Valentine's DayPOV MIRANDA
Não me sinto constrangida . Me sinto surpresa pela aparição. Não posso dizer o mesmo caso eu perceba que ela ouviu alguma das obscenidades que compartilhei com a filha dela dentro das quatro paredes do quarto de Andrea alguns minutos atrás.
— Eu...Onde está Andrea? — Questiono a primeira coisa que passa pela minha mente.
— Eu ia lhe fazer a mesma pergunta. Eu...
— Mãe, o que está fazendo aqui?
Me viro a tempo de ver Andrea entrando na cozinha um pouco pálida e perplexa com a presença da mãe. Noto os seus cabelos molhados, vestida com uma calça moletom, uma camiseta folgada com a figura de alguma bobagem cinematográfica ultrapassada estampada. Ao que parece ela estava tomando banho em algum outro cômodo desse espaçoso local.
— Olá, bambina!
Vejo Clarice se aproximar e abraçar a filha que exibe um nítido constrangimento.
— Mãe, eu te deixei no aeroporto. Não devia estar num voo para a Itália?
— O voo foi cancelado por causa do tempo. Miranda, você está bem? Como foi a consulta?
Clarice se justifica.
— Oh, foi ...Tudo bem! Com licença.
Inegavelmente é uma situação desconfortável. Vejo no olhar dela, que mesmo que ela não tenha nos ouvido em pura atividade pecaminosa, ela sabe que acabei de transar com a filha dela.
Por favor. Tudo tem um limite.
Dou as costas e sigo apressadamente para o quarto. Recolhi as minhas roupas pelo chão do quarto. Me visto o mais rápido que consigo. Sinto uma vertigem quando estou prestes a vestir o blazer, me fazendo sentar na cama novamente.
Deslizo a mão direita na barriga e respiro fundo.
— Calma, meus amores. Fiquem calmos. Está tudo bem.
Enquanto tento espantar a sensação ruim em meu corpo, aproveito para olhar com mais calma o quarto de Andrea. Percebo no criado mudo algumas joias caríssimas da coleção passada da Cartier. Tudo é confuso demais. Lembro de quando estávamos discutindo na minha casa, ela mencionado algo sobre meu controle financeiro. Puxo o celular do bolso do meu blazer e disco para Anna. Cai direto na caixa postal, mas eu cedo a maldita mania de deixar uma mensagem de voz.
— Anna, sou eu. Preciso de uma favor. Envia para o meu e-mail os extratos das transferências que eu pedi que você fizesse para a Andrea nos últimos meses. E me liga assim que chegar de viagem.
Finalizo a mensagem de voz e continuo reflexiva sobre o que está acontecendo em torno da mãe dos meus bebês. Escuto duas batidas na porta e instantes depois Andrea surge.
— Miranda!
Andrea entra no quarto e fecha a porta.
— Miranda, eu lamento muito. Eu...
— Está tudo bem, Andrea. Isso não é da minha conta.
— Eu realmente imaginava que ela havia embarcado. Ela disse que mandou uma mensagem pra mim me avisando que o voo havia sido cancelado e que estava chegando aqui, mas quando você e eu saímos da clínica eu já havia desligado o celular.
Ela se justifica e percebo o quanto ela continua constrangida.
— Tudo bem. Eu preciso ir.
— Não vai embora assim. Faz horas que você não se alimenta. Eu sei que é muito incomum, mas ela está fazendo macarronada com almôndegas.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Valentine's Day G!P
FanfictionUma noite de desejo dentro de um contrato profissional. Miranda contrata um garoto de programa para satisfazer seus desejos. Mas a programação não sai bem como ela esperava. Sai melhor do que o previsto. !!!!!!A história contém intersexualidade...