cap 28

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Nathalia Prado

A Nanda já tinha chegado, com aquele jeitinho dela sabe? Toda afobada, falando com todo mundo, sem nem um medo, eu queria ser assim.


Raissa: Ta com vergonha Nathalia? Vai comer só isso? - Pegou mais comida, essa menina come em.

Nathalia: To com vergonha não, eu como pouco mesmo.

Fernanda: É verdade gente, essa dai é péssima pra comer, se você não brigar com ela, é capaz de ela ficar dias sem comer e só comer besteira.

Davi: Ta explanando mesmo em... gostei!!

Dai entramos em uma conversa de quem come muito, quem quase nem come, estava maneiro ali, eles são bem simpático.

Vocês acham, que acabou por ai? Acabou nada! eles colocaram uma musica, compraram cerveja, bebemos que nem agua, a Nanda puta por que não podia, queria toda hora um gole.

Fernanda: Vai só um golinho pô - pediu segurando a mão que eu tava segurando a latinha.

Mãe da Raissa: Isso faz mal pro bebe, Nanda, faz isso não, não deixa Naty - sentou do nossa lado.

Inventamos de subir pra lajem da casa, colocamos uma cadeiras de plastico, uma mesa com umas carne, tudo na maior paz.

Mãe da Raissa: ja começou a penca de exames pra você fazer, né? - Perguntou pra minha imã enquanto se esticava pra pegar carne

Fernanda: Começou... é a parte mais chata de verdade - se ajeitou na cadeira - toda hora tem que ficar indo no posto.

Mãe: Deve ser bem chato mesmo... Vocês ja tem as coisas pro bebe?

Ai dai você ja viu né, as duas se deram super bem, estava igual o Davi, no celular se sentindo excluída. Me deu uma vontade de ir no banheiro, avisei todo mundo ali que ia e fui, estava apertada pra cacete.

Usei ali rapidinho, me sequei, lavei a mão e quando abri a porta pra sair me deparo com a Raissa, uma ficou olhando pra cara da outra, até ela me puxar pra um beijo.

Raissa: Porra, tava na maior vontade - me deu um selinho.

Nathalia: Também tava - fiz carinho na nuca dela.

Ficamos se pegando ali enfrente ao banheiro mesmo, estava me sentindo, pique adolescente as coisas quando faz escondido, decidimos subir, quando chegamos todo mundo olhou pra gente diferente, mas não falaram nada.

Começou a tocar turma do pagode, eu e Nanda pedimos pra aumentar o som, a partir dali só foi sofrença e uma mão com a latinha pro auto e a outra mão no peito.

"É que não sobrou espaço pra outro alguém
Minha saudade só cabe no teu abraço, no de mais ninguém
Tenho dó de quem me conhecer agora
Que todo amor eu 'tô jogando fora
E qualquer um que bate aqui nesse meu coração
Não passa nem da porta

Se essa boca não beijasse tão bem
Se esse abraço não fosse tão massa
Se que saber se eu quero outro alguém
Nem de graça, nem de graça" - eu e Nanda cantamos parecendo que estávamos sofrendo.

Pai da Nega: Tão na sofrência mesmo em - bebeu um gole da cerveja.

Mãe da Nega: Deixa elas, bom acho que a gente já vai indo - se levantou.

Nega: Mas já mãe? Fica mais um pouco.

A nega amolou ela bastante, achei que ela ia ficar, mas não ela foi embora.

Depois de um tempo a Fernanda já tava enjoadinha então a gente também decidiu ir embora, mas antes a gente ajudou a dar uma organizada.

Davi: Toda as vezes que minha mãe inventar de fazer churrasco aqui em casa, eu vou chamar vocês, cês são as únicas que ficam pra ajudar, sempre sobra tudo pra mim - me virei pra encarar ele e dei uma risadinha.

Nega: Olha que filho da puta - deu um tapinha na cabeça dele - eu sempre te ajudo.

Procurei minha irmã com os olhos e vi ela comendo um saco de biscoito e uma barra de chocolate, já olhei pra ela de cara feia, e a abusada deu de ombros, como se tivesse na casa dela.

Nathalia: Se você não parar ela, tu vai ficar sem besteira pra comer - falei com a Raissa e apontei pra Nanda.

Raissa: pode deixar ela comer - ela nem terminou de falar direito o Davi apareceu na cozinha correndo e pegou as coisas da mão da Nanda, aí foi brecha pra eles discutirem - paro Davi! - falou alto, até eu parei de lavar louça - deixa elas comer que tem um monte aí, tá parecendo criancinha.

Ninguém falou mais nada, todo mundo voltou ao que estava fazendo.

Depois de a gente ajudar eles fomos nos despedir pra ir embora.

Fernanda: Tô te esperando lá fora, demora não - ela falou ja saindo e o Davi subiu pro quarto, eu acho.

Puxei ela pra um beijo sem deixar ela falar qualquer coisa, terminamos ele com selinhos.

Raissa: Coé pô, deixa eu falar, quero perder contato com tu não - apertou minha cintura.

Nathalia: Vai não, é só me chamar - dei um beijo e já me virei pra ir embora.

Raissa: Sei... Toda hora tu me deixa na voz, mas é isso aí, toma cuidado.

Sai dali querendo ficar, mas amanhã eu trabalho e também não quero me emocionar.

Segui caminho com Nanda pra casa, amanhã acordar cedo mais um dia.

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FEITICEIRA (Romance safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora