CIÚMES - PARTE III

717 91 115
                                    

"Você pode ser e fazer o que quiser, porque é uma das pessoas mais impressionantemente dedicadas que eu conheço. E é a minha inspiração, meu fôlego para estudar e conseguir ir em frente naquela sala de aula enquanto tudo o que eu desejo é sair por aí correndo sem rumo e de preferência pelado."

"Thomas, vamos esquecer essa parte da sua nudez por enquanto, por favor. Está me distraindo."

"Foi só a parte do pelado que você ouviu?"

— Conversa entre Thomas e Isabelle naquele final de tarde enquanto ela tentava falar sobre sua futura profissão, mas só conseguia pensar nas intimidades do seu amigo.

Gostaria de ter mesmo seguido em frente depois daquele dia, mas, preciso confessar que aquela imagem ficou perturbando minha mente por um bom tempo! Não no sentido ruim, sequer no bom, apenas no âmbito confuso, onde sentimento algum parecia se enc...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Gostaria de ter mesmo seguido em frente depois daquele dia, mas, preciso confessar que aquela imagem ficou perturbando minha mente por um bom tempo! Não no sentido ruim, sequer no bom, apenas no âmbito confuso, onde sentimento algum parecia se encaixar perfeitamente.

Como dizer que aquilo mexeu comigo mais do que imaginei que iria? Era simplesmente ridículo não conseguir apenas passar por cima.

Contudo, às vezes, no meio da madrugada, quando estava acordada e sem ouvir barulho algum, minha mente vagava até aquele momento e nada me tirava de lá. Tentei forçar tantas coisas dentro da minha cabeça para ver se me distraia, mas nada era bom o suficiente.

Droga! Estava ficando louca, só podia ser. E daí que vi Thomas pelado e ereto? E daí que foi num momento íntimo como aquele? Por qual motivo alguém se sente mexido por isto? Qual era o ponto de equilíbrio que precisava chegar para apenas ignorar e seguir em frente como se nada tivesse acontecido?

Todavia, eu sabia que não seria tão simples. Vi um homem nu e excitado pela primeira vez. Não um homem qualquer, mas meu melhor amigo! O mesmo que escolhi para dar meu primeiro beijo. O mesmo que eu, de maneira natural, imaginava que algum dia, talvez, aconteceria de transarmos por pura curiosidade e até mesmo comodismo. Mas este último pensamento era apenas coisas da minha mente, não ditas em voz alta, não concordadas e sequer cheguei perto algum dia de dizê-lo.

Só que agora tudo parecia diferente.

Igual em questão de amizade, mas diferente dentro de mim. E era como um fogo que crescia e tomava conta do meu corpo.

Um turbilhão de pensamentos que girava em torno daquele acontecimento dissipou todo o problema sobre meu futuro que estava pairando em minha cabeça antes disso acontecer.

A voz de Daniel, naquela mesma noite quando nos encontramos, ficou abafada e não conseguiu me distrair. Nesse mês e meio que estávamos juntos, nada parecido havia acontecido e eu esperava que não acontecesse.

Mas, afinal, não era para sentir alguma atração por ele? Quer dizer, não seria natural que eu o quisesse ver da mesma maneira? Tocar nele, sentir o prazer em uma relação sexual? Já tinha mais de dezessete anos, estava ficando atrasada, inclusive, nesse aspecto, já que todo mundo parecia ter ido para a cama com alguém. Em todo esse tempo sequer tive curiosidade de saber como Daniel era intimamente, e neste instante confesso que tudo o que eu não queria era ter o mesmo destino que tive com o meu melhor amigo.

𝑪𝒂𝒓𝒕𝒂𝒔 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑻𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora