FEITICEIRA (Romance safico)

cap 50

Nathalia Prado

Acordei em uma cama, sei nem como eu vim parar aqui.

Namoral quando eu tô dormindo pode acontecer um terremoto, eu não acordo, mas eu acho que foi a Raissa que me trouxe, falando nela, deve tá bem tomando banho, to escutando o barulho do chuveiro.

Peguei meu notebook e comecei a ver uns negócios da faculdade, do trabalho eu tirei folga, mas ainda estamos em setembro e eu continuo tendo aula.

Minha professora bem passou um trabalho que tem que ser feito com uma criança de 4 a 7 anos, me diz agora, de onde eu vou tirar uma criança com essa idade?

Depois de terminar tudo o que a professora passou, estava pensando em entrar e ir tomar banho com a Raissa, mas a larica bateu, barriga roncou alto aqui em.

Sai do quarto, toda perdida, a outra nem pra adiantar o banho dela, pra me ajudar.

Você voltou lá pra saber aonde ia? Pós eu sim, tá doido? Me perdeu aqui nessa chácara.

Abri a porta do banheiro já tendo a visão do paraíso, de verdade... Podem falar o que quiserem, mas pra mim essa mulher é muito gostosa.

Raissa: Vai ficar só me olhando? - nem percebi que ela tinha me visto - em? Não vai entrar?

Nathalia: Dessa vez nenhum e nem outro, tô na maior larica e tu sabe que eu não funciono direito assim, voltei pra perguntar como eu saiu daqui? Pra ir pra cozinha.

Raissa: Papo reto que você tá me olhando desse jeito, me deixando com tesão e só vai me perguntar qual é o caminho? - assenti - tem erro não, é aí na frente, lá pra trás é um outro lugar, pra se caso tivesse vindo outra pessoas.

Nathalia: Tá, qualquer coisa eu vou ta lá viu? E sai desse banheiro, tá acabando com a água! - já falei saindo do quarto.

Estava bem seguindo tranquila até ouvir um choro, bem no quarto os lado.

Achei bem que era da minha cabeça, mas quando eu abro a porta, tá bem o Davi chorando, querendo prender o choro, acho que por isso não escutei da primeira vez que passeia aqui.

Fui chegando mais perto e fui abraçar né, nem sabia o que era, mas estava lá do lado dele.

Ele se assustou, mas assim que viu que era eu, me abraçou de volta.

Ficamos assim por um tempo, eu fazendo carinho nele e tentando fazer com que ele se acalmasse, e parece que estava dando certo.

Me senti como se fosse mãe dele naquele momento, vê qualquer pessoa chorando me deixa mal, mas ver as pessoas que eu amo, me deixa pior ainda.

Eu aprendi em "pouco" tempo a amar o Davi, compartilhamos da mesma ideia, acho que nem ele mesmo sabe explicar isso.

Nathalia: Tá melhor? - ele confirmou - quer me contar o porquê tu tá tava chorando?

Davi: Promete que não vai me julgar? Que nem minha mãe - neguei com a cabeça - nem brigar comigo Naty? E nem contar pra ninguém?

Nathalia: Olha aqui pra mim - segurei o gosto dele - eu não vou te julgar, eu preciso que você confie em mim.

Ele assentiu com a cabeça e começou a contar, fiquei bem chocada, na minha cabeça o Davi, era um virgem inocente, mas continuei mantendo a pose.

Davi: Agora essa menina tá enchendo meu saco falando uma pá de coisa, e minha mãe me deu o maior esporro Naty, ameaçou de me bater até.

Nathalia: Eu quero que você entenda que não vou passar a mão na sua cabeça, você sabe que está errado e sabe que tem suas consequências, a maneira que sua mãe falou talvez foi agressiva demais, mas eu não vou retirar nada que ela disse.

Davi: Eu sei que eu tô errado, mas e se ela tiver mesmo? Eu vou ser pai Naty - assim começou uma crise de choro.

O menino não parava de chorar, estava com falta de ar, e eu tentando fazer com que ele se concentre em meus olhos.

Eu sei o quanto é horrível essa sensação, e ver ali ele na minha frente tento uma crise de choro, sem nem saber o que fazer...

Nathalia: Davi olha nos meus olhos - com dificuldade ele olhou e se concentrou nele - respira comigo, contando até dez - ele assentiu - vamos... 1... 2... 3...

A gente fez umas quatro sequências dessas, eu fiquei mais cansada que ele.

Dei água e pedi pra que ele desligasse o celular e tentasse dormi, já que a Raissa tinha comentado que ele passou a noite em claro.

Me deu tanta dó ver ele ali naquela situação, fazendo carinho no cabelo dele enquanto ele tenda dormi no meu colo...

Eu já percebi que pra algumas situações envolvendo o Davi a Raissa é bruta, e ela nem tenta disfarçar, mas a única coisa que se passa na minha cabeça agora é que, e se eu não tivesse chegado?

Ele nunca aparentou ter esses tipos de problemas, mas e se essa for a primeira vez dele e ele nem tivesse ideia de como se acalmar?

Percebi que ele estava dormindo e ajeitei ele na cama e sai do quarto, já fui direto pra cozinha, sabia que todo mundo tava lá.

Gael: Minha filha achei que tu não ia vim nunca - já me puxou pra sentar do lado dele - a Nega falou que você tava com o Davi, o que era?

Nathalia: Coisa nossa Gael - bati na coxa dele - larga de ser enxerido.

Passei o olho e estava bem a Raissa como se nada tivesse acontecido, nadando com o Pedro na piscina.

Foi do lado da minha, já pra ver se tinha alguma coisa pra comer, ela e a mãe do Pedro estava preparando o almoço.

Mãe da Nathalia: Filha deixa pra comer quando a gente terminar o almoço aqui?

Nathalia: Mas vai demorar mãe, é só um pouquinho, tô com fome cara.

Mãe do Pedro: Vai ali menina, tem as coisas que a gente usou pra fazer os lanches - apontou pra uma sacola de feira encima da mesa.

Olha... Eu não sei se era fome ou esta mais gostoso que o normal um pão com mortadela e mussarela.

Me deliciei, só não comi mais que dois, porque minha mãe ficou enchendo meu saco falando pra esperar o almoço.

Fui bem sentar do lado do Gael com uma cerveja, maior sol, tá doido.

Mãe da Nathalia: Raissa vem aqui ligar a churrasqueira - ela saiu da piscina e eu continuei conversando com o Gael, mesmo sabendo que ela tava vindo na minha direção.

Raissa: Já vou sogra! - pegou meu rosto pra me dá um selinho - tá bem? - sorri falso e concordei.

Podem me julgar, eu não retirei o que a Raissa disse pra Davi, mas conhecendo ela, sei que ela falou do jeito errado e afetou muito ele.

Gael: Tu pode enganar ela, mas não me engana não viu - olhei pra ele - vai me contar esse babado depois.

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