Capítulo XIII

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Depressa, os lábios lascivos encheram o meu pescoço de beijos. Por vezes sugava a pele e mordiscava até saber que ficaria com a pele marcada. Quando chegou junto da pele atrás da minha orelha foi quando gemi mais alto e agarrei-me a si, à procura de mais suporte.

- Desculpa pela maneira como falei contigo. Estou desculpado? - Falei entre arfares, eu sentia que a sala virara sauna.

- Sabes que seria incapaz de não te perdoar. - Largou a pele do meu pescoço, olhando-me nos olhos. Fiquei aliviado quando vi uma expressão totalmente diferente, mais relaxada. A sua mão ainda passava pelas curvas do meu corpo, explorando a pele. - Anjo... Era suposto estares a experimentar as roupas, não a tentar-me. Mas adoro o conjunto, olha como o teu corpo é perfeito. Devia de pensar numa linha de lingerie...

Fiquei a olhar para si enquanto se afastou um passo para me olhar de cima a baixo, ir buscar um caderno de desenhos e começar a desenhar. Ia para tapar o meu corpo, contudo a forma como levantou uma sobrancelha foi o bastante para ficar parado e ficar como me ia mandando.

- Perfeito! Não quero que uses mais lingerie de outras marcas, vou criar uma linha de lingerie inspirada em ti.

- Tae... Não sei se é boa ideia.

- É uma ideia perfeita! Agora, vai experimentar as roupas que te dei, enquanto eu penso no que faremos contigo quando chegarmos a casa.

Não pensei que fosse possível, mas depressa consegui lidar com a minha quase nudez e exposição à sua frente sem corar ou esconder o corpo. Os seus olhos espelhavam pura admiração e adoração, as suas palavras eram meigas e doces e os seus actos e toques delicados. Quando trabalhava, o seu lado criativo vinha ao de cima. Percebi que trabalhava a ouvir música clássica, um gosto interessante. E também percebi que o silêncio não era para nós constrangedor. Mas, sobretudo, ele era um excelente estilista, com uma capacidade para desenho e costura fora do comum. Não posso negar que tive de controlar a mim e ao meu lobo para não nos descontrolarmos e emitir feromonas. No fim, ele fez um ajuste nalgumas peças, descartou outras e apontou ideias para outras. Entendi que o único envolvido no processo era ele, ninguém me tirava medidas, costurava ou emendava as minhas roupas. Os únicos cheiros detectados eram os meus e dele.

- TaeTae, vamos para casa? - Pedi já de frente para a sua secretária, com um beicinho. O Jungkook também já devia de estar quase a sair do trabalho. Eu queria cozinhar para eles. - Tae... O Jungkook também já deve estar a sair, eu quero fazer o jantar.

- Hm... Vou destruir os teus planos. Vamos jantar ao restaurante, comida italiana. - Era a minha preferida! - Eu sei que gostas, anjo. Agora, anda aqui e senta-te no meu colo.

- Agora?

- Sim, agora. - Bateu com a mão no seu colo. Sentei-me de lado, ao final de algumas horas, a corar de novo, incapaz de o olhar diretamente. - Não assim, quero-te virado para mim.

Oh! Tímido e algo inseguro e hesitante, sentei-me de frente para si, uma perna de cada lado. As suas mãos foram diretamente para o meu rabo, apertando-o e fazendo-me sentar mesmo... Ele estava duro, eu sentia o seu pénis debaixo de mim. Grunhiu de prazer quando me mexi sem querer. Fiquei estático a vê-lo a fechar os olhos e trincar o lábio, ao mesmo tempo que o seu aperto se intensificou. Antes que pensasse no que estava a fazer, voltei a fazer o movimento involuntário e antes inocente. Não consegui controlar o forte desejo que brotou em mim, a voz do meu lobo a dizer para repetir, repetidas imagens obscenas a inundarem a minha mente. Mas não foi só a si que deu prazer. Quando dei conta, eu remexia-me e dava pequenos pulos. Comecei a ficar com calor, uma estranha sensação de novo no meu baixo ventre. Não me reconheci naqueles minutos, tal como não reconheci os meus fortes gemidos agudos. Eu não conseguia parar, eu não queria parar. A forma como o Taehyung acompanhava os meus movimentos e investia com os seus quadris como se estivéssemos sem uma única peça de roupa, era fogosa, rápida e intensa. Os seus olhos não se desviaram dos meus um único segundo. Sentia que conseguia ver a sua alma através dos seus olhos e ele a minha.

- Isso mesmo, amor. Olha para ti, a gemer para mim, desesperado por atingir o orgasmo, de bochechas rosadas e ar inocente corrompido. - Corei ainda mais com as suas palavras e senti ainda mais vontade de fazer qualquer coisa, eu precisava de... Eu sabia que estava no limite. A sua voz grossa, ligeiramente rouca, causou-me arrepios pela coluna abaixo. Quando os seus lábios sugaram de novo a pele atrás da minha orelha e a sua mão começou a torcer e estimular o meu mamilo... Foi o fim, como se um copo de cristal se tivesse partido em milhões de pedaços pequeninos, foi uma sensação tão arrebatadora que senti os meus olhos revirarem e o meu corpo tremer. Não fui o único. As suas mãos agarraram a minha cintura com força e o seu quadril deu uma forte investida antes de grunhir no meu ouvido e o seu corpo atingir igualmente o seu clímax. - Céus! Vim dentro das minhas calças, já não sou um adolescente que não se consegue controlar. Olha o que provocas em mim. Vamos ter de mudar de roupa e tomar um banho.

Não havia como contestar, ambos estávamos cobertos de suor. Deixei-me ser levado ao colo, as palavras doces a serem ditas ao meu ouvido a saber ao doce mais apetitoso do mundo. Deu-me banho e vestiu-me sem pressa e sempre delicado. Um tempo depois estávamos vestidos e já no carro quase a chegar ao restaurante. Não sei exactamente quando adormeci, mas a última coisa que me lembrava era do trânsito infernal e do Tae a ligar ao Jungkook.

- Finalmente a nossa bela adormecida acordou. - Adorava a maneira como o Tae falava sempre de "nossa", eu não era só dele ou do Jungkook, era de ambos igualmente. - O Jungkook já está com saudades nossas, já escolheu um bom champanhe, está à nossa espera.

Não foi preciso mais do que uns meros cinco minutos até o Taehyung conseguir chegar ao restaurante e estacionar o carro num lugar reservado especialmente para si. Saímos do carro e seguimos até à mesa onde o Jungkook estava sentado. O meu lobo estava feliz por voltar a ver o nosso outro Alfa... E eu também. Quando cheguei junto a si, baixei-me um pouco e dei-lhe um beijo na bochecha para depois ficar tímido e esconder o rosto no peito do Taehyung, cuja gargalhada vibrou em ondas por baixo da minha cabeça.

- Tão tímido... Senta-te, anjo.

Não hesitei e sentei-me de frente para ambos os homens poderosos, confiantes e dominantes, a olhar para mim. A aura que emanava era forte.

- Ouvi dizer que se divertiram à tarde, Jimin. Estou curioso em saber porquê. - Oh! O seu tom era divertido, sabia exatamente o que se tinha passado, no entanto queria que eu contasse. A forma como colocou os braços em cima da mesa, cortando a distância em parte entre nós, foi um indicativo que não era uma pergunta retórica. Como sempre, o meu rosto queimou de vergonha. - O que é que fizeram, amor?

- Kookie...

- Sem Kookie. Ouvi dizer que compraste umas peças de lingerie interessantes e ouvi dizer que te sentaste no colo do Taehyung e...

- Não digas isso, por favor. Estamos em público. - Olhei ao redor
Todos continuavam a comer, apesar dos olhares nada discretos e falatório. Como lobos conseguiam ouvir. - Por favor...

- E vais fazer o quê em troca? Sou um homem de negócios Park, devia de saber disso e para fecharmos negócio tem de me oferecer algo aliciante em troca. - Céus! A forma como me tratou da forma antiga, fez-me arrepiar de alto a baixo, o meu membro a dar sinais de vida e a deixar-me desconfortável e com dor. - Estou a falar consigo, responda.

O seu tom sério, definitivo e dominante fizeram-me desviar o olhar do meu colo e olhar para o seu rosto.

- Jungkook...

- Senhor Jeon. Estou à espera de uma resposta.

- Eu posso oferecer uma massagem. - O quê? Que ideia era essa? Maldito filtro, maldito lobo! - Meu Deus, não era isto que queria dizer!

- Negócio fechado. Vamos esperar ansiosamente por essa massagem, Park.

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Command (Vminkook)Onde histórias criam vida. Descubra agora