Command 2 - Prólogo

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Oi, meus anjos! Tinha esta continuação num livro aparte, contudo penso ser melhor postar aqui. Command 2 será narrado por mim, uma vez que poderei aprofundar mais outros casais e assuntos! Espero que gostem!
Beijinhos 😘

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Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

Ji-hoon tinha crescido bastante, com os seus seis anos era uma criança feliz, brincalhona, mas extremamente tímida. Jimin, Taehyung e Jungkook tinham optado por contratar uma professora para dar aulas particulares. Não podiam estar mais satisfeitos com a professora Min, discreta, amorosa e muito dinâmica a dar as matérias. Ji-hoon também era bastante inteligente e criativo, para não falar da sua paixão pela natureza. O que afligia os três pais era o pouco tempo que ele podia brincar com as outras crianças, a única oportunidade era quando o levavam ao parque todos os dias, durante uma hora. Taehyung tinha feito até questão de adoptar um cão, cujo nome era Yeontan, para que pudesse combater a solidão por vezes sentida pelo filho.


De vez a quando, Jin e Namjoon iam visitar o casal e, assim, as crianças podiam brincar livremente pelos campos, vales e riachos. Já Yoongi e Hoseok passavam, finalmente, pela fase da gravidez de um par de gémeos. Yoongi estava quase no final da gestação, portanto já não conseguia fazer viagens até ao sítio onde os três se tinham escondido de JinSeok. Jackson era o que mais tinha sofrido até então, ele e o seu parceiro destinado continuavam afastados um do outro. Junghyun pareceu deixar Jackson em paz depois de tantas tentativas falhadas de se aproximar. Continuava por perto, porém em vez de mostrar que merecia uma oportunidade, resolveu começar a tratar Jackson com desdém e desprezo. Por mais que parecesse que Jackson era indiferente ao que Junghyun fazia, tal não era verdade. O seu coração partia quando via Jackson com omegas, nas capas de revista.

Quanto a JinSeok, inicialmente ficou furioso quando descobriu que Jimin, Taehyung e Jungkook fugiram com o seu parceiro. Mas em pouco tempo acalmou a raiva, porque se os três estavam a utilizar o truque da Deusa da vida, o spray vinha com um prazo de validade. Claro que se interrogou sobre o que tinha levado os três a assumirem uma atitude tão radical, porém pensou de imediato que a sua ligação à máfia tinha sido descoberta e revelada. Até à maioridade não iria chatear ninguém.

- Jinseok, como é que aguentas ficar longe do Ji-hoon? - JinSeok virou-se de frente para Junghyun, que mesmo depois de uma noite de sexo continuava com um ar miserável por não entender que o seu lobo precisava de Jackson. - Eu sinto que estou a morrer aos poucos.

- Se tentasses mudar essa atitude, talvez ajudasse. Ao invés, mostras o teu pior lado. O Jackson é um Beta extraordinário, muito leal aos seus princípios. Talvez, se conseguisses fazer as pazes com o teu parceiro, eu descobrisse onde está o meu.

- Pensei que o spray que a Deusa da Vida te deu fosse o suficiente.

- Nunca será o suficiente, a ligação chama por proximidade. Por esta altura tem 6 anos... - JinSeok, que raramente entrava num estado de espírito melancólico, sentou-se na cadeira de escritório sem ânimo. Tentava imaginar como é que seria o seu parceiro e se sentia a sua falta, mesmo que não se lembrasse dele. - Gostava de saber qual é a cor preferida, o prato que mais gosta e se tem boas notas. Também gostava de ser é irrequieto e travesso ou o oposto. E depois, durante a noite, começo a pensar como será na adolescência.

- Não te posso ajudar, também não sei nada do meu sobrinho há seis anos e os amigos deles não abrem o jogo. Talvez devêssemos pensar no que temos para fazer na máfia.

- Ou talvez me devesses deixar em paz, porque hoje o meu parceiro faz anos e não posso estar lá para celebrar o aniversário.

