Chapter 44

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VALENTINE'S DAY 

POV CLARICE


Tudo que eu mais temia aconteceu. Quando Andrea me informou que traria Miranda para Itália, eu me senti um pouco temerosa. Mas a esperança de que a notícia que mais dois herdeiros Bianchi estavam chegando, com a possibilidade de vir um garoto, faria meu esposo saltar de alegria e esquecer as implicações.

Ouvir meu esposo dizer absurdos sobre a Miranda me fez minha filha surtar com toda a razão. Quando vi a minha futura nora sangrando no meu tapete, eu sabia que algo grave estava acontecendo. E foi apavorante toda a situação. O desespero da Andrea era audível. No hospital Andrea ficava repetindo "eu preciso dos três" o tempo todo e aquilo estava me angustiando demais. Fui até a capela do hospital enquanto a minha filha tinha entrado no quarto para ficar com a namorada. Eu me ajoelhei e pedi forças. Implorei para que deus nos ajudasse num momento tão difícil. Pedi a força que precisarei ter nos próximos momentos no seio da nossa família. Vi Andrea acertar em cheio o rosto do pai. Isso terá repercussão e eu não sei como estarei preparada para qual for o resultado de tudo isso.

Andrew e eu chegamos em casa pela madrugada. Passo pela sala e vejo a nossa mesa de jantar cheia de comida, que eu preparei com tanto amor e carinho, abandonada e quase intocada. Quando Andrea e Andrew saíram disparados para o hospital, peguei o meu carro e deixei para trás tudo e todos para acompanhar a minha filha.

— Mama, tem certeza de que está bem?

Andrew chama a minha atenção quando chegamos as escadas da minha sala.

— Estou, bambino. Mas uma dor de cabeça ilimitada está me perturbando. É obviamente natural depois de tudo que vivemos esta noite.

— Precisa de alguma coisa, mama?

— Apenas que você fique em alerta com os celulares. Fique atento, bambino. Andrea pode precisar de alguma coisa a qualquer momento.

— Pode deixar, mama. Eu prometo que ficarei atento.

Nos abraçamos e ele segue para o seu quarto. Eu subo para o terceiro andar. Ao abrir a porta vejo Bianchi andando de um lado para outro com o lábio ferido e a camisa azul clara manchada de sangue. Andrea o acertou em cheio.

— Mi piccolo...

— Não me chame assim.

Saio dos meus saltos e me desfaço do meu casaco.

— Os meus netos...

— Não chame os meus netos como acabou de chamar. Não chame eles de "meus"! Você não tem direito sobre eles, Bianchi.

— Ela não...

— Não os perdeu se é o que você quer saber. Mas o perigo de aborto continua. Ela está na UTI.

— Por deus!

Ele passa a mão nos cabelos como se estivesse nervoso desde que saiu do hospital.

— O que disse para a Miranda lá na adega?

Meu esposo fica em silêncio.

— Ela chegou com a nossa filha feliz. Com apetite. As bochechas rosadas e saudável. Na adega eu notei que o brilho no olhar dela havia sumido. Durante o jantar ela estava machucada e quieta... O que você disse para ela, Bianchi?

— Que ela...Não servia para a Andrea.— Ele diz.

A fúria que eu já estava sentindo pelo meu esposo desde o inicio do jantar se multiplica.

Valentine's Day G!POnde histórias criam vida. Descubra agora