AMIGO PARA TODAS AS HORAS - PARTE II

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"... Não, Isabelle, eu não gosto de High School Musical, mas ainda assim eu prometo que dançarei as músicas com você caso queira um parceiro. Só não me faça assistir esses filmes de novo, eu te imploro por tudo o que é mais sagrado.

Ah, também não gosto de ouvir o quanto o Zac Efron é perfeito. É óbvio que ele é, o cara canta, dança, joga basquete e é bonito. O que mais as garotas querem, não é?

Ah, se você tivesse um amigo tão talentoso quanto ele! E que bom que você tem — sim, estou falando de mim mesmo. Por favor, reconheça logo isso e beije os meus pés.

Feliz aniversário, Isabelle. Eu te amo e você sabe disso porque eu gritei ontem bem alto na hora do jogo. Gostou de ser o centro das atenções igual a Gabriella Montez no início do terceiro filme? Aposto que não."

— Um pedaço da carta de Thomas para Isabelle em seu 14° aniversário entregue junto com algumas das músicas favoritas da Disney gravadas por ele em um CD.


Thomas me encarava com fogo nos olhos

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Thomas me encarava com fogo nos olhos. Não sabia se ele estava desconfiado ou com ciúmes por ter outro garoto querendo conversar comigo além dele.

— O que ele quer é ficar com você, é óbvio — acusou e eu me senti encolher no banco. — Não vai ser papo amigável.

— Eu sei — sussurrei ainda assustada com a ligação. Meu coração batia em ritmo acelerado.

Meu amigo me fitou aguardando mais respostas.

— Elisa me disse que ele queria. Na verdade, já tem um tempo isso, e ontem tocou no assunto novamente — confessei engolindo em seco tantas vezes que minha garganta começou a doer. — Na primeira vez que fiquei sabendo, eu meio que dei um fora nele. Sabe, sem ao menos conversar diretamente.

Thomas suspirou e deixou o nervosismo de lado.

— E o que você pensa disso? — quis saber um pouco mais interessado no assunto agora. — Imagino que tenha pensado já.

— Ontem eu disse que iria analisar. Mas, não achei que a fofoca chegaria nos ouvidos dele assim tão rápido! — Elisa iria me pagar. — Então, deixei para uma outra hora, afinal, estaríamos atolados de coisas para fazer neste fim de semana e eu preferi me ocupar com elas.

Tomei um gole do resto de suco de laranja que estava no meu copo. A esta altura já estava quente por causa do contato com a mão apertando-o vorazmente.

— Você... — ele parou um segundo antes para raciocinar melhor a minha resposta. —...vai ter coragem?

Senti minha espinha se arrepiar apenas com essa pergunta.

— Olha bem para mim, Thomas — pedi com pânico tomando conta do meu corpo. — Você acha mesmo que estou preparada para isso? Não consegui sequer conversar com ele direito por telefone. Imagine pessoalmente? E se ele quiser me beijar?

𝑪𝒂𝒓𝒕𝒂𝒔 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑻𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora