Chapter 15

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VALENTINE'S DAY


POV MIRANDA


Meu domingo está absolutamente atípico. O dia começou faz um bom tempo, mas eu continuo quieta na cama. Levantei apenas para me alimentar, tomar minhas vitaminas e voltei imediatamente para o calor e conforto do meu edredom.

Diferente do que eu imaginava, as gêmeas insistiram que viriam para casa ainda pela manhã. E eu estou deitada sem forças para me levantar da cama para sequer pensar em fazer algum tipo de companhia para elas quando elas chegarem. Não estou sentindo dor ou enjoo nesse exato momento, mas uma exaustão sem precedentes. Me comuniquei com a Blair, mas ela deixou clara a informação de que é normal estar sentindo o cansaço que estou sentindo.

Suspiro e aliso a minha barriga.

— Meu amor? Preciso que saiba que está tudo bem com nós dois. Ok? A mamãe só espera que você fique muito bem aí dentro. Só se mantenha bem. Pode fazer isso por mim?

Deslizo as duas mãos pelo baixo ventre numa massagem suave, nos dando um carinho delicado.

Pedi pelo celular que a minha governanta viesse trabalhar num dia também atípico para ela. Geralmente aos domingos eu prefiro estar sozinha em casa com as minhas filhas. Peço comida ou,  de forma rara quando elas pedem, eu cozinho. Hoje vou precisar dela para atender as necessidades das gêmeas. Não tem a menor possibilidade de eu sair da cama e resolver algo para elas.

Hoje preciso de repouso. Não expulsei a comida italiana que Andrea tem me enviado desde sexta-feira. E isso foi absolutamente satisfatório. Talvez os medicamentos que recebi no hospital ou realmente a alimentação tenha sido essencial, já que foi uma escolha absolutamente correta.

Os pedidos vieram quase sem molho e com pouco tempero. Porções equilibradas e um suave sabor a cada recipiente. Sempre adorei uma boa comida italiana e isso me deixou empolgada. Apesar de que me alimentei com equilíbrio nos últimos dois dias. Mesmo que eu estivesse realmente com fome, me senti impedida de comer mais do que era necessário para não provocar qualquer enjoo. Não recusei a comida ofertada por ela. Não havia motivo para rejeitar. Ela esteve em contato comigo através de mensagens a cada duas horas e eu a respondi, temendo que ela aparecesse na minha porta e eu fosse obrigada a sair da minha cama.

— Mamãe?

Escuto a voz de Cassidy no corredor, logo a porta vai se abrindo. Me viro e vejo as minhas filhas surgindo.

— Bom dia, bobsseys.

Elas respondem " bom dia" em uníssono e se sentam na ponta da cama.

— Por que resolveram vir antes do que estava programado? — Indago.

— Estávamos preocupadas. — Cassidy.

— Comigo? — As questiono.

Elas concordam ainda me olhando receosas.

— Eu só um pouco indisposta, meninas. É natural.

O celular de Cassidy toca e ela sai do quarto para atender me deixando sozinha com a irmã.

— O que aconteceu? Por que precisou ir ao hospital, mamãe?

— Não me senti muito bem e...E a médica receitou novos medicamentos para acabar com os enjoos.

Afirmo omitindo o fato de que saí daqui inconsciente.

— O bebê não está te fazendo bem!

A frase quase venenosa da minha filha me causa um incomodo repentino. Me esforço o máximo que consigo no momento e me sento na cama para encará-la.

Valentine's Day G!POnde histórias criam vida. Descubra agora