Chapter 56

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VALENTINE'S DAY

POV ANDREA

— Entra, pai.

Abro a porta para o meu pai que surge com uma enorme caixa de ferramentas.

— Trouxe podia ser que você não tivesse tudo!

Ele afirma e eu concordo. Fecho a porta  atrás de nós e vou seguindo pelo corredor.

— Sua casa é muito bonita, bambina!

— Obrigada.

Entramos no pequeno quarto ao lado do meu onde já estão diversas caixas abertas com as peças e parafusos soltos por todo lado em cima do tapete.

— Achei que o quarto dos bambinos seriam um pouco mais para cima.

— Esse quarto será dos gêmeos enquanto Miranda não se recuperar totalmente. Estamos dormindo no quarto vizinho a esse. Ela está se sentindo muito cansada com todo aquele peso. 

— Tem razão. Clarice também odiava escadas.

Eu me sento perto de diversas peças e ele se senta perto com sua caixa de ferramentas. Eu queria dizer que estou mais a vontade com o meu pai. Dividindo com ele um momento tão incrível da minha vida. Mas o clima continua estranho.

— Pai!

Ele para de mexer nas ferramentas e me olha.

— O que foi realmente que aconteceu? O que a Caroline disse?

— Andrea, aquele cachorro sarnento apertou o braço da menina, e a jogou contra um armário. Ela bateu a cabeça e as costas nesse tal armário.

O ódio que senti na noite de ontem retorna com força.

— Eu tomei a devida precaução e pedi um favor a um juiz. Um amigo antigo. Ele concedeu a liminar protetiva. Mas não é o suficiente. Esse infeliz é persistente.

— Eu não acredito que ele fez isso com uma garota.

— Pois fez.

— Ela contou para você?

— Sim. Contou. E eu não sei se devia ter contado para você. Ela não me pediu segredo, mas ficou implícito que ela não queria que a família soubesse.

— Então...Por que me contou?

— Ele esteve na porta do colégio delas.

— O quê? — Pergunto com meus dentes travados.

— A proteção dessas meninas está além da confidencialidade que a Caroline impôs, Andrea.

— Como você sabe?

— Quando descobri o que ele fez eu me senti enfurecido. E na semana que eu estive aqui, alguns dias atrás encontrei com ele. E o confrontei. Disse que ele não podia se aproximar de vocês.

— E o que ele disse?

— Ele riu. Como se não se importasse com a minha ameaça. Então eu pedi para o Andrew contratar um ragazzo para seguir o maldito. E o jovem mandou fotos dele na frente do colégio das garotas. Como se estivesse sondando algo. Não sei se é coincidência, mas não podemos arriscar.

— Pai, devia ter me contado logo.

— Bambina, como eu poderia contar? Você sequer estava atendendo as minhas ligações.

— Eu ainda estou com raiva de você, pai!

Respondo malcriada e ele apenas me observa.

— Não vou mentir! Eu fiquei muito decepcionada com você. Eu fui até a Itália para te contar...Contar que estava vivendo uma das coisas mais maravilhosas da minha vida. E você estragou tudo.

Valentine's Day G!POnde histórias criam vida. Descubra agora