Chapter 22

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VALENTINE'S DAY


POV ANDREA


A língua de Miranda Priestly ,passeando na minha boca , é uma das maravilhas do mundo.

Ela se afasta e eu a olho. Ela está tão linda nessa manhã. Ainda estamos de pé perto da minha janela panorâmica e parece uma visão.

— Não sei se são os hormônios da gravidez, a luz refletida desse sol semi San Marino ou outra coisa, mas você está mais linda do que nunca.

— Elogios rasgados ilusórios dessa forma não te levarão para lugar nenhum, doutora Sachs...Exceto, é claro, para a minha cama.

Miranda diz sorrindo e me dá um selinho.

— Vem aqui, senhora Priestly.

Seguro a mão dela e a levo até o meu sofá.

— Só posso ficar por mais alguns minutos. Tenho uma reunião de 18 minutos com Tommy Hilfiger.

— Está bem. Então...Como você está? E os bebês?

Aliso a barriga dela sentindo os meus filhotinhos quietinhos lá dentro.

— Estamos bem. Enjoada, mas natural acontecer!

— E você já tomou o medicamento? A médica disse que...

— Eu já me mediquei, Andrea. Mas não posso ficar me entupindo de remédios também.

Ela responde sorrindo. Pego os sapatinhos nas mãos e seguro perto do rosto.

— Isso aqui é tão perfeito!— Afirmo e sinto o cheiro.— É um cheirinho tão gostoso de amor.

— É sim. As gêmeas me surpreenderam com o presente e com a atitude.

— Como assim com a atitude?— Questiono curiosa.

— Elas não estavam muito felizes com a ideia. Na verdade foram dias caóticos.

— Ciúmes? Por ter filhos além delas? 

Devolvo para ela os sapatinhos.

— Eu achei que era ciúmes de fato. Mas elas estavam receosas de que eu me reconciliasse com o meu ex-marido. Elas acharam que o bebê...Os bebês eram dele!

— Oh. Entendi. Mas...

— Realmente gostaria de continuar conversando, Andrea. Mas realmente preciso ir.

Ela se levanta e eu me levanto junto com ela. Logo seguro a sua mão.

— Preciso ir, Andrea. Já estou atrasada!

— Está bem. Ok. O que acha de darmos uma volta depois do expediente? Poderíamos caminhar um pouco pelo Central Park. Eu te pago um cachorro quente da carrocinha oeste?

— Não.— Ela nega com veemência.

— Está bem. Eu sei velejar. Que tal um passeio de barco no próximo final de semana?— Sugiro outro passeio.

— Oh, deus...Não.

Me afasto um pouco e a olho.

— Então...Sem sairmos juntas? — Pergunto num tom curioso, mas sem julgá-la para não causar aborrecimento. Será que continuaremos escondidas?

— Eu não disse isso. Andrea! Eu não como comida feita numa carrocinha. Por deus, cachorro quente de uma carrocinha?

Ela questiona indignada e eu acabo rindo.

Valentine's Day G!POnde histórias criam vida. Descubra agora