Capítulo VII

3.3K 376 130
                                    

Eu não sabia o que fazer ou dizer, estar de frente a frente com Jeon Jungkook não era brincadeira. Ele bebia uma caneca de café enquanto consultava o seu tablet, de pernas cruzadas e de lado. A sua postura era de um típico CEO.

- Não vai comer, senhor Park? - Finalmente pousou o tablet e olhou para mim, os olhos atentos às roupas que vestia. - Fica bem de rosa e branco.

Disse enquanto me servia vários tipos de fruta e um sumo de laranja e manga, junto com panquecas. De facto, tudo tinha um aspecto delicioso, o meu estômago já reclamava.

- Ontem o senhor Kim ligou-me. - Tentei ser casual, agarrando no copo de sumo e bebendo um golo. A verdade era que morria de medo por dentro. O meu lobo estava todo medroso. - Perguntou se poderia encontrar-me consigo para assinar o contracto e beber um chá. Ainda não dei a resposta.

- Vou limpar a minha agenda para hoje à tarde. Há algumas coisas que tenho de esclarecer com esse Alfa. - Coisas? Que coisas? - Não me olhe assim, Park. É irritante.

- Tudo lhe irrita em mim... - Disse baixo, entre dentes.

- Diga o que tem a dizer mais alto, Omega! Eu consigo ouvir tudo! Comece a agir como um bom menino e deixo de me irritar consigo. Coma.

Ai era? Tudo bem, eu estava farto! Pela primeira vez eu e o meu lobo concordámos em algo. Cruzei o talher, coloquei o guardanapo em cima da mesa e simplesmente agarrei nas minhas coisas, para sair. Ainda olhei para trás, mas ele continuava sentado e... divertido? O que é que tinha assim tanta graça? Não achava que ia mesmo embora? Alfa desgraçado! Dei-lhe as costas, de nariz empinado, e dirigi-me até à porta. Rebola essa bunda! Não abusemos, respondi internamente ao meu lobo, que simplesmente bufou e virou-me a cara. Não havia necessidade de ser dramático. Claro, há cinco minutos não estavas a ser dramático.

- Jimin, peça desculpa. - Soltei um grito agudo quando fui compresso contra a porta, o seu corpo de sonho a tocar o meu completamente. Sentia todos os músculos exercitados e o seu hálito fresco a bater no meu pescoço. Soprou contra a pele do meu pescoço e começou a subir a camisa e a camisola. Ganhou espaço para os seus dedos subirem pelo meu tronco até aos mamilos. Prendi a respiração, a temperatura a subir de forma ardente. - Vamos, diga "Desculpe, senhor. Não volto a desobedecê-lo".

- Afaste-se... - Implorei, o suor a começar a acumular-se e o meu corpo a reagir de uma forma decadente. - Afaste-se.

- Ordens? Não me dê ordens, nunca. - E algo que não estava à espera aconteceu. Os seus dedos torceram os meus mamilos, o seu tom ríspido e sibilante. - Estamos entendidos?

- Sim. Desculpe, senhor. Não volto a desobedecê-lo. - Repeti as palavras que sabia tanto querer ouvir. Largou os meus mamilos. - Estava a magoar-me.

- Porque estava a ser um mau menino e meninos maus são castigados. - Não queria, mas assim que os seus dedos começaram a mexer nos meus cabelos, senti uma satisfação enorme e inexplicável. - Isso mesmo, descanse.

Os meus olhos fecharam-se ao mesmo tempo que deixei-me levar pela sensação agradável, pelo menos até me lembrar que tinha um horário a cumprir.

- Senhor Jeon, temos de ir trabalhar.

- Eu sei, senhor Park, sou o seu chefe. - Falou numa voz suave e especialmente grave e rouca. O meu lobo ronronou. - Eu vou marcar o seu pescoço provisoriamente. Curve o pescoço para mim.

- Mas...

- É uma ordem, pequeno. - Não tive como negar, curvei o pescoço e esperei pela dor das suas presas a rasgar a minha pele. Mas de longe não doeu tanto como antecipara. Primeiro senti uma dor que me fez agarrar o braço que me envolvia, depois senti algo mais que desejo e excitação, sentia o meu lobo e eu em paz. - Isso mesmo, descanse Jimin. Deixe-se levar.

Command (Vminkook)Onde histórias criam vida. Descubra agora