cap 63

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Nathalia Prado

Que correria tá minha vida em, tá fácil não, é um sobe e desse com essa criança, meu pai!

Ainda mais agora que eu tive que voltar a trabalhar, tô acabada, a calça legging e blusão da Raissa, virou meu uniforme viu.

Quem romantizar pra você a maternidade, acredita não, eu não amamento mas as dores é o que não falta.

O truque do dia é, prender a língua no céu da boca, pra não chorar e seguir vida.

Hoje foi dia de vacina, eu não entro com ela, quem entra é minha mãe, se eu vejo ela chorando, a vontade é de chorar junto.

Que isso gente, minha princesa aos berros, com aquele negócio, que só de ver eu já sinto dor.

Mãe da Nathalia: Mas tu é mole mesmo em, eu levava você e sua irmã e não chorava nenhuma vez - entrou dentro de casa com a Rayane no colo.

Nathalia: Me deixa em mãe, não gosto de ver ela chorando, a senhora sabe - ela riu da minha cara.

Ela pediu pra eu colocar a Rayane pra dormir, e depois só fiquei enfiada no computador, a manhã inteira.

Tô trabalhando em casa, tenho que ficar com a Rayane, poderia pedir pra minha mãe, mas ela fica enjoada, aí já sabe.

Davi: Eai patroa - tomei foi um susto - morre do coração agora não mulher.

Nathalia: Tu que vem assim do nada - ele sentou do meu lado - tu não tá na escola por quê?

Davi: Sem aula, minha senhora - me olhou com deboche - mas aí, vim aqui pra perguntar se tu não quer comer aquele podrão, comigo e com a Alana.

Nathalia: Ainda! Tu pagando, eu vou e nem preciso pensar duas vezes - levantei da cama.

Peguei a Rayane, minha mãe já tinha ido pra mãe do Pedro, essas daí tão pior que chiclete, se desgrudam por nada.

Davi: Deixa eu levar ela? - fechou o portão e eu encarei ele - a Alana já tá lá com a Ana.

Nathalia: Fica a vontade - dei pra ele, nem sabia pegar a  menina direito - a mãe da Ana ainda não saiu do hospital?

Davi: Saiu nada, Alana disse que não sabe nem se ela vai conseguir sair - amarrei meu cabelo - quem tá muchinha é a Ana né.

Nathalia: Aquela ali é pequena, mas entende muita coisa - ele confirmou.

No caminho pra lá eu vi o pai dos outros, até que tá melhorando.

Depois da morte da Nanda, ele veio querer conversa comigo e com a minha mãe.

Tu queria conversar? Nem a gente, ignoramos legal, e ele só dizendo que ia mudar e a gente ia ver.

Nem assim da pra perdoar o que ele fez, ele se ajoelhou no dia, pediu muito perdão, mas dessa vez, nem minha mãe quis saber.

Já tínhamos chegado e pedidos nossas coisas, a Ana estava com a carinha triste, eu não me aguento, tudo que ela pedia eu dava mesmo, e Alana dizendo que ela não podia.

Nathalia: Fala pra ela Ana - ela me olhou - tá tudo liberado.

Ana: É - nem deu muita atenção, tá amoadinha mesmo.

Comi como nunca, comi que nem gente grande, todo mundo da mesa na real.

Liguei pra Raissa vim buscar a gente, tô nas nuvens viu, agora com essa neném, Raissa é minha motorista particular, ela não gosta que eu falo isso não, mas ela sabe que é a verdade.

Raissa: bora - parou com o carro na nossa frente.

Davi: Vai lá Naty, eu vou ali com a Alana ainda - confirmei e fui em direção ao carro.

Raissa: Eles não vem? - neguei - qual foi?

Nathalia: Diz o Davi que vai ali com a Alana, deixa eles - já tava dentro do carro.

Raissa: Da aqui ela e vai lá pegar a Ana então, tirei o dia pra ficar com vocês e eu tô sabendo da mãe dela.

Raissa querendo ficar com criança? Quem é essa mulher?

Raissa e Ana vive pra cima e pra baixo, vocês não tem noção, diz ela que é por causa da Alana que vive na casa dela, pensa que me engana.

Peguei a Ana com eles, e fomos pro carro, uma animação do nada, tu acredita?

Ainda me tirou da frente e foi conversando com a Raissa, Rayane tá que nem pedra, hoje eu durmo bem!

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FEITICEIRA (Romance safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora