Chapter 30

6.1K 539 137
                                    




VALENTINE'S DAY

POV MIRANDA


Um fogo passa pelas minhas veias quando percebo o estado lamentável da minha assistente.

— Você enlouqueceu, Charlton?

Ela sequer consegue me olhar direito. A vejo apenas se curvar e começa a vomitar no chão.

— Oh, meu deus! Que nojo!

Levo a mão a boca me sentindo enjoada.

— Acho que vou vomitar.

Declaro com a mão na boca.

— Oh, merda. Vem!

Andrea preocupada. Me ajuda a me levantar e me leva pra fora do quarto. Agradeço aos céus pelo corredor estar vazio. Ela me guia rapidamente até a sua suíte e eu me sento na sua cama. Ela pega água pra mim e me entrega.

— Obrigada.

Bebo um pouco e respiro fundo. Assistir alguém vomitar é o limite para que o meu estomago se rebele.

— Está passando? Precisa de um médico?

— Não. Vai passar...Eu vou matar aquela idiota.

Exclamo e bebo um pouco mais da água.

— Fica aqui quietinha que eu já volto. Tá?

Ela pede e eu concordo. Andrea sai do quarto e me deixa sozinha. Olho ao redor e vejo que a doutora é muito organizada. Os seus pertences são organizados em cada um de seus lugares. Andrea me impressiona a cada dia que passa e a cada informação sobre ela que chega.

Me aconchego na cama e suspiro. Um cansaço  inacreditável se apossa de mim. Tem acontecido com muita frequência. Talvez o estresse do dia ou o aborrecimento recente da esquila ruiva alcoolizada tenham contribuído para esse cansaço.

— Desculpa pelos estresses, meus amores. A mamãe promete descansar mais, está bem?

Fecho os olhos por alguns instantes, mas não tenho forças pra acordar. Me rendo ao sono.

Não sei quanto tempo leva, ou quantas horas eu dormi, mas acordo ao perceber um ruído estranho. Alguns sussurros. Abro os olhos e percebo que Andrea está sussurrando. Abaixo a cabeça e vejo ela conversando com a minha barriga. Com os bebês.

— E tem um campo enorme, pequenos. Com um balanço de madeira. Vocês vão adorar ficar se balançando. É a mesma casa que a minha família mora há décadas. Fica na Itália e eu vou adorar levar vocês lá.

— E eu vou também?

Ela ergue a cabeça e arregala os olhos quando percebe que estou acordada.

— Desculpa. Eu te acordei?

— Não se preocupe.

Ela se arrasta um pouco pelo colchão e se deita ao meu lado.

— Está se sentindo bem?

— Estou. Foi um enjoo passageiro. Não posso presenciar ninguém vomitando.

— Entendi. A esquila está apagada na cama.

— Amanhã ela terá um castigo adequado.

Andrea ri.

— Está com fome?

— Andrea, recentemente estou sempre com fome.

— Quer um smoothie?

— De banana!

Valentine's Day G!POnde histórias criam vida. Descubra agora