Command 2 - Capítulo XXII

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JinSeok e Ji-hoon estavam envoltos num grande clima de tensão, uma tensão boa e que deixa os corpos a arder de desejo e vontades de se pertencerem. Sentado no colo de JinSeok, Ji-hoon via e sentia o seu pescoço ser beijado por uns lábios macios e exigentes. Eles tocavam a pele, sugavam e mordiam ao de leve, até pequenas marcas vermelhas emergirem e ficarem gravadas. As mãos de Ji-hoon estavam nos cabelos do Alfa ocupado, a tentarem agarrar-se a algo. Inconscientemente e sem se aperceber das suas ações, o Omega começou a movimentar o quadril, em busca de alguma fricção e contacto mais íntimo. A ereção de JinSeok ganhou ainda mais vida, agora entre as bandas da bunda redonda do seu parceiro destinado, mas sem nunca penetrar.

- Santo Deus! Eu assim não aguento. - JinSeok assumiu o controlo da cintura e quadril do Omega, parando os seus movimentos antes que atingisse o seu clímax. Ji-hoon corou com a ideia de deixar o seu parceiro descontrolado, dava uma boa sensação de poder e controlo. - Deixa-me dar-te algum prazer, amor. Por favor.

Ver JinSeok implorar era algo inédito e apenas reservado para Ji-hoon, que apenas acenou com a cabeça perante a proposta pouco decente... O lobo de Ji-hoon, por outro lado, achou a proposta mais do que decente, há muito esperada e ansiada. Aproveita ao máximo, não sejas tão pudico. Já ficámos longe tempo suficiente. Bem, a escolha da expressão pudico não deixou o Omega feliz, ele tencionava aproveitar o toque do seu parceiro destinado, porém conseguia compreender como o seu lobo se sentia, depois de tantos anos afastados. Existiam partes da vida de JinSeok ainda na escuridão e existiam partes que Ji-hoon preferia ignorar, como ser o cabecilha de uma máfia. Como poderia não o fazer? O nosso Alfa cometia actos mais horrorosos do que a maioria das pessoas seria capaz, nomeadamente matar.

Antes de fazer fosse o que fosse, o Alfa Original beijou a testa, faces e canto dos lábios carnudos, molhados e encarnados, como se estivesse a dar o primeiro golo de uma bebida deliciosa. Só depois é que beijou os lábios de Ji-hoon, num beijo exigente e repleto de desejo. Um leve tocar de lábios virou uma dança de línguas, JinSeok queria ficar a conhecer cada canto da boca do seu parceiro, queria sentir mais do seu sabor e queria devorá-lo por inteiro. Eventualmente, os dois ficaram sem fôlego, a olhar no fundo dos olhos um do outro. A mão de JinSeok, ainda a acariciar a cintura, foi até aos mamilos sensíveis de Ji-hoon.

- Hm... - Ji-hoon trincou o lábio ao sentir os dedos do Alfa a rodear e puxar os bicos dos mamilos. Imagina como seria gelo... Bem, com esta ideia Ji-hoon ficou confuso. Qual era o prazer que um mero cubo de gelo podia trazer? - Eu não aguento...

- Porque não? - A pergunta de JinSeok contrastava com a forma como puxava os mamilos, claro que sempre no limite entre a dor e o prazer. - Estás a ver esse copo de gelo? Eu irei utilizar no teu corpo.

Como é que o seu lobo tinha conseguido adivinhar? O copo de cristal estava em cima de uma das mesas de cabeceira. JinSeok só teve que se esticar um pouco para agarrar no objecto e colocar um dos cubos de gelo na boca. Com um sorriso torto beijou Ji-hoon de novo, desta vez o frio do gelo como um antídoto a todo o calor dos corpos. Logo a seguir, o cubo de gelo desceu pelo peito de Ji-hoon, até chegar ao seu destino: aos mamilos eriçados. Ji-hoon queixou-se do fresco e do gelo a tocar os bicos tão duros e prontos para serem abraçados pelos lábios do Alfa excitado e a emanar demasiadas feromonas.

- Como é que te sentes? - Havia necessidade de falar? Ji-hoon sentia que não e sentia que os lábios envolta dos seus bicos a sugar e a lamber foram o ponto final para o autocontrolo. Descontrola-te. - Fiz uma pergunta meu anjo.

- Bem... O frio e o calor... - Ji-hoon não conseguiu dizer mais nada nos minutos que se seguiram. - Por favor...

JinSeok sabia pelo que o seu querido e adorado parceiro destinado suplicava:  era por aquele leve empurrão até ao orgasmo derradeiro. Não querendo ser uma fonte de frustração, no sítio onde seria um dia a marca de Ji-hoon, perto da glândula do cheiro, mordeu ao de leve, arrastando o seu Omega para um clímax arrasador. O membro de Ji-hoon disparou três vezes para cima do tronco de JinSeok, que sem pudor agarrou na substância esbranquiçada com os dedos e chupou. Depois disso, Ji-hoon acabou por adormecer nos braços de JinSeok, totalmente esgotado e entregue ao mundo dos sonhos. O Alfa limpou o seu companheiro, outra vez, com uma pequena toalha húmida. Os problemas surgiram a seguir, quando o telemóvel de JinSeok deu sinais de vida. Era uma mensagem de Junghyun.

"Recebi uma rosa preta em casa, salpicada com o sangue de um dos nossos espiões. A Claire analisou no laboratório."

JinSeok levantou-se da cama, tentando não acordar ninguém no processo. A sua raiva e ódio tocavam o tecto, o seu rival tinha descoberto os seus espiões e agora queria-se vingar. Olho por olho, assim funcionavam as máfias, por isso iria pagar o funeral à família da vítima e certificar-se que o autor do feito aparecesse igualmente morto. Taemin iria arrepender-se amargamente.

"Sabes o procedimento."

Poucos sabiam da vida de Taemin, principalmente aquela que era escondida à maioria. Taemin era uma criação posterior à sua, de Jackson e Baekhyun. Num acto rebelde, o cientista foi contra a Deusa da Vida e fez um acordo com a Deusa da Morte, tendo nascido assim uma espécie de lobisomem mais mortal que a anterior. Fora a criação que escapou   depois de atingir a maturidade física e mental, uma criação que sempre viveu num local à parte, pelo perigo que era para os outros. O único que visitava Taemin era JinSeok, às escondidas de tudo e todos. Durante anos foram amigos, porém um dia Taemin surgiu para se vingar de toda a atenção que o Alfa Original recebia. Os dois lutaram quase até à morte, a noite sangrenta jamais seria esquecida. O verdadeiro motivo estava em Taemin ser o parceiro destinado de Baekhyun. Taemin, quando foi atrás de Jimin, sentiu no Omega algo que o fazia lembrar o falecido parceiro destinado. Embora tivesse desistido, era óbvio que queria obter respostas. O grande problema estava em Baekhyun nunca o ter conhecido, o Alfa sempre observava o seu parceiro destinado de longe, atrás da penumbra.

- Aconteceu alguma coisa? - Ji-hoon acordou sozinho na cama, meio confuso por ver JinSeok de pé e a olhar pela janela

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- Aconteceu alguma coisa? - Ji-hoon acordou sozinho na cama, meio confuso por ver JinSeok de pé e a olhar pela janela. Sem hesitar, levantou-se e abraçou o companheiro por trás, a enterrar o nariz nas costas musculadas. Procurava oferecer alguma espécie de conforto. - Consigo sentir a tua preocupação.

- Meu anjo, desculpa, não era a minha intenção. - JinSeok virou-se para quem mais amava e acariciou a face direita com a palma da mão, apercebendo-se de como tinha acordado em sobressalto Ji-hoon. - Surgiram alguns problemas.

- Problemas da máfia? 

- Sim, problemas da máfia. Conheces algum homem chamado Taemin?

- Ele é parceiro de negócios do meu pai Jungkook. - Até aí o Alfa sabia, só queria saber se Taemin mantinha contacto próximo. - Nunca o conheci pessoalmente, ele tinha uma Omega como parceira mas recentemente divorciaram-se. Segundo o meu pai, o divórcio foi feio, ela traiu-o e ficou grávida de um outro Alfa. O Jackson diz que ele não é uma boa pessoa.

- Imagino porquê... - As palavras de JinSeok foram ditas demasiado baixas para serem ouvidas. O que importava era Jackson se ter dado conta da presença de Taemin. O motivo pelo qual não tinha revelado a identidade... Um mistério. - Vamos voltar para a cama e dormir, os teus pais chegam amanhã de manhã e eu detestaria ter de justificar a razão pela qual ficaste cansado.

Com Ji-hoon de novo a dormir, JinSeok aproveitou para ler sobre o Beta por trás do ataque, Junghyun enviara todas as informações por mail. O beta era o melhor amigo de Taemin e o seu nome era Kai. Aí estava o nome da próxima vítima de JinSeok. 

 

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