Chapter 88

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21:21


VALENTINE'S DAY


POV NICOLA


Ainda sinto o corpo agitado pelo susto que atravessamos. Eu sabia que havia algo errado quando o cachorro sarnento não compareceu a audiência.

— Papa?

Meu filho fala comigo, mas eu não consigo para de olhar para o corpo do maldito desgraçado que sequestrou a minha neta e a minha filha. Continuo ofegante.

— Pai!

Olho para o meu filho que chama a minha atenção.

— Se sente melhor?

Meu filho questiona e eu concordo.

— Então, deixe me ver se eu entendi.

Um oficial da polícia está perto com alguns peritos verificando todo o cenário.

— A garota disparou em direção às costas dele. Acertou em cheio o coração. E ele caiu aqui?

— Parece que sim. — Afirmo.

— Sei. E porque esses hematomas recentes de chutes pelo rosto, braços...Pelo corpo todo como se ele estivesse sido surrado minutos atrás?

Meu filho e eu nos olhamos.

— Quase não dá pra reconhecer a cara dele, Bianchi.

— Eu não vi nada. E você Andrew?

— Não mesmo. Talvez ele tenha caído. — Andrew afirma.

Olho para o cadáver do miserável e sinto que eu poderia ter feito um estrago ainda maior. A pena é que não tive tempo de descarregar nele ainda mais a minha raiva.

— A perícia vai continuar. Saiam daqui!

O oficial afirma e eu vou saindo com o meu filho.

— Bianchi!

Me viro e olho para ele.

— Limpe os sapatos.

Ele afirma e dá as costas para mim e para o meu filho, claramente ignorando o fato de que meus sapatos estão cheios de sangue, resultado da minha fúria contra o maldito miserável.

— Com certeza o sarnento vai precisar de um caixão fechado.

Meu filho diz e me abraça.

— Devíamos ter deixado a Caroline acertar uns chutes também. — Afirmo.

— A gente pode induzir ela cuspir no tumulo, papa.

Nós dois rimos com tal possibilidade. Entramos no carro para seguirmos direto para o hospital onde estão Andrea e Cassidy.


POV MIRANDA


Olho para a minha filha adormecida na cama do hospital. Um ponto foi dado acima da sobrancelha e eu não consigo respirar direito. Ainda não consigo. O médico garantiu que ela está bem. Não há danos físicos além do corte na sobrancelha, o que pra mim já é mais que suficiente. Eu preciso que ela fale exatamente o que aconteceu. Em como tudo aconteceu.

Respiro fundo algumas vezes e ouço uma suave batida na porta. Vejo Sean entrando.

— Ela...Ela...

Ele aponta para a filha, mas não se aproxima. Vejo o seu rosto vermelho e os olhos brilhando. É o mesmo sentimento que está me atravessando.  Me levanto e abraço o meu ex-marido. Choramos abraçados com o sentimento de que o nosso bem precioso está salvo.

Valentine's Day G!POnde histórias criam vida. Descubra agora