Chapter 36

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VALENTINE'S DAY.

POV MIRANDA

— Eu...É...

Andrea me olha e eu concordo.

— Mamãe disse que eu posso convidar pessoas para jantar com a gente. Desde que ela aprove...Mas acho que você não seria um problema.

Minha filha me olha desafiante e eu reviro os olhos.

— Claro que aceito! Mas posso fazer uma contraproposta?— Andrea oferece.

— Qual?— A minha filha pergunta.

— O que acha de ir jantar no meu apartamento? Vocês três? Eu posso fazer uma bela receita italiana.

Receita italiana faz meu corpo todo reagir. Meu deus, que delícia. Aceite, Caroline!

— Mas como é um agradecimento se você vai cozinhar?— Caroline pergunta.

Por favor, aceite, Caroline!

— Você pode me agradecer com a sua presença e da sua família no meu apartamento. Quem sabe uma sobremesa? Eu gosto de chocolate!

Andrea diz e minha filha olha, como se aguardasse minha concordância. E eu concedo mais rápido do que eu gostaria.

— Então tá! E...Nós quatro poderemos conversar, Andrea?

E o questionamento da minha filha se estende além de uma "conversa" natural. Ela está sendo diplomática e faceira. Andrea me olha sorrindo e eu ergo a sobrancelha para ela lançando o desafio para que ela responda a pergunta truncada de Caroline Willians Priestly.

— Caroline, nós poderemos conversar! Sobre o que quiser. — Andrea afirma com tranquilidade.

— Então tá marcado pra hoje! — Caroline afirma.

— Está bem. Agora eu realmente preciso ir ou chegarei atrasada. O seu carro já está aguardando, Miranda.

Concordo.

— Até mais tarde!

Andrea vai saindo.

— Andrea!

Ela se volta para mim e eu me aproximo dela. O corredor está relativamente vazio. Os alunos estão em suas aulas e o vazio é confortável para um comportamento ousado. E se eu não o fizer, sei que ficarei incomodada pelo resto do dia.

— Obrigada, doutora!

Me aproximo e lhe dou um selinho. Ela me olha surpresa e olha para Caroline. Mas sorri ao notar que de fato a presença da minha filha não está me deixando desconfortável por demonstrar intimidade com ela.

— De...De nada!

Ela devolve o selinho rapidamente, toca ligeiramente o ombro de Caroline e sai apressada pelo corredor.

Me viro e olho para Caroline que está com os braços cruzados me observando. De repente a vejo com um sorriso discreto e malicioso.

— O que foi, Caroline?— A questiono.

— Ué? Nada. É só um dia claramente ordinário. Absolutamente nada fora do comum da nossa rotina.

Cruzo os braços e a encaro esperando que ela desfeche seu pensamento.

— Então, dá selinhos nas pessoas agora? Achei que não gostava que as pessoas tocassem você. O pavor dos germes sumiu?

Ela me provoca jogando uma frase cheia de sagacidade esperando uma resposta malcriada. A olho e a analiso por alguns instantes.

Valentine's Day G!POnde histórias criam vida. Descubra agora