cap 30

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Raissa Andrade

Um bando de muleque emocionado, já estava observando tinha um tempo, mas achei que era paranóia minha então nem botei muita fé. Maluco acha que pode vim já minha favela fazer o que quiser.

FJ, Fabiana e o tijolinho, tão tudo fudido da minha mão, veio nessa última remessa, eles mais um grupo de 7 pessoas, me disseram que os caras eram bons e pa, e eu fui já onda.

A um tempo atrás o FJ veio cheio das enrolação, não queria dar as informações, mas ai dei só hoje aviso e ele logo me entregou as fitas que  eu pedi.

O problema foi ai, o cara foi muito burro, deu as informações bem no dia de um protesto que ia ter, essa foi nossa sorte, se não vários mavambos meu já estava preso.

Vai reparando, pra completar ele sempre estava com o grupinho dele, cheio dos segredos, chamei os cara das facção, a gente fez uma reunião  convocando os de frentes, tudo no sapatinho, no silencio.

Eles mandaram o papo que iam me acionar assim que tivessem tudo provado, eu só to esperando mesmo.

– Ae patroa, os caras da facção tá lá na boca, só te esperando - que isso em parece que leu minha mente pô.

Nega: Jaé - fiz um toque com ele e piei pra boca.

Cheguei lá só estavam me esperando mesmo, fiz um toque com todo mundo e eles já começaram a falar.

Gordão: Nem tem muito o que falar não nega, tu tava certa, os três estão trabalhando prós cu azul - assenti com a cabeça, já fechando os punhos.

Brina: Bom tu sabe das regras, não precisa a gente falar nada não, faz o que tu quiser com eles - trocamos mais algumas ideias, mas eu esava mesmo era querendo descontar minha raiva.

Eu já sabia que eles três não era umas peças boas, mas ouvindo eles falarem só aumentou meu ódio.

Nem fiquei muito lá, chamei a Cachinhos e o PR pra ir comigo e partimos pra boca  já mandando acionar todos da última remessa.

Radinho

Nega: quero todos da última remessa na boca 3,  agora! Sem atraso.

Nem esperei pra falar nada, tava cega menó, o ódio puro. Parei enfrente da boca e só fiquei esperando os filhos da puta aparecer.

Os burros ainda foram os últimos a chegar, nem queria fazer muita cena, mas tinha que dá meu nome pra eles ficarem espertos.

Todo mundo se espalhou pelo cômodo, o grupinho de merda tava um do lado do outro.

Nega: Não vou enrolar muito - falei altão - então só vou perguntar uma vez, algum de vocês tem alguma coisa pra me falar - a sala ficou em completo silêncio e eu encarando os três - tem certeza? - ninguém falou nada - FJ, Fabiana e tijolinho deixem suas armas ali no canto e venham os três aqui pra frente - os três já ficaram com cara de assustado e fizeram o que eu pedi - galego pega três madeiras - ele pegou e entregou uma pra mim e distribuí as duas pro PR e pra Cachinhos.

Olhei pra eles que já entenderam e deram três madeiradas, em cada perna, de cada um, que já caiu ajoelhados.

Nega: Sabe esses três filhos da putas de merda? - dei três tapinha na cara do FJ - tava de X9 pros cu azul, achando que podia passar a perna em mim, mas eles vão pagar e cada um aqui vai ver direitinho, vai prestar muito atenção pra se caso um dia pensar em fazer igual, já ficar esperto.

– Tem certeza disso aí patroa? - um que estava lá pra trás perguntou.

Nega: Tá tirando com minha cara!? Se eu não tivesse certeza eu nem estaria aqui - ele em rendição.

A partir dali só foi madeirada e gritaria, a única coisa que eu pedi, foi pra não matarem, isso eu queria ter o prazer de fazer. Paramos por já estar cansados e os filhos da puta já tava quase morrendo.

Nega: Acho que meu aviso tá dado - peguei minha Glock e meti uma bala na cabeça de cada um - vocês fiquem espertos, e dão assistência pra família deles - Sai dali não querendo falar com ninguém

– O que você fez com um meu filho!? - uma senhora apareceu na minha frente fazendo escândalo.

Nega: Senhora eu entendo você mas... - ela não deixou eu terminar e já veio pra cima de mim, metendo vários tapas e eu segurei o braço dela - teu filho escolheu o caminho errado, as regras são claras eu só fiz o certo.

– Você é um mostro sabia - gritou na minha cara - eu disse pra gente não vim pra cá, mas ele quis, disse que a gente teria uma vida melhor aqui e olha só aonde ele tá agora, morto, por uma mulher sem compaixão alguma, você também é mãe, deveria saber como é perder um filho.

Nega: Medi suas palavras comigo - soltei os braços dela e apontei o dedo - não fala do meu filho, já disse, as regras são claras senhora, teu filho quase meti a gente em uma enrascada - ela me olhou surpresa - poisé! Eu sinto muito por você ter perdido seu filho, mas isso não tem nada haver comigo a escolha foi dele - o PR chegou puxando ela pra longe de mim.

Tirei minha camisa ficando só com o top, coloquei no ombro e fui com a minha moto.

Cheguei lá nem queria nada, estava cansada, tô dois dias sem dormi, tomei um banho e cai na cama.

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FEITICEIRA (Romance safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora