Chapter 1

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Valentine's Day

MIRANDA PRIESTLY

Mais um dia infernal do qual estou sendo obrigada a aturar uma completa incompetência coletiva. A Runway está prestes a apresentar uma nova edição para o maldito dia dos namorados. Estou no meio da festa de lançamento da revista especial desse dia. Suspiro cansada enquanto bebo a minha terceira taça de champanhe.

Sou bajulada por dezenas de pessoas e minha mandíbula quase adormece depois de tanto forçar sorrisos falsos.

Anna- Como estamos?

Minha amiga se aproxima de mim.

Miranda- Eu estou farta dessa encenação, Anna.

Sorrio e aceno com mais um pouco de falsidade que me resta pela noite.

Anna- Aguente mais alguns minutos, querida.

Minha melhor amiga sorri também distribuindo acenos.

Miranda- O meu assunto está resolvido?

Anna- Provavelmente será resolvido mais tarde.

Anna sorri em tom de deboche. Onde eu estava com a cabeça?

Miranda- Por que eu recorri a você?

Anna- Porque eu sou a sua melhor amiga. Te conheço há muitos e muitos anos e sou a pessoa em quem você mais confia nesse mundo.

Continuo acenando para os desconhecidos.

Anna- Não se preocupe. Quando chegar em Hamptons, a sua encomenda lhe encontrará na hora determinada.

Miranda- Anna...

Anna- Não se preocupe, Miranda. Será tudo muito discreto. A pessoa contratada vai chegar com a credencial no portão, te encontrará e vai embora quando você quiser. A quem mais você iria recorrer? Fizemos um caminho todo discreto para não corrermos o risco de algo vazar na mídia. A agencia tem completo sigilo e excelentes recomendações. Eles têm saúde perfeita. Os exames regulares quinzenais. Essa pessoa em especial, acabou de passar por uma bateria de exames.

Miranda- Céus. Eu sou mesmo patética.

Anna- Todos precisam de sexo, Miranda!

Miranda- Será que dá pra falar mais baixo?

Anna- Irv já sumiu. Pode ir. Qual a programação?

Miranda- Vou direto para o heliporto e sigo para Hamptons.

Anna- Ótimo. E se divirta!.

Brindamos nossas taças, bebo mais um gole e sigo apressada para o meu carro.

Um tempo depois chego ao heliporto e sigo viagem para minha casa de campo. Não sei o motivo de estar tão nervosa. É apenas algo estritamente profissional. Vou pagar por algo que provavelmente eu conseguiria de graça. Mas não sou capaz de ter sexo casual com conhecidos e correr o risco de ser exposta.

A viagem até a minha casa não demora tanto.

Quase 10 horas da noite. Envio uma mensagem para Anna lhe avisando que estou em casa e que o meu acompanhante deve chegar em uma hora. Jogo o aparelho no sofá e subo apressada e arranco todo o vestido de festa. Entro na banheira e suspiro para relaxar desse dia tenso e absurdamente irritante. Sou uma mulher de 43 anos, mãe de duas adolescentes, divorciada e que está tão ridiculamente sozinha no maldito dia nos namorados e há tantos meses sem sexo, que resolveu recorrer a um garoto de programa.

Um tempo após o banho relaxante, saio da banheira e me enxugo enquanto me olho através do espelho. Não vejo algo para me envergonhar. Obviamente não sou mais uma jovenzinha, mas não me sinto constrangida por ser vista por um jovem que só virá aqui para me satisfazer e pronto. Não preciso lhe dar satisfações ou me sentir obrigada a parecer atraente para ele. É puro sexo. Sexo pago e frio. Me hidrato, visto uma camisola curta de seda e visto um roupão por cima.

Valentine's Day G!POnde histórias criam vida. Descubra agora