cap 64

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Raissa Andrade

Tô na lajem com meus aliados, muita cerveja no meu bico e churrasco, querem mais?

Família encostou aqui também pô, cada aliado com a sua família, criança pra todo lado, tudo molhada com a piscina daqui.

Tava trocando uns papo maneiros com os caras, de longe já vi a Ana vindo, com uma toalha e com um sorriso já na cara, mas uma cara de cansada.

Essa aí eu trato como filha mermo, todo família trata, da uma assistência legal pra pequena.

Ana: Tia - já veio sentando no meu colo, abusada essa menina - tô com sono.

Nega: Vai lá com a Naty - ela negou - a tia tá ocupada agora, nega...

Ana: Mas eu quero você, e a tia também tem que curtir - olhei pra ela, que já riu - foi ela quem disse.

Neguei com a cabeça e deixei ela aqui mesmo, fazer o que?

Barriga: Tua cria com tua fiel pô? - neguei.

Nega: Não, a minha nora cuida dela, aí ela acaba ficando aqui  - os cara já olhou meio torto - qual foi?

Jefinho: Coé nega, nois nasceu pra ver tu cuidando de uma cria que nem é tua - eles riu - tá mudada mesmo.

Nega: Ala, tô valendo nada mesmo em - abri outra latinha - mas ó, tô tomando meu rumo né.

Continuei ali trocando uma idéia meneira com eles, a Ana dormindo que nem pedra.

Olhei ao redor pra ver se via a outra, ela estava conversando com uma mulher lá, fiquei encarando, parecia conhecida.

Aí eu lembrei do dia da reunião, era logo a Maia, aquela que eu não fui muito com a cara.

Já fechei a cara na hora, só não levantei porque a Ana estava no meu colo, a Naty olhou pra mim, já rindo.

Gostei não, parece que estava provocando mermo, filha da puta, mandou beijo pra mim e eu neguei com a cabeça.

Barriga: Relaxa aí, Maia sabe da caminhada dela, elas só tão trocando uma idéia.

Dei um legal e sai dali, vou colocar a Ana no quarto do Davi, aproveitar que ele tá sumido, tem um apego com aquele quarto dele.

Menó eu abri a porta dando de cara com os dois deitados se beijando, eles levantaram tão rápido, e eu nem tive reação.

Davi: Qual foi mãe? - a Alana escondeu o rosto no pescoço dele.

Raissa: Desculpa aí - me mantive ali na postura mas por dentro eu queria socar esse meu cria namoral - mas ó, os dois se vestem e vai chamar teu pai pra encostar aqui Alana e você Davi, já sabe - fechei a porta e fui na direção do meu.

Queria botar no meu mermo não, tem muita coisa aqui que eu não quero que ela veja e do jeito que ela é, é capaz de acordar e já mexer nas coisas.

Coloquei ela lá e subi de volta, troquei ideia com um dos cara que estava na churrasqueira, vou assar também, todo mundo foi, menos eu, minha vez.

Nathalia: Tava me olhando feio lá porquê? - chegou por trás me abraçando - hum?

Raissa: Nada não pô, quem era aquela que tu tava conversando? - me fiz.

Nathalia: Poxa vida é por isso? - riu e eu virei pra ela com a cara fechada - é a Maia, ela veio com o povo que tu chamou, não era para tu conhecer? - resmunguei um "hum" - Iiih tira esse bico - me deu um selinho.

Tu conseguiu sustentar? Nem eu, ela pegou na minha nuca, começando um beijo, lentinho...

Pedro: Tem quarto lá em baixo Nega! - gritou da puta que pariu e a Nathalia se separou rindo.

Mandei o dedo meio pra ele e a Nathalia saiu em direção as meninas.

Depois de mó cota, chegou o G2 e a mulher dele, e os dois pombinhos logo atrás, evitando olhar pra minha cara.

G2: E aí patroa - fez um toque comigo e foi cumprimentar o resto.

A mulher dele já foi direto na Nathalia, que estava do meu lado.

Raissa: Qual foi Mary? - ela me olhou - nem cumprimenta os chegados.

Mary: Tá carente é Nega? - veio me cumprimentar - tava só conhecendo a mulher que tá dando um jeito em tu.

Raissa: Até tu mulher? - ela voltou a sentar - eu já tinha jeito, tá me confundindo com outra?

As duas ficaram grudadas, as duas só não né, todo mundo se deu bem com Naty.

•••

As crias tudo dormindo no colo dos pais, já estava de noite e tu acha que queriam ir embora? Queriam nada.

Loirin: Nega tu não tem colchão não é? - olhei pra ele estranho - o tanto de criança, coloca lá na sala os colchão e já é pô, todo mundo curte.

Próxima vez não vai ser nada minha casa, ou eu vou é alugar um lugar, tive que tirar tudinho dos quartos.

Só foi fazer isso, já aumentaram o som, colocando um samba, já pedimos mais cerveja.

Nathalia: O que foi que aconteceu? O Davi nem tá olhando pra tua cara - se encostou no muro aonde eu tava.

Raissa: Peguei eu e Alana quase se comendo lá no quarto dele - ela abriu um olhão - é pô naquela hora que eu fui levar a Ana.

Nathalia: caralho... E o que tu fez? - comeu um petisco, que tava na mão dela.

Raissa: Falei pra ela ir la chamar os pais dela e só, depois eu converso com eles - peguei na mão dela - bora dançar.

Dancei com ela grudadinha, eu amo isso, não tirávamos o olho uma da outra, maior sintonia.

Quando eu tô assim com ela, me sinto em um daqueles filmes tá ligado? Que a pessoa diz que sente aqueles negócios na barriga.

Raissa: "Eu não me separo de você mulher - olhei sorrindo pra ela - nem se a globeleza um dia me quiser, se na mega-sena eu vencer, fico com você... Fico você..."

Nathalia: Eu te amo - fez carinho no meu rosto.

Raissa: Também te amo - puxei ela pra um beijo.

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FEITICEIRA (Romance safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora