Command 2 - Capítulo XXVIII

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Taemin estava furioso... Não, furioso era um eufemismo para todo o sentimento de ódio que sentia a arder dentro de si. Teve que se desculpar junto de Baekhyun e refugiar-se dentro do seu escritório por uns segundos, sem saber muito bem o que fazer. Era óbvio que o autor tinha sido o canalha do seu rival de vários, vários anos: JinSeok. Só de pensar nele, Taemin ficava com tanta raiva que os seus olhos ganhavam uma coloração encarnada e brilhante. Primeiro quase que lhe rouba o parceiro destinado, chegando mesmo a deitar-se com ele, depois perseguiu-o e matou-o... Que mais queria o desgraçado? Com toda a certeza que Taemin iria resolver a situação com as próprias mãos e pelos seus meios.

Baekhyun, por sua vez, não parava de pensar no sucedido. O que tinha acontecido de tão grave para o seu chefe se ter de ausentar? Fosse o que fosse, depressa foi esquecido depois do Omega original se aventurar pela casa de Taemin. Deu por si no enorme terraço, com um pequeno jardim muito bem cuidado. Num dos cantos do jardim estavam as colheres que o nosso personagem mais gostava. Levado pelo cheiro floral, ajoelhou-se para sentir mais daquele cheiro tão bom...

- Quase tão belas como o senhor Byun. - A voz de Taemin suava mais tranquila, como se o problema depressa tivesse sido resolvido e esquecido. Mas não tinha. Baekhyun levantou-se de imediato, preso na rouquidão da voz do poderoso Alfa diante de si. O seu corpo estava, uma vez mais, a reagir de uma forma descomunal ao cheiro, feromonas e presença daquele Alfa. A última vez que Baekhyun sentiu uma presença tão forte, dominante e esmagadora, foi quando esteve com JinSeok. - Lamento por ter interrompido o nosso jantar tão agradável. 

- Tudo bem, o importante é estar tudo resolvido.

- Irá estar, muito brevemente. - Houve uma escuridão súbita no olhar de Taemin, que assustou e deixou Baekhyun de pé atrás. Ele conhecia aquele olhar. Mas foi tão breve que não teve como confirmar nada ou desconfiar por mais do que uns milésimos de segundo. Taemin acabou com a distância que os separava e colocou uma madeixa de cabelo no seu devido lugar, as peles a entrar num encontro electrizante. - Podia dormir num dos meus quartos de hóspede, assim não teria de me despedir tão cedo de si.

- O meu apartamento fica mesmo aqui ao lado.

- No entanto parece estar no outro lado da cidade. - O tom de voz era persuasivo. O lobo de Baekhyun gostou da perspectiva de dormir mais perto daquele Alfa tão atractivo e atencioso. Taemin aproximou os lábios do ouvido do seu parceiro. - Por favor, aceite.

- Tudo bem...

Baekhyun nem sabe como, porém deu por si a aceitar o pedido de Taemin, que colheu uma das flores mais bonitas do jardim e colocou no cabelo do seu Omega corado e envergonhado. Depois disso, os dois seguiram para continuar a jantar, só que daquela vez música podia ser ouvida: o nome da música era Off my face do Justin Bieber. Os minutos foram-se passando e o futuro casal pôde aproveitar cada segundo daquele jantar romântico, seguido por uma sessão de cinema. A meio do filme Baekhyun adormeceu, a sua cabeça caindo em cima do ombro de Taemin. O sorriso enamorado que se desenhou nos lábios do Alfa criado pela Deusa da morte era um sorriso apaixonado, de amor puro e verdadeiro. Ver o rosto de Baekhyun ser levemente iluminado pela luz do écran da televisão e do luar era a coisa mais bonita do mundo. 

Gentilmente, Taemin levou Baekhyun para um dos quarto de hóspede, um que ficava ao lado do seu quarto. Com o máximo cuidado e sem desrespeitar o Omega nos seus braços, a dormir profundamente, despiu o casaco do mesmo. Ainda ficou um tempo a pensar se era boa ideia, contudo de jeito algum que iria permitir Baekhyun dormir desconfortável. Assim, despiu as roupas do seu parceiro destinado, até este ficar apenas de roupa íntima. O corpo do seu querido e adorável Omega era uma perdição: definido e musculado na medida certa. Pela primeira vez em tantos anos de vida, deu por si a lavar a pele exposta de Baekhyun com o máximo cuidado, vestindo-o a seguir com um dos seus pijamas de cetim. No momento em que o Alfa se levantou da ponta da cama para ir embora, Baekhyun agarrou no seu braço, a reclamar durante o sono.

- Meu amor...

Taemin deitou-se ao lado de Baekhyun, que rapidamente se acomodou com a cabeça no seu peito, parando de reclamar. Com a sua voz angelical, o Alfa cantou baixinho a canção de embalar que sempre quis cantar no ouvido do seu parceiro destinado. Quem também tinha motivos para estar satisfeito era JinSeok: primeiro que tudo, estava a viver com Ji-hoon; em segundo lugar, tinha feito um ataque merecido a Taemin. No exacto momento em que Ji-hoon adormeceu, o Alfa incapaz de cair no mundo dos sonhos, levantou-se e foi tocar harpa para a sala. O som melodioso era como o negativo de todos os seus pensamentos, porque todos eles eram de júbilo por ter conseguido sair vitorioso no seu ataque a Taemin. Kai iria continuar preso.

- JinSeok... - O Alfa parou de tocar no exacto momento em que viu o seu maravilhoso parceiro a esfregar os olhos ainda ensonado, a chamar por si. - Pensei que tivesses ido embora...

- Meu anjo, como é que seria eu capaz de ir embora e abandonar o amor da minha vida? Nós somos parceiros destinados, fomos feitos para ser inseparáveis. - JinSeok acolheu o Omega com algumas lágrimas no canto dos olhos, nos seus braços fortes e reconfortantes. Ji-hoon suspirou de alívio. - Um pesadelo?

- Não, apenas senti a tua ausência e eu ando mais sensível. - Mais sensível... JinSeok esboçou um sorriso torto, entendendo na perfeição o que aquilo significava. Ji-hoon nem deu conta das palavras que saíram da sua boca. - Não sabia que sábias tocar harpa.

- Os meus dedos são dotados de habilidades que irás conhecer com o tempo. - Ji-hoon escondeu o rosto no ombro de JinSeok, apercebendo-se parcialmente do segundo sentido daquelas palavras cheias de luxúria. JinSeok soltou uma risada gutural. - Mas vamos com calma, não há nenhuma razão para pressas.

No segundo seguinte os lábios de ambos encontraram-se, matando saudades de como era tão bom se beijarem daquela forma tão doce e lenta. JinSeok foi quem tomou iniciativa para aprofundar o beijo, pedindo autorização para adentrar com a sua língua. Ji-hoon permitiu a invasão, tomando um valente susto assim que JinSeok o encorralou contra uma das paredes e levou os seus pulsos acima da cabeça. Os corpos de ambos ficaram ainda mais próximos, a perna de JinSeok a roçar a intimidade dura e excitada do seu parceiro. Ji-hoon soltou um longo gemido.

- Posso beijar o teu pescoço? Não te vou marcar, apenas quero deixar bem claro a quem pertences. - A voz de JinSeok era cada vez mais rouca e grave, assolada pela tentativa de controlo do lobo ansioso e excitado. Ji-hoon acenou avidamente com a cabeça, sendo a confirmação necessária. Os lábios de JinSeok desceram até ao pescoço calvo e exposto, mordiscando, sugando e lambendo várias zonas. Ji-hoon, que também mexia o quadril para ir ao encontro da movimentação da perna de JinSeok, gemia descontroladamente. Algumas das zonas escolhidas pelo seu Alfa eram zonas erógenas. - Lindo...

A apreciar o seu trabalho, JinSeok tirou o membro de Ji-hoon para fora do confinamento das calças do maldito pijama e iniciou uma masturbação rápida e que depressa resultou num escandaloso orgasmo de Ji-hoon. O Omega ficou a tremer agarrado a JinSeok, que embora estivesse igualmente excitado, queria proporcionar o máximo prazer possível. Os espasmos de prazer, revirar de olhos e gemido agudo foram sinais de que tinha sido bem sucedido.

- Meu Deus...

- Não foi Deus, fui eu, meu querido. - JinSeok agarrou no seu parceiro ao colo e levou-o até à bancada da cozinha. Serviu um copo de água e deu de beber a Ji-hoon, ainda a recuperar do intenso clímax. - Devíamos de ir dormir.

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