Junghyun resolveu ir embora. Se ficasse ali mais um minuto podia ficar com um membro a menos. Junghyun iria afogar as mágoas, durante as próximas horas, na garrafa de whisky cara. Ninguém da máfia se atreveria a interromper o chefe, não só por medo mas também por respeito perante a dor. Mesmo com o spray, sentia a sua força diminuir. Era verdade que podia tentar intimidar e chantagear várias pessoas para ter o que queria, contudo o seu desejo era manter tudo como estava. Não queria que o seu parceiro soubesse que magoou amigos dos pais, alguns deles padrinhos. Portanto, em alternativa, andava a construir uma casa de alta segurança, como uma das provas de como era incapaz de deixar o seu Omega desprotegido. Também andava a treinar dois guardas para protegerem permanentemente Ji-hoon. Por mais que quisesse largar a máfia, não podia. Uma vez dentro, só saindo morto.

Jackson seguia como secretário de Jungkook, uma vez que este continuava a ser o presidente da empresa e a dirigir a mesma à distância. A tecnologia foi o que permitiu não levar uma grande corporativa à falência, muito pelo contrário. Mesmo à distância, era como se estivesse sempre fisicamente presente. Para Taehyung, a sua salvação foi Irene. Ela representava-o nas reuniões, desfiles e negócios. Melhor Directora Criativa e amiga era impossível. Yoongi também ajudava bastante, era fulcral por ter uma maior visão e capacidade de análise. O seu talento para a gestão era inegável. Portanto, tudo estava encaminhado... Se não fossem os paparazzi sempre a atormentar Irene, Yoongi e Jackson. Todos queriam saber do casal mais conhecido e poderoso da Coreia, assim como do filho. Jackson, já muito depois do horário de trabalho, acabava precisamente de despachar um jornalista intriguista. Ia para arrumar e ir embora, contudo Junghyun resolveu aparecer.

- Andas a trabalhar demais. Já é de noite há muito tempo. - Jackson optou por ignorar e continuar a arrumar toda a papelada espalhada. Junghyun não deixou de reparar nas olheiras de Jackson e em como tinha emagrecido. O seu coração disparou de preocupação. - Se eles parassem de esconder o Ji-hoon e regressassem não precisavas de te preocupar com jornalistas.

- Eu não lhe vou dizer nada sobre isso.  A minha boca é um túmulo.

Junghyun não perguntou mais nada, apenas acompanhou Jackson até ao táxi que ele apanhava todos os dias e seguiu atrás do táxi, só para confirmar que tudo estava bem com o seu parceiro. Sem que Jackson desse conta, muitas vezes entrava no quarto de Jackson para o ver dormir. Essa era a altura mais feliz do dia.

Quanto ao nosso casal preferido, os nossos leitores devem-se estar a questionar como é que eles estavam no meio de tudo isto. O nosso casal continuava a viver na casa que Taehyung herdara, numa utopia que construíram e mantinham presa numa bolha. Ji-hoon era uma mistura perfeita dos três. Optaram por não ter mais filhos até que Ji-hoon entrasse para a escola. Pode-se dizer que bastava esperarem pelo próximo cio de Jimin. A dinâmica entre os três nada mudara. Jungkook e Taehyung continuavam a adorar discutir um com o outro e Jimin passava o tempo a dizer que tinha três crianças em casa. Taehyung era o que mais travessuras ensinava a Ji-hoon e Jungkook era o que gostava de levar o filho ao parque e a explorar a floresta. Jimin era quem lia as melhores histórias e ajudava a fazer os trabalhos de casa. Também ensinava um pouco de dança, para o orgulho de Hoseok. Pode-se dizer que eram uma família feliz.

Há casais que se queixam da vida íntima e sexual depois do nascimento de um filho, mas isso não se aplicava a Jimin, Taehyung e Jungkook. Nos dias do cio de Jimin, Ji-hoon ficava com a professora Min ou com Jin e Namjoon. A suíte soundproof e uma boa organização, levava a que conseguissem ter momentos para brincarem, jogarem e explorar os corpos de uma forma tão quente como antes, ou até mais.

Command (Vminkook)Onde histórias criam vida. Descubra agora