Valentine's Day G!P

Chapter 71

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VALENTINE'S DAY

POV ANDREA

Eu namorava ela. Eu namoro a Miranda. Como eu não consigo lembrar? Como eu namoro uma mulher daquelas e não consigo me lembrar?

— Fala logo, mãe!

A dor de cabeça não me abandona. Voltei do restaurante em pura agonia.

— Querida, por que não se senta? Venha tomar seu medicamento.

— Não. Nada de medicamentos. Fala a verdade pra mim.

Minha mãe me olha por alguns instantes e engole com dificuldade.

— Mãe, eu te imploro.

— Vocês estão noivas, Andrea.

Sinto o meu coração disparar em pura aflição. Olho para a minha mão e entendo o anel. Ela também usa anel? A confusão e a dor de cabeça me atinge e eu levo as mãos à cabeça.

— Andrea? Filha!

Começo a chorar sem controle.

— Filha, vem aqui!

Sinto a minha mãe me ajudando a sentar na cama.

— Fala comigo!

— Eu não aguento mais...Eu preciso lembrar. Eu preciso, mama.

— Andrea, fique calma.

— Como eu vou ficar calma?

Me levanto e encaro a minha mãe.

— Ela...Hoje ela estava no restaurante com o ex marido. Será que ela cansou e...

— Andrea, não se atreva.

Minha mãe fala firme.

— Miranda jamais se envolveria com outra pessoa dessa maneira tão vil ! Você já acusou ela de ter um envolvimento com o seu pai e agora está desconfiando dela com o ex? Chega, Andrea. Não se atreva a fazer isso com ela. A Miranda não merece isso.

A fala grosseira da minha mãe me faz ofegar.

— Mama, eu preciso da sua ajuda!

— O que precisa?

— Pedir perdão à ela! Eu preciso falar com ela.

— Andrea, você precisa...

— Tá. Eu vou sozinha!

Pego a minha bolsa e saio do meu quarto apressada.

— Espera, Andrea!

Minha mãe vem atrás de mim. Antes de alcançar a porta vejo meu pai chegando.

— O que está acontecendo?

Meu pai nos questiona.

— Ela quer ir falar com a Miranda, Nicola.

— Andrea, vamos conversar.

— Não. Vocês não querem conversar sobre ela. Não como eu preciso. Eu...

A cabeça continua doendo.

— Por que vocês não me deixam saber?

— Andrea, sua terapeuta disse que se forçarmos demais, você pode ter danos permanentes.

— Eu quero ver a Miranda.

Determino e vou passando pelo meu pai, mas ele me segura.

— Ela...Ela não está aqui!