Raissa Andrade
Hoje é dia de trampo, depois que eu descobri o X9, estava muito relaxada.
Acordei cedinho hoje, antes mesmo da Nathalia acordar pra ir trabalhar, liberei o Pedro e o Loirin de folga, eles estavam esse tempo todo, me cobrindo.
Raissa: Bora Zig! Conta de novo essa porra, eu ainda não tô acreditando que, tão me roubando não - ele bufou e contou de novo.
Zig: Tá faltando 5 mil ainda, Nega - colocou a mão na cintura me encarando.
Raissa: Cao? - ele negou - da aqui o caderno - ele me passou o caderno.
Fiquei revisando aquela porra umas cinco vezes, até achar um erro na boca 7, eu achei foi estranho, nunca me deu problema.
Raissa: Quem tá na boca sete? - chamei a atenção dele.
Zig: Cadu - arquei a sobrancelha - quando tu tava na jaula, o Pedro que colocou ele lá, teve uns problemas lá da boca 9 e teve que substituir.
Raissa: Bora lá comigo - ele assentiu, se levantando comigo - é na boca 7 que tá faltando pô, tu não viu isso, não? - ele negou.
Pegamos nossas coisas e fomos pra fora, e ele foi comigo na garupa da moto, até a boca 7.
Assim que encostamos, trocamos toque com os caras que estavam vendendo e entramos no cômodo único que tem, vendo ele e mais três, separando as drogas.
Cadu: Eai patroa - levantou fazendo um toque comigo, assim como os outros.
Raissa: Quero todo mundo fora, Cadu fica - eles assentiram, deixando eu e Zig, junto com o Cadu.
Cadu: Coé patroa? Tem alguma coisa errado? - assenti ainda na postura.
Raissa: Eu só vou perguntar uma vez - ele me olhou com medo - cadê meus 5 mil?
Ele ficou o tempo inteiro me enrolando, mas eu não estava com muita paciência, tá me roubando, no meu morro e acha que com desculpinha, vai me ganhar.
Zig: Se eu fosse você, abria o bico, Patroa não tá caindo nessa história não.
Cadu: Qual foi patroa? Tô falando a real mermo - levantou a mão em rendição.
Raissa: Faz o seguinte, tu faz teus corre pra ir atrás do triplo desse dinheiro - ele negou - tem uma semana, não quero saber de onde tu vai tirar quinze mil, não me interessa, eu não quero problema pro meu lado.
Cadu: Nega eu não vou conseguir achar quinze mil não, não é fácil, eu tenho filha, mulher...
Raissa: Pensasse nelas, antes de fazer merda - apontei minha arma pra ele, dando três toques no rosto - o recado tá dado, se desaparecer, eu vou atrás de tu, até no inferno, escutou? - guardei minha arma de volta - bora Zig - fui saindo com ele.
Zig: Aí patroa chegou minha hora - coçou a nuca - me leva pra casa pô, tu tá de moto.
Raissa: Tô fácil assim Zig? - botei medo pra fazer graça e ele se assustou - tô tirando onda, bora - falei rindo da cara dele.
No caminho pra casa dele, fiquei pensando nessas idéias do Pedro botar Cadu aí, eu não confio muito não, tô pensando em botar o Zig como gerente dela, Cadu já deu uns vacilo.
Deixei ele na porta e mandei mensagem pro Davi falando pra ele sair da escola e ir direto pra cantina, tô afim de arrumar comida não, preguiça!
Dei uma volta de moto pelo morro, só pra dar aquela olhada, confirmar se tá tudo certo e depois fui direto pra cantina, Davi já estava lá.
Davi: Mó demora mãe - falou assim que eu sentei.
Raissa: Boa tarde pra tu também - ele estralou a língua - já pediu?
Davi: Com sua demora né, já já tá chegando - pegou o celular e eu peguei da mão dele.
Raissa: Tá muito estressado pro meu gosto em, coé? - encarei ele.
Davi: Nada mãe, tô tranquilo - ficou em silêncio por um tempo - tô pensando em fazer um curso - perguntei "de que?" - enfermagem, teve uma prova lá na escola e eu passei, ganhei uma bolsa e um curso, lá no asfalto.
Raissa: E tu não me falou nada por quê? - cruzei os braços.
Davi: Não era certeza e eu também achei que nem ia passar - deu de ombro.
Raissa: Próxima vez fala pô - ele assentiu - mas aí, tô felizona por tu pô, imagino, meu filho Doutor - ele riu e a Sofia veio trazendo os lanches - né não Sofia, Doutor Davi - ela concordou rindo, junto com o Davi.
Comemos, e depois ficamos enrolando mó tempão lá, trocando uma idéia, faz tempo que eu não faço isso com ele.
Raissa: Aí, tava pensando no meu casamento com a Naty - ele concordou.
Davi: Na igreja? - neguei bebendo minha cerveja.
Raissa: Sabe que eu não gosto dessas porra, só vai ser uma comemoração com meus aliados, alugar um sítio maneiro sabe?
Davi: Maneiro tu fazer isso, não gosta de igreja e também não pode no cartório, eu apoio.
Raissa: tem que ser o mais rápido possível, aproveitar que o morro tá mais tranquilo, que não tivemos ameaça de nada, né não? - ele concordou.
Terminamos tudo e eu levei ele pra casa e voltei pra boca, fiquei lá separando as drogas, esses caras tudo burro, se fuder.
Da pra confiar não, cheguei lá tinha umas maiores que as outras, só foi eu sair.
Eram poucas, mas fazia diferença na contagem, pode isso não.
Já chamei logo a atenção de todo mundo, aí eles voltaram a fazer normal, certinho e sem erro.
RETA FINAL
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FEITICEIRA (Romance safico)
Fanfiction𝙍𝙅-𝙑𝙞𝙙𝙞𝙜𝙖𝙡 Ela dança olhando pra minha cara Baby, eu não consigo te tirar da cabeça Na onda parece miragem Me hipnotizando tipo uma feiticeira Só consigo me esquecer dos meus problemas Quando eu olho assim pro seu rabo Bebendo água de bandi...