cap 10

11.2K 770 24
                                    

Nathalia Prado

Já acordei daquele jeito.

Desliguei meu despertador e fui no banheiro, usei meu troninho, lavei só meu rosto, quem vai tomar banho 7horas da manhã? Eu mesmo não, escovei o dente e fui me trocar.

Depois de trocada, olhei a hora e puta que pariu eu já estava 20 minutos atrasada.

Como sempre!

Nathalia: Fernanda! - xaqualhei  ela que nem se mexeu - Fernanda! - ela resmungou alguma coisa que não entendi - depois você briga comigo, mas agora preciso que você acorde e me ajude.

Ela olhou pra minha cara e depois pegou o celular, enquanto eu ia pegando algumas coisas.

Fernanda: Pra que caralhos você está me acordando 7:30 em pleno sábado?

Nathalia: Esqueceu foi? - ela parece que lembrou e logo em seguida me olhou com cara de preguiça - Você sabe que horas tem que está lá - joguei a chave pra ela.

Já tinha se passado um tempo dês de que toda aquela confusão aconteceu.

As primeiras semanas foi péssima, a Nanda ficou até doente, quem ajudou muito ela foi a mãe do branquinho, pelo visto elas eram bem mais próximas do que eu imaginei.

Quando ela se sentiu mais confortável me contou melhor como era essa relação que eles tinha.

O morro em respeito a ele e alguns outros envolvidos ficou de luto, sem festa sem música alta.

Mas depois de um tempo, tudo voltou ao normal.

E eu estou nesse exato momento indo pra outra favela.

Vou me mudar esse final de semana, eu ia esperar mais um pouco, só que não deu, aquela casa está simplesmente me sufocando!

Lá não tem quase nada, só uma cama de casal, que a ex dona da casa disse que eu poderia pegar pra mim e eu não recusei.

Eu gastei quase todo meu dinheiro com a reforma da casa, então não estava com muito dinheiro, o que me deixou bem preocupada, não tinha dinheiro suficiente pra comprar todos os móveis simples, os que eu mais ia usar.

Mais uma benção, chamada Gael, me mostrou um grupo de pessoas que doavam ou vendia móveis usados.

Isso foi minha salvação.

Achei tudo a única coisa que faltava era a geladeira, e foi o que me deu mais problema, as únicas pessoas que estavam vendendo era pessoas de outra favela.

Conversei com um carreto que era amigo da minha mãe, por conhecidencia morava na mesma favela que a mulher da geladeira.

Juntei o útil com o agradável e chamei ele pra fazer um carreto completo, vai passar em todas as casas que tiverem com os móveis, o bom é que o resto moram todo perto.

Não tinha tempo pra pegar um ônibus, chamei um 99 mesmo.

Comprou uns 7 minutos ele estava no pé do morro.

Motorista: Bom dia - sorriu amigável assim que entrei no carro.

Nathalia: Bom dia - retribui o  sorriso.

Mandei o trajeto pra Nanda, o medo de acontecer o que acontece com muitas mulheres.

No caminho fiquei bem quieta, pensando se eu estava realmente fazendo a coisa certa, me mudar irá ser ótimo, mas eu tenho pessoas dentro daquela casa, que eu sinto necessidade de proteger.

Deixei esses pensamentos de lado, percebendo que já estava chegando.

Nathalia: Você sente algum problema em subir? - perguntei apreensiva, normalmente eles tem medo.

FEITICEIRA (Romance safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora