O INÍCIO DO FIM - PARTE I 🔞

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"Você me leva às nuvens sem tirar os pés do chão."

— Sussurro de Thomas para Isabelle na calada da noite sentados no banco-balanço da casa dela.

— Sussurro de Thomas para Isabelle na calada da noite sentados no banco-balanço da casa dela

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PRESENTE

— Naquela noite, depois do acampamento e quando minha mãe foi nos buscar, nós contamos para ela que estávamos namorando — confesso para Janine. Não havia nada mais relevante no resto daquele dia e eu precisava focar no que era importante agora, pois o tempo era escasso.

— E como foi a reação dela? 

Sinto um sorriso melancólico contorcer o meu rosto.

— Acho que nunca a vi tão empolgada — relembro do momento com um sentimento doce na boca. — Como verbalizei anteriormente, disse que sempre soube que aquilo iria acontecer, desde o início. Creio que era mais óbvio sob o olhar das outras pessoas do que o nosso. Thomas ficou radiante com o apoio.

— E o seu pai?

— Bem, era tarde quando chegamos à cidade e eu disse para Thomas que ele poderia ir para casa, afinal, estávamos exaustos pela longa viagem, e que devíamos adiar a conversa entre eles para a próxima noite. Contudo, ele quis ir logo para não perder o entusiasmo que minha mãe se encontrava, estava objetivado e achava que meu pai iria dar um enorme sermão em nós dois e ela poderia ajudar, então entramos juntos de mãos dadas. Achava que meu coração iria sair pela boca naquele instante. Assim que botamos os pés em casa, notei que papai estava distraído sentado no sofá lendo uma revista. Lembro-me exatamente a cor da camisa que ele vestia naquela noite, a posição que se encontrava no encosto do móvel, a televisão ligada em um programa de auditório de domingo. É uma memória tão viva como se tivesse acontecido ontem. Mamãe e eu entramos na sala, Thomas ao meu lado atento a qualquer sinal, mas antes que eu dissesse alguma coisa, ela logo declarou: "Thomas e Isabelle estão namorando!" