Chapter 34

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VALENTINE'S DAY

POV ANDREA


— Excelência, estamos aqui reunidos para o reconhecimento de uma união estável. A minha cliente conviveu com o falecido nos últimos dez anos. E desses de anos, nos últimos cinco foram dedicados a um homem com a saúde debilitada devido ao acidente de carro que o deixou paraplégico. Além do fato de que ela teve um filho do senhor Cameron. Vamos entrar num acordo! Fazer uma audiência de conciliação tranquila. Somos todos adultos. Pretendemos resolver pacificamente. Ela apenas quer ser reconhecida como esposa do falecido. Não quer brigas desnecessárias.

Afirmo em tom calmo. A minha cliente, que eu conheço há anos, me procurou apenas para ter o sobrenome do falecido marido. E o filho herdeiro babaca não quer concordar, embora a lei esteja ao lado dela.

O juiz olha para o advogado da outra parte.

— Excelência, essa mulher está querendo usar o sobrenome do meu cliente para benefício próprio. Esse tipo de pedido abre precedentes. Não reconhecemos essa relação. Foi algo passageiro.

Olho perplexa para a versão mentirosa do advogado.

— Excelência...

— Vamos fazer uma pausa de trinta minutos.

O juíz determina e todos concordamos.

— Doutora Andrea, eu não quero me aproveitar de nada. Só quero ser reconhecida como esposa dele. Vivemos como marido e mulher durante anos e anos.

— Não se preocupe, Ava. Vamos chegar a um consenso. Com calma, tudo será finalizado.

Ela suspira aliviada e sorri pra mim enquanto saímos da sala de audiências.

Ava é uma mulher humilde. O marido deixou uma herança volumosa. Não tão extravagante, mas que a deixaria confortável por muito tempo ao lado do seu filho. Ela foi clara quando disse que só queria o reconhecimento do sobrenome. A pensão alimentícia do filho era suficiente. Eu entendo. Ela sabe que o filho do falecido iria brigar por cada dólar deixado pelo pai. Bom, ela não está errada.

Deixo a minha cliente sentada no corredor de frente a sala da audiência ao lado de Serena , que me garantiu que não havia ligações para mim. Sigo até o toalete. Uso o banheiro e vou até a lanchonete para pegar um café. Ainda aguardando o meu pedido, vejo Andrew se despedindo de seu cliente.

Aceno para ele e ele se aproxima.

— Achei que já tinha ido, Andrew!

— Tivemos um pequeno desentendimento...

Ele pigarreia e se senta perto de mim.

— Desacato a autoridade.

Eu gargalho com o meu irmão.

— Seus casos são os melhores, Andrew.

A jovem barista chega com o meu café e Andrew pede um também.

— Então, doutora Andrea?— Meu irmão indaga pela metade o seu questionamento.

— Então o quê?

— A bonitona desceu dos saltos depois que eu saí?

Meu irmão me provoca e bebe do meu café.

— Oh, desceu sim. Mas só depois que eu confirmei que o homem feioso que estava me abraçando é na verdade meu irmão.

Ele gargalha alto.

— Eu senti que ela podia arrancar a minha cabeça, Andy!

— Sabe, eu também senti.

Valentine's Day G!POnde histórias criam vida. Descubra agora