Vanessa
Mãe da NathaliaA morte da amanhã filha me fez pensar em toda trajetória da minha vida, o quanto eu errei.
Quando eu conheci o pai das meninas, era tudo flores, mas não adianta mentir, eu gostava de como ele era bruto.
Eu amava ele, nós casamos, eu sai totalmente dos meus planos.
Meus planos era sair dessa favela, terminar minha faculdade ou ir me profissionalizar na dança, mas eu estava cega, não queria enxergar a pessoa que eu namorava.
Então me casei e não demorou muito eu tive uma filha, Nathalia tão desejada, a única filha que ambos queriam.
Uma família padrão, perfeita, ia na igreja, marido trabalhava e a mulher ficava em casa, aos olhos do outros, porque dentro de casa, ele era agressivo a todo momento, menos com nossa filha, isso eu agradecia.
Só piorou quando eu descobri que eu estava grávida, ele me xingou, naquele dia ele esperou a Nathalia dormi, pra me bater, mesmo grávida, ele me batia nos lugares que não podiam ver, a Fernanda ter nascido foi um milagre.
As meninas cresceram e chegou em um ponto que ele já não conseguia segurar elas, elas tinham opinião própria, na verdade a Fernanda tinha e todo ódio que ele tinha por ela não ser planejada, só piorou.
Adivinha em quem ele descontava? Em mim, sexo sem meu consentimento, batia em mim na calada, e a única forma que eu tinha de me afastar dele, era trabalhando.
Não tinha tempo de conversar com minhas filhas, de ficar perto delas, mas eu apanhava por causa elas, prefiro ver o homem que eu amo, batendo em mim, do que eles batendo na minhas filhas.
As meninas saíram de casa, mais cedo do que eu imaginei, e isso fez cara ele me espancar, já não era só me bater.
Eu soube que ia ser vó e mais umas vez, aquele siclo de espancamento começou.
Mas teve um dia que eu disse NÃO, eu já não aguentava mais, eu estava pedindo Socorro, enquanto ele jogava na minha cara que era casado comigo e eu era obrigada a transar com ele.
Foi quando eu pedi ajuda pras únicas pessoas que eu sabia que iriam me ajudar, minhas filhas, já que eu não tinha como levantar, sem força nenhuma.
Elas me acolheram, brigaram por mim, bateu no peito e me chamou de mãe, brigou com o pai delas por mim, a Nega também, uma pessoa que eu tinha nojo, me deu a mão e me ajudou.
Uns meses depois ele veio atrás de mim, pedido ajuda, falando que tava com dívida com a Nega, e que se ele não pagasse, ele ia morrer.
Mas uma vez fui enganada, eu não trabalhava, a solução foi pegar das minhas filhas, aí eu roubei, peguei o dinheiro que elas deixavam jogado, até perguntar, pra um dos meninos que vendia, era novinho, enrolei ele fácil, aí ele falou que o outro não devia nada, mas comprava abessa.
Parei com tudo, disse pra ele que se voltasse atrás de mim, fazia coisa pior com ele, ou pelo menos deixava a Nega fazer o que ela tinha vontade.
Ele sumiu, até me assustou, nunca mais vi ele, e agradeço até hoje, eu estava fazendo uma besteira.
A morte da minha filha foi tão difícil, está sendo difícil, é terrível, parar pra pensar que você fez uma vida, você gerou uma vida e simplesmente ela se foi.
Me arrepender todos os dias por não ter dado o que ela merecia, não ter feito o que era certo.
Não poder mais pedir desculpas por ser quem você é, por deixar as pessoas fazerem mal a ela.
Por ter feito ela chorar, sendo que ela poderia rir.
Por não ser uma boa mãe, uma boa pessoa pra ela, por não ter sido o ombro amigo.
Foi nessa que eu me afundei e estou aqui no hospital, é o que eu mereço, por não ter feito meu papel direito, por não ter sido o suficiente.
D.Hilda: Vim te buscar - apareceu na porta do quarto, com uma bolsa.
Sorri fraco e ela me entregou a bolsa, com roupa, que ela tinha separado.
Me troquei de qualquer jeito, sem a mínima vontade e sair.
Pensa em uma pessoa boa, é ela! Tá dando uma força, ficando do nosso lado, sem ter obrigação.
Eu espero melhorar, pra dar o melhor pras pessoas que eu amo e tentar não errar de novo.
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FEITICEIRA (Romance safico)
Fanfic𝙍𝙅-𝙑𝙞𝙙𝙞𝙜𝙖𝙡 Ela dança olhando pra minha cara Baby, eu não consigo te tirar da cabeça Na onda parece miragem Me hipnotizando tipo uma feiticeira Só consigo me esquecer dos meus problemas Quando eu olho assim pro seu rabo Bebendo água de bandi...