Command (Vminkook)

Capítulo XXXV

Estávamos a chegar ao final da manhã e a Seulgi estava quase a chegar. Depois do dia anterior, era bom voltar ao normal e à rotina. A noite não foi fácil, porque estava constantemente a acordar de pesadelos horríveis, com o Tae e o Jungkook muito preocupados e agitados. Na empresa, pairava no ar o medo e uma tensão visíveis, connosco à procura de um novo chefe de departamento financeiro. O que resolvemos fazer foi dividir o processo em 3 partes: a primeira parte com anúncios nas redes sociais, jornais e ruas; uma segunda, em que era pedido que enviassem para o mail da empresa o currículo e um vídeo de apresentação; e uma terceira, em que depois selecionava, de todos os candidatos, 5 finalistas para serem entrevistados pelo Jungkook. Portanto, o meu mail estava entupido de currículos e vídeos de apresentação, que ainda estavam por abrir e ver.

Também já tinha ido de manhã, bem cedo, ao novo edifício. Queria verificar as condições e certificar-me que a limpeza e desinfecção do espaço tinha sido feita, era muito importante a segurança e o bem estar de todos os colaboradores. Claro que pedi uma verificação de todos os equipamentos, assim como uma equipa iria ser designada para a manutenção dos mesmos. Estavam ali câmaras muito caras e tecnologias de ponta, fulcrais para as fotografias e gravações de qualidade. A Seulgi teria, igualmente à sua disposição, os melhores computadores e softwares de edição. Nada podia faltar.

- Bom dia, senhor Jimin. O meu nome é Seulgi e vim para a reunião com o senhor Jeon. É um gosto conhecê-lo. - Pessoalmente, as fotografias não faziam juz à sua beleza. Também não era a mulher tímida, notava-se que estava entusiasmada. - Realmente é belo.

- Obrigado. - Agradeci já a largar tudo o que estava a fazer e preparar-me para levantar. - Seja bem-vinda. Vai querer alguma coisa para beber?

- Não, muito obrigada. Parabéns pela gravidez e lamento imenso o que aconteceu ontem. Julguei que fosse uma lenda. - Só de relembrar o que tinha acontecido deixou-me nervoso e preocupado, connosco e com o filhote que iríamos ter. Tanto quanto sabíamos ou era alguém que precisava de receber tratamento psiquiátrico ou então estava a dizer a verdade...- Ninguém se magoou, certo?

- Foi muito mau, mas não houve ferimentos graves. O senhor Jeon está à sua espera, irei acompanhar.

E o assunto morreu ali. O Jungkook estava sentado no topo da sala de reuniões, com o dossier que tinha preparado previamente e algumas indicações. A Seulgi ficou nervosa, o que compreendia, dado ser a primeira vez que convivia com um Alfa Lúpus. Tentei sorrir, um sorriso quente e reconfortante, ela precisava de se sentir confortável a trabalhar connosco. Fiz sinal ao Jungkook para sorrir, se continuasse com aquele ar sério iria assustar a nossa nova editora. Felizmente, tudo correu bem e em poucos minutos todos estávamos às vontade, a rir e a conseguir chegar a um consenso. Como o desfile do Taehyung era em breve, marcámos para a semana seguinte uma reunião com todos os elementos da equipa, mais o actor Park Seo-joon e os escritores do roteiro e história do drama.

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Os dias foram passando cada vez mais rápido, numa confusão e pressa total. Mal se tinha tempo para respirar na empresa e no atelier do Tae, tudo estava nervoso e muito ansioso, ainda que por motivos diferentes. A boa notícia é que já tínhamos encontrado a pessoa certa para o lugar que procurávamos. Era uma Beta de meia idade e com uma ampla experiência e conhecimentos vastos, a pessoa perfeita para nós Tinha tirado o curso de Economia nos EUA e possuía várias pós graduações, um mestrado e um doutoramento, com nomes demasiado complexos para me lembrar ainda. Contudo, não era apenas a inteligência a única virtude da senhora Im, também era gentil, calma e muito sociável. O Jin Hyung não podia saber, mas fazia um kimchi delicioso. Por falar em comida, era tudo o que eu conseguia pensar em alguns momentos, para não falar do sono. A sorte era o Jungkook ser o meu chefe e deixar-me dormir uma sesta de quase duas horas. Noutros tempos pensaria que isso era impossível.