cap 36

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Nathalia Prado

Irmã como a semana passou rápido em, hoje já é segunda, meu primeiro dia de aula.

Raissa já foi pra tal da reunião, dormi na casa dela, a mulher me acordou 5 da manhã, se despedindo, cheio de beijos, declaração.

Mas voltando o assunto da faculdade, como deu a louca em mim e acabou que não foi nada planejado, eu vou começar a partir do segundo semestre, eu achei que isso não era possível, mas eu fui lá, fiz tudo direitinho e eles me explicaram que era sim...

Hoje foi um dos dias que eu tive que ir em outro setor, arrumar alguns papéis que estavam pendentes, pelo menos dessa vez, não era nada muito longe.

Mas é papel pra todo lado, autorização, esse setor em específico da me dando mais trabalho, falta de pagamento, metas atrasadas, uma dor de cabeça.

Estava na sala de supervisores arrumando alguns papéis, com a encarregada me olhando com uma cara feia, acha que me dá medo, a pessoa faz coisa errada e quer ter razão.

Continuei verificando as coisas, achei que era um desvio de dinheiro, de pessoas com o cargo maior, mas quando vi fiquei impressionada.

A encarregada com cinco funcionários estava tirando o dinheiro do pagamento de outras pessoas, e colocando como pagamentos pra eles.

A partir daí foi confusão pra todo lado, envolvendo pessoas com o cargo maior que o meu, não era da minha área, minha parte é jovem aprendiz, a confusão não foi dos meus.

E mais uma vez, foram parar na delegacia, já sei que vai rolar troca de funcionários.

Nem deu tempo de passar na empresa pra ir embora com a Nanda, só liguei pra ela ir arrumando minha bolsa, que nem isso eu tinha arrumado.

Fui pra casa de 99, o jeito mais rápido, o homem não quis subir não viu, ficou dizendo que estava com medo de ser roubado.

Eu só falei um "tá bom" e fui subindo o morro correndo.

Fernanda: Irmã, respira - fui respirar fundo, mó cheiro de comida de mãe sabe, me deu fome na hora.

Nathalia: Aí mona, nem falo a confusão que deu lá - fui vendo o que ela tinha colocado dentro da bolsa - agora eu vou indo, não sei como funciona esse ônibus, é diferente do nosso e me falaram que ela atrasa mais.

Fernanda: Vai lá - jogou um beijo - boa aula.

Nathalia: Tchau, obrigada - peguei minhas coisas - Tchau mãe! - ela me respondeu da cozinha e eu já fui saindo.

Estava descendo o morro tranquila, quando escuto um barulho de moto alto pra caralho, quando eu ia sair correndo, vai que né...

A moto para bem do meu lado, uma mulher, prestei mais atenção e vi que ela estava de radinho, achei estranho.

- Falaram que você saia mais tarde pô - encarei ela de cara feia, não entendendo nada - satisfação Ariel - na hora me lembrei do baile - a Nega pediu pra mim te levar lá no seu negócio e te buscar também.

Nathalia: Entendi, acho que você já sabe meu nome - ela assentiu.

Ariel: Sei sim, vamo lá pô - me entregou o capacete.

Subi toda desajeitada, nem tenho costume com moto e estava meio assim, com o fato de eu já ter pegado a mulher.

Ariel: Eu não mordo, a não ser... - jogou essa, na cara de pau, nem rendi, me ajeitei rapidinho e coloquei a mão no ombro dela.

Desconfortável? Sim! Mas fiz a minha.
Ela me deixou enfrente a faculdade.

Nathalia: Tchau, obrigada - entreguei o capacete.

Ela se despediu cheia das olhadas e dos sorrisinhos, deixou também o número dela, pra ligar na hora de eu ir embora.

Vi de longe uma padaria, ia lá né mulher, pra comprar um salgado, mas logo desistir, ia comprar de besta, por que eu não ia conseguir comer.

Fui olhando em volta de onde eu estava, pra ver se achava alguém conhecido.

- Naty? - alguém tocou no meu ombro, tomei um susto.

Nathalia: Mulher faz isso não, tá testando meu coração? - ela riu junto comigo.

Bruna: Que isso mulher! O que tu tá andando por esses lado? Vai fazer algum curso?

Nathalia: Pedagogia, tô meio perdida aqui, pra falar a verdade.

Bruna: Vem mulher eu te ajudo, aproveita que chegamos cedo.

Ela foi me levando e eu só fui acompanhando, por pura sorte minha, ela me disse que estudava Letras, no mesmo ramo da educação ali, mesmo prédio, só a sala diferente.

Mas me ajudou muito, já que se ela não tivesse ali, eu teria que ir atrás de alguém pra me ajudar, já que o negócio pra ver minha sala, não estava abrindo no celular, e segundo a Bruna "as coisas aqui demora um ano garota".

Cheguei lá toda acuada né, professor já tava na sala, sentei do lado de uma menina, um dos únicos lugares que tinha.

Olhei pro lado, tava todo mundo mechendo no celular, então fui lá peguei o meu até o professor começar a falar.

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FEITICEIRA (Romance safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora