cap 57

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Nathalia Prado

Aniversário do Davi, só correria, diz ele que não queria nada demais, mas tu escutou? Pois a Raissa não, diz ela que é pra compensar, de uns tempos aí atrás.

Churrasco em uma casa bem grande, nunca nem tinha visto, aqui no alto do morro, já sei que vão vim gente que nem foi convidada.

Mas de verdade, nunca vi uma família que gosta tanto de churrasco quanto a família Raissa, todo dia, se deixar, é um churrasco, eu já tô enjoada, ainda bem que esse povo tem dinheiro, porque pra sustentar esse "vício" de churrasco, com o preço que a carne tá...

Raissa: Davi! - chamou ele que estava na sala - vai lá na dona Neide comprar sal grosso porque a mãe esqueceu!

Davi: Ae mãe, qual foi? - falou vindo pra cozinha - meu aniversário pô, e você me pedindo pra ir nos lugar.

Não precisou nem falar duas vezes, só a olhada que a Raissa deu, eu senti medo e nem era comigo.

Raissa: Coé mãe? Ta bom isso aí - virou olhando pra mãe - Vai alimentar um batalhão não, o povo vai vim só pra comer, mas a gente não é obrigada a sustentar não.

Mãe da Raissa: Raissa fecha o bico - colocou o pano no ombro - não sei nem o que tu tá fazendo aqui, a gente já tá acabando e tu já fez sua parte - eu ri e dela e ela saiu de cara feia.

Davi: Ai vó mó caro lá na dona Neide - chegou com o saco - cadê minha mãe Naty?

Nathalia: Sei não, sua vó mandou ela sair daqui - virei pra olhar pra ele e quase me cortei.

Davi: Cuidado aí doída - cruzou os braços - vou logo pegar o troco pra mim - saiu da cozinha rindo.

Terminei de fazer a salada de batata, nunca nem tinha comido, e já tô fazendo, minha mãe que inventou, deveria ela fazer né.

A gente já tinha acabado tudo, minha sogra me pediu pra ir atrás da Raissa, já pra ela levar as coisas lá pra outra casa.

Achei ela e chamei, veio de cara fechada e reclamando, parece uma criança.

•••

Nathalia: Nanda! - ela parou de fazer o delineado e me olhou - eu vou com o preto, ou com o branco? - demorou um século pra ela escolher e ainda escolheu o branco - vou com o preto.

Fernanda: Então pra que pergunta? - fez cara feia - fica me fazendo de palhaça.

Nathalia: Te amo - joguei um beijou e ela me deu a língua.

Coloquei o body de renda e uma saia de coro, novinha, nunca usei, até então é confortável quero ver se vai continuar assim.

Fernanda: Um calor desse e você usando saia de coro? - assenti - coragem viu.

Terminei de passar chapinha e logo depois todo mundo terminou de se arrumar também.

Quem veio buscar a gente foi aquele tal de Loirin, pensa em uma pessoa que fala, juro pra ti, pelo menos faz a gente rir.

Ele parou em frente a casa, já estava cheia, quem perde tempo é relógio, o povo que mora aqui, não perde nada, saímos do carro indo em direção a um lugar mais afastado e achamos todo mundo.

FEITICEIRA (Romance safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora