BÔNUS

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Pedro (PR)

A Raissa é louca, maluca namoral!

Ela sabe que os canas ainda estão rodando, não era pra ela tá indo agora.

"–Qual foi? Tá livre aí pra subir?" - perguntei pra eles depois de um tempo

"–ainda, só não vai pelo beco estreito, lá tá sem supervisão"

Segui subindo pra minha casa, fui atrás do Gael, ele vai dar uma força maior pra Naty.

Entrei em casa e ele já tava na sala de um lado pro outro.

Pedro: Gael a Naty tá precisando de tu - ele olhou pra mim preocupado - ela levou maior paulada dos canas e o postinho só abre daqui a pouco, os canas ainda tão indo embora.

Gael: Mas ela tá bem? - veio mais pra perto.

Pedro: Não sei amor, bora - ele confirmou e foi com a roupa que tava mermo.

Peguei a chave da moto e tirei ela do canto e piei pra lá, o mais rápido possível.

Chegamos lá e ela estava no sofá e a coroa do Branquinho estava limpando os machucados dela.

Meteram a porrada mermo, bichinha ta toda machucada, o Gael já foi correndo ajudar a dona.

E eu fui da um auxílio pro Davi, o menino estava chorando legal, todo se tremendo.

Pedro: Tua mãe não tá aqui não? - ele negou e eu já achei estranho.

Davi: Nem apareceu por aqui - estava nem entendendo.

Pedro: Carol tá chegando aí - vi ela entrar pela porta - já volto.

Fui pra cozinha tentar saber alguma coisa da Nega, já era pra ela ter chegado aqui faz tempo.

"–alguém pode me falar onde tá a Nega caralho"

"– aí patrão tamo fazendo a limpa aqui no morro e não tamo achando ela não, a única coisa que aconteceu foi um carro preto que desceu o morro abaixo na maior velocidade"

"–vai atrás de saber quem era caralho, como vocês deixam em uma invasão um carro passar assim direto? Vai atrás dela, ela tá a vindo aqui pra cima ver a fiel dela, vai por todos os caminhos que vocês sabem."

Certeza que esse carro é dos botas, esses filho da puta deve ter pego ela.

Peguei meu fuzil e fui direto pra sala, olhei pra Carol que já me entendeu e saio junto comigo.

Carol: Qual foi? - pegou no meu ombro - por que a Nega não tá aqui?

Pedro: Ninguém tá achando ela, e os menor falou que um carro desceu correndo, tô achando que levaram a Nega.

Ela confirmou e começamos a rodar a favela, a esperança é que ela esteja aqui mesmo.

Já tesava perto da entrada, ainda com a Carol, rodamos a Favela toda e nada dela aparecer.

Vi de longe o Loirin descendo com uma moradora, já fiquei em alerta.

Loirin: Aí PR, a Dona aqui falou que sabe o que aconteceu com a Patroa - a mulher estava toda se tremendo.

Pedro: Solta a voz minha senhora - a mulher nem estava conseguindo falar direito, eu já tava perdendo a paciência - abre o bico caralho!

Carol: Ae calma aí PR, a Dona nem tá conseguindo falar, respira aí tu também.

– Eu vi da janela, ela tava correndo no beco estreito e cinco policiais tava na ponta do beco, eles tiraram a arma dela e começaram a bater, ela nem relutou e nem fez nada - respirou mais fundo - depois de bater nela, eles ligaram pra alguém, que apareceu com um carro preto e colocaram ela no porta mala.

Carol ficou lá pra saber mais sobre algumas coisa, se ela viu a cara.

Eu nem olhei pra trás e fui dar uma volta, eles queriam a cabeça dela.

Se ela agora não estiver morta, foi pura sorte ou eles vai ter recompensa de alguém.

Agora como eu vou falar isso pra minha família? Como que eu vou chegar no meu afilhado e falar que a mãe dele, provavelmente tá morta?

Tô nem querendo acreditar nisso, minha irmã pô, pode não.

Com a cabeça dura também que ela tem, nem esperou os canas sair.

Eu nem sei o que fazer agora, não tem notícia, não dá pra falar com o X9 lá de dentro, não agora.

Mas do jeito que a mulher falou ali, tem X9 aqui dentro também.

Como iam saber que ela ia bem ali, que ela ia passar bem naquele beco?

Nem tinha como, impossível deles saberem, agora eu quero saber que é esse filho da puta.

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FEITICEIRA (Romance safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora