Valentine's Day G!P

Chapter 89

17:17

VALENTINE'S DAY

POV ANDREA

A minha última lembrança antes de apagar foi o rosto da minha futura esposa. E naquele mero segundo antes de tudo ficar escuro o meu maior medo era de não poder chamá-la de esposa.

— Que saudades de você, Miranda.

Nos afastamos e ela me beija. Sinto ansiedade vindo dela também. Ouço a porta batendo, mas eu sequer me preocupo em checar. Trocamos beijos por um bom tempo até nos afastarmos ofegantes. Rimos uma pra outra.

— Como você inventa de me dar uma dor de cabeça dessas, doutora?

Ela pergunta segurando o meu rosto e me fazendo olhar em seu olhos perfeitos.

— Por deus, Andrea, não me assusta mais assim.

— Me perdoa...Me perdoa por tudo...Oh, meu deus, eu te amo tanto...Amo tanto.

— Não precisa pedir...

— Preciso. Eu preciso. Miranda, eu jamais estive com alguém desde a nossa primeira vez. Eu jamais te traí. Nem mesmo em pensamento. Eu lembro de tudo. De absolutamente tudo. Meu deus, eu amo você mais que a mim mesma, Miranda. Amo a nossa família. Amo os nossos filhos e nossas filhas. Eu...Os bebês? Eles estão bem? E a Cassidy? A Caroline? Elas...

— Ei. Calma. Calma, Andrea. Respira.

Eu solto a respiração que eu sequer havia notado que estava prendendo.

— Vem cá.

Ela me ajuda a deitar novamente na cama do hospital.

— Não se afasta de mim! — Eu peço.

— De jeito nenhum!

A vejo saindo dos saltos e subindo na cama. Antes que ela pudesse se acomodar eu a puxo para o meu abraço e fico agarrada a ela como se eu sentisse que eu jamais poderia soltá-la novamente.

— Estamos todas bem. Os bebês estão bem. Acabei de deixá-los amamentados, banhados e dormindo.

Eu suspiro ao lembrar dos meus italianinhos.

— As gêmeas também estão bem, levando em consideração tudo que vivemos nas últimas semanas.

— Me perdoa. Eu estava lutando desesperada para lembrar de tudo, mas...

— Mas acabou. Foi um pesadelo que acabou.

— Temos tanto pra conversar, Miranda.

— Eu sei. Mas não agora. Permita que seu corpo repouse. Despois conversaremos com calma sobre o que você quiser.

Ela diz beijando a minha testa. Eu suspiro concordando com ela e pelo carinho que ela está me fazendo.

— Está bem. E você? Como está se sentindo? — Eu pergunto.

— Bom, ainda assustada...Mas tudo que eu mais precisava aconteceu. Sua memória está voltando. Agora eu sei que vai ficar tudo bem.

Uma médica chega e me avalia. Ela me fala algumas coisas sobre o processo de recuperação e a possibilidade da minha alta ser mais breve do que imaginávamos. Ela pede que a enfermeira aplique algo no soro. Sinto o cansaço me abatendo e o calor do corpo da minha noiva me ajudando a descansar. Fecho os olhos e permito que minha mente repouse.