cap 60

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Nathalia Prado

Nathalia: Cadê minha irmã loirin? - antes de chegar perto dele eu já estava perguntando.

Loirin: Uns enfermeiro veio aqui e levou ela e a sua mãe pra uma sala lá - passei a mão no rosto.

Fui até a recepção, fiz minha ficha, e pedi pra ver minha irmã, mas a recepcionista só estava me enrolando, eu comecei a me estressar e todo mundo me pedindo calma, e eu querendo só ir com a minha irmã.

Nathalia: Moça tem como você me falar logo? - a Raissa me deu um copo d'água.

Raissa: Respira aí Vida, a mulherada só quer que você se acalme antes de te levar lá - fiz um coque no meu cabelo.

- Eu sou a enfermeira que está cuidando da sua Fernanda Prado - olhei pra ela - Você é a Nathalia? Irmã dela, que vai ser acompanhante? - confirmei - me acompanhe - nem olhei pra trás, só segui ela.

Nathalia: Minha irmã está bem? - ela olhou pra mim sorrindo.

- ela está com até dedos de dilatação e está fazendo alguns exercícios, vos esperar dilatar mais - assenti - por pouco a gente não chamou o outro acompanhante dela, a sua mãe teve uma queda de pressão e está em um quarto.

Entrei em uma sala e ela estava fazendo agachamento com uma cara de dor, se fosse outro momento eu ia rir dela e tinha um enfermeiro ajudando.

Fernanda: Ainda bem que você chegou - fez uma cara feia - essa sua sobrinha tá me dando mais trabalho do que eu pensei.

Que agonia, ela gemendo de dor, e senta na bola, vai pra banheira, até massagem ela fez, já era duas da tarde e nada de dilatar.

- Ela já está com nove dedos, eu peço pra que você vá comer alguma coisa, pra não acabar passando mal - o médico falou depois de ter visto a dilatação dela.

Nathalia: Ta doido doutor? Eu sei bem que ela pode parir a qualquer momento, vou sair daqui não - assim que eu parei de falar a Nanda gritou de dor.

Eu segurei a mão dela e o médicos mandou chamar os outros enfermeiros, eu não entendo disso não, mas parece que só o último dedo dela, foi mais rápido.

- Mãe eu preciso que você faça força - já era a terceira vez que ele falava isso e nada dessa criança vim gente.

Nathalia: Vai Nanda, faz força - olhei pra ela e ela fez força gritando.

Ouvir aquele chorinho dentro daquela sala foi a melhor sensação que eu poderia sentir, os enfermeiros colocou ela no colo.

Fernanda: Rayane, meu raio de sol, minha princesa - fez carinho na testa dela.

Nathalia: Ela é muito linda, teve a quem puxar né - olhei sorrindo pra Nanda que deu um sorriso fraco.

Mas isso não durou muito tempo já que logo depois só se escutava a máquina de batimento cardíaco fazendo um som, sem parar.

Foi tudo muito rápido, tiraram a minha sobrinha do colo dela e começaram a falar "ela está tendo uma hemorragia".

- Senhora eu peço que se retire da sala - ouvi a voz longe da enfermeira e voltei a realidade.

Nathalia: Moça a minha irmã está tendo hemorragia, eu não posso sair - tentei chegar mais perto da minha irmã e ela me segurou - me solta.

- Senhora eu preciso que você se retire pra nós conseguirmos salvar a sua irmã - ela chamou o outro enfermeiro e os dois me tiraram da sala.

Assim que sai da sala eu fui em direção a minha mãe e abracei ela com força, eu só pensava na minha irmã...

Mãe da Nathalia: O que aconteceu com sua irmã? - eu não respondi, estava sem força - filha me responde - olhei pra ela e respirei fundo.

Nathalia: Eu não sei mãe - falei baixinho, ainda chorando - tava tudo bem e aconteceu tudo rápido, ela teve uma hemorragia e me tiraram de lá.

A Raissa me segurou e minha mãe caiu ajoelhada, só se ouvia nosso choro, a sala de espera estava praticamente vazia.

A Raissa me pois sentada no banco e foi ajudar o Loirin a levantar minha mãe e colocaram ela sentada do meu lado.

Passamos o dia inteiro naquele hospital, só vieram avisar que estava tudo bem com a neném e que estavam tentando inverter a situação da Nanda, mas a situação estava complicada, porque o batimentos dela estava fraco e ela tinha perdido muito sangue.

A minha mãe teve que ir pra casa, porque ela tinha que comer alguma coisa mais forte, em vez dessa comida de hospital, que eu comi, as únicas que estão aqui, somos eu e a Raissa.

Raissa: Eu conversei com os enfermeiros e tu só vai poder ver tua sobrinha amanhã, e que a sua irmã não piorou e nem melhorou - sentou do meu lado - e falaram que você pode passar a noite na sua casa e voltar de manhã cedo.

Nathalia: Eu não vou sair daqui, até pelo menos poder ver minha sobrinha - passei a mão no rosto, já querendo começar a chorar de novo - mas você pode voltar pro morro, aqui é hospital particular e tem os seguranças, eles podem te reconhecer.

Raissa: Não pô, eu tô com você pra tudo Nathalia - beijou minha testa - nada que dinheiro não possa calar a boca deles - confirmei e deitei minha cabeça no peito dela.

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FEITICEIRA (Romance safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora