Chapter 31

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VALENTINE'S DAY.

POV MIRANDA


Andrea foi clara quando disse  que deveríamos conversar pessoalmente. Todo o assunto precisa ser repassado em detalhes . Me comprometi em levar Caroline até o escritório dela na primeira hora de amanhã.

O jantar foi silencioso entre as gêmeas e eu. Cassidy se alimentando bem como se nada tivesse acontecido e eu agradeço internamente. São poucas as vezes que minha filha se abala ao ponto de perder a fome. Parecidíssima com o pai. Para ser honesta, quando Sean e eu discutíamos , ele descontava esvaziando a geladeira e os armários. Enquanto eu sempre perdi o apetite após um estresse, Sean, se deixasse, comeria a tinta das paredes.

Caroline é minha cópia fiel. Não quis forçá-la a se alimentar. Não quando tenho conhecimento de que a minha filha passou por uma grande injustiça. E logo no ponto que ela mais ama. Nadar sempre foi a razão da minha filha sorrir. E ela se esforça nesse aspecto. Sempre treinando! Sempre buscando melhorar seus tempos e suas técnicas. É absurdo e patético imaginá-la se beneficiando de qualquer medicamento ou drogas.

Me forcei a me alimentar. Andrea e eu lanchamos durante a viagem. E eu estava de fato com fome quando cheguei em casa, mas depois de saber o problema da minha filha, o enjoo se apossou de mim. E mesmo com outra dica para combater o enjoo que eu consegui com Clarice, realmente não funcionou.

Após o jantar, informo a Caroline que teremos um compromisso bem cedo sem detalhar para onde iremos ou o que faremos. Deixo ela e Cassidy em seus respectivos quartos, lhes dou boa noite e sigo para o meu quarto. Preparo um novo ritual para a banheira já que não pude aproveitar quando cheguei de viagem. Quando finalmente finalizei a minha conversa com Andrea, a água já estava fria.

Deixo a banheira enchendo e ligo para o pai das gêmeas.

— Como não percebeu que a nossa filha estava passando por uma crise nervosa, Sean ?

Ando de um lado para outro do quarto tentando espantar, ou apenas ignorar, o meu enjoo. Que continua furioso.

— Miranda, a Caroline não disse nada.

— E não percebeu que havia algo errado ? Honestamente, Sean.

— Caroline está estressada em 90% do tempo, Miranda. Sempre há uma linha tênue quando se trata da Caroline. Sabe disso.

— Eu não acredito em você, Sean. Eu confio em você. Compartilhamos a guarda e sempre concordamos que estaríamos sempre atentos a elas duas.

Miranda, não me acuse como se eu a tivesse ignorado ou negligenciado. Como eu poderia adivinhar o que estava acontecendo com ela?

— Sendo pai, Sean! Investigando. Se interessando. O comportamento já era um indício de algo estava errado.

Eu me interesso, Miranda. Sei o nome de duas amigas que se tornaram inimigas e depois voltaram a ser amigas da Cassidy. Sei o quanto ela adora ouvir músicas clássicas. Que ela gosta da cor vermelha...Eu sei quase tudo sobre a Cassidy porque ela conversa comigo.  Mas Caroline é um livro completamente fechado. Ela é igual a você. Ela não conversa comigo! Nunca conversou comigo.

Ele me acusa e eu reviro os olhos para tal frase. É a mesma que ele usa com frequência. Sean sempre me acusa pelo fim do nosso casamento. Talvez ele tenha de fato razão.

— Caroline é antissocial. Ainda mais que Cassidy. A terapeuta nos explicou que é uma característica natural dela. Então ela não chama as colegas de "amigas". Caroline as chama de conhecidas. Caroline adora a cor azul. Ela ouve Radiohead! Não é tão difícil assim, Sean. Ser pai ...Ser mãe exige isso de nós. Observação.

Valentine's Day G!POnde histórias criam vida. Descubra agora