Raissa Andrade
Não vejo a hora de ver todo mundo!
Esses pau no cu achando que iam mermo me segurar aqui, pra depois me darem de bandeja prós meus rivais, tá maluco?
Esse tempo que eu tô aqui, já tenho meus informante, um deles abriu o bico pra mim, era isso mermo que eu estava pensando.
Tô nem conseguindo dormi pô, vou ser transferido amanhã de manhã, é no caminho que os meus aliados vão entrar.
Já tá tudo no esquema, eles nem sonham, eu vou é sair no sapatinho, agora é só fé.
To com a cabeça tão avoada, que nem percebi que já estava amanhecendo, só me liguei quando aquela porra de sinal tocou, as mulher já foi tudo acordando.
Ilusão minha achar que eles iam me deixar comer, o mínimo né pô?
Deixaram nada, já me chamaram, eu ainda estava deitada, cabeça a mil.
Umas acenaram pra mim, umas duas que eu tinha conversado umas três vezes, até veio da um toque comigo, eu saí de lá.
Passei por toda aquela porra, até parece que eu vou perder meu tempo levando alguma coisa daqui pra fora, vai vendo.
Viram que eu estava limpa, já me levaram pra fora, me jogando dentro de um camburão, junto com outros dois canas, fora os que estão por fora.
Fecharam tudo, eu só respirei fundo, vou embora daqui, espero que não aconteça nada.
Começaram a andar e eu estava fazendo uma oração na minha cabeça, que Deus guarde eu e meus aliados, quando um deles falou comigo.
- É Nega... Parece que tu não vai de dar bem nessa não - riu com o outro.
Eu nem dei atenção, vou perder meu tempo pensando nisso? Eu mermo não! Tô tranquila, mal sabe eles...
Estava fazendo a contagem na minha cabeça, já tinha uns bons minutos que estavamos andando, só faltavam virar a rua, que os meus de fé, iam estar lá.
Fui o tempo certinho que eu contei, só ouvi os tiros lá de fora e o camburão parando.
- Não se meche - apontou a arma pra mim e eu levantei as mãos.
Os tiros aí do rolavam lá fora, foi tudo muito rápido, abriram a porta, nem tive tempo de ver quem era.
Atiraram no primeiro que apontou a arma e eu já fui rápida e peguei a arma do outro, que apontou pra fora também e dei um tiro na cabeça dele.
Pedro: Caraca cara... Minha irmã voltou porra! - gritou e eu ri dele - achei que tu nem sabia mais.
Raissa: Tá me estranhando pô? - sai de la com a arma do outro - bora caralho.
Sai atirando nós canas, mas só tinha alguns, já tinham matado quase todos.
Fui indo com o Pedro pra um dos carros, os meus já voltaram também, e demos fuga dali, recebendo uns tiros.
Relaxei no banco sorrindo, vou voltar pra minha casa, vou voltar pra minha família!
Depois que a gente já tava em frente a favela, eles tiraram a camisa do rosto.
Carol: Patroa tá volta mermo favela - abriu o vidro atirando pra cima e eu ri.
Eles pararam na pracinha aonde estavam a maioria dos caras e eu já saí como? Ligada no 220.
Já atiraram pra cima, tenho dó é dos morador, plena sexta feira.
Fiquei ali comemorando com os caras, até eu viu alguém me chamar e eu virar vendo a Nathalia paralisada.
Eu achando que ela ia vim me abraçar, mas não, ela bem ficou lá parada, só vi uma lágrima da bichinha cair.
Raissa: Aaah qual foi? Vai vim dar um beijo na tua vagabunda não? Mulher - os caras riram junto comigo.
Ela se ligou e veio toda sem jeito, tem um jeito sim! O jeitinho dela, quando percebe quem tem mais gente olhando, toda sem graça.
Dei um beijo nela, junto com um abraço, era disso que eu precisava, dessa mulher!
Nathalia: Como você tá aqui? - olhei pra ela e dei um selinho - porque você não me avisou nada?
Pedro: Relaxa mulher, respira aí e aproveita tua mulher - riu dela e ela mostrou o dedo aí da abraçada comigo.
Fiquei lá só uns vinte minutos, todo mundo falando que ia ter comemoração e tudo mais, mas eu nem estava ligando, só confirmei e vim embora.
Raissa: Davi tá na escola? - ela negou.
Nathalia: Tá dormindo com a Alana, tem aula hoje não - confirmei.
Raissa: Vou tomar um banho primeiro, quero que o meu filho me veja assim não - olhei pra ela sorrindo safada.
Nathalia: Mulher tu acabou de chegar deve tá morrendo de fome e cansada, vai tomar teu banho.
Raissa: Nunca vou me cansar de tu pô - ela riu e eu dei um selinho nela, selando nossos lábios.
Minha vontade era de ficar só ali com ela, mas eu fui tomar um banho, tô podre.
Tomei um banho, morno, esfriando a cabeça, tô em casa porra, to na minha favela, foi quase três meses lá dentro, mas pareceu ser um ano!
Sai do banheiro até mais leve, coloquei um top, uma bermuda e botei uma camisa no ombro.
Sai do quarto já indo em direção ao quarto do meu cria, o saudade de encher o saco dele em.
Abri a porta e ele estava de conchinha com a namorada, vê se eu posso como uma coisa dessa?
Fui pra bem pertinho deles, vou dar um susto, pra eles largarem de ser preguiçosos, uma hora dessas e eles ainda dormindo.
Raissa: Qual foi meu? - dei um grito e eu os dois se assustou - vai pra escola não!
Ele olhou pra mim e abriu mó olhão, já me abraçou, e eu retribuo quase esmagando o muleque.
Depois de um tempinho, eu só ouvi o choro dele, a Alana já nem estava mais no quarto.
Raissa: Tô de volta pra te perturbar muleque - ele se separou de mim e me olhou - ala tá chorando mermo - gastei ele e ele me empurrou.
Davi: Nunca mais faz isso com a gente mãe - eu passei a mão na cabeça dele.
Raissa: Perdoa a mãe, Davi - ele assentiu - eu te amo meu cria - beijei a cabeça dele.
Davi: Também te amo mãe - ele me puxou de novo pra um abraço e eu olhei pra porta vendo a Nathalia com a Alana.
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FEITICEIRA (Romance safico)
Fanfiction𝙍𝙅-𝙑𝙞𝙙𝙞𝙜𝙖𝙡 Ela dança olhando pra minha cara Baby, eu não consigo te tirar da cabeça Na onda parece miragem Me hipnotizando tipo uma feiticeira Só consigo me esquecer dos meus problemas Quando eu olho assim pro seu rabo Bebendo água de bandi...