queimasse. Era um queimar novo e bom, semelhante ao de mais cedo, antes de sentir tanto prazer e atingir o clímax. Ji-hoon percebeu, então, que o toque entre parceiros era um gatilho.

- Não podia estar um dia mais bonito... Já viajei pelo mundo inteiro e provei comidas e bebidas realmente muito boas, mas nenhum desses prazeres se aproxima deste. Poder ter-te nos meus braços é a melhor sensação do mundo. Bussy-Rabutin dizia: "A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande." Foi o que aconteceu connosco, porque todos estes anos só fizeram com que te amasse cada vez mais.

- Foram vinte anos, durante esse tempo não teve mais ninguém?

- Não, meu anjo, seria incapaz de me envolver com outra pessoa sabendo da nossa ligação. Isso teria trazido um sofrimento imenso para ti e para o meu lobo. Eu um dia, numa reunião com o teu pai Jungkook e Jimin, revelei a minha real identidade por achar que o Jimim era meu parceiro destinado. No final, percebi que não era ele mas sim o bebé que estava na sua barriga. Eu soube primeiro que todos que serias um Omega, quando ouvia o teu coração era como se ouvisse a música mais bonita do Universo. No dia em que nasceste... Foi dos dias mais felizes da minha vida, eu chorei como nunca tinha chorado.

- Os meus pais não me disseram que os tinha perseguido. - JinSeok ficou admirado com a confidência de Ji-hoon, já que esperava ele saber de toda a verdade. O trio tinha sido generoso ao permitir que fosse ele a contar a história. - Mas eu não posso julgar agora. O importante é estarmos juntos. Vou dançar para si agora.

Ji-hoon levantou-se sem aviso, já a descalçar os sapatos e a preparar uma música no seu telemóvel. Como preferia dançar contemporâneo, colocou uma música mais calma e até do estilo romântica. JinSeok sentou-se na manta, apanhado de surpresa... Uma agradável e muito desejada surpresa. Sem demoras, Ji-hoon colocou a música e deixou o seu corpo mexer-se à sua vontade, criando movimentos graciosos e precisos. A expressividade estava no ponto certo, para não falar da coreografia improvisada, que contava uma história de amor. Há muito tempo que JinSeok não via uma dança tão majestosa, elegante e expressiva. De forma automática, com o fim da música, veio uma salva de palmas e umas lágrimas no canto do olho. O Alfa provavelmente diria que tinha sido um dente de leão a entrar no olho ou um mosquito, contudo era a emoção.

 O Alfa provavelmente diria que tinha sido um dente de leão a entrar no olho ou um mosquito, contudo era a emoção

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- Não via alguém dançar tão bem desde o desfile no qual o teu pai Jimim dançou. Muitos parabéns! - Ji-hoon ficou orgulhoso de si mesmo. Não é que não acreditasse nos outros quando falavam do seu talento, era só que sendo o seu parceiro a dizer, ganhava outra dimensão. - Tenho a certeza que vais conseguir entrar numa companhia famosa e ter muito sucesso.

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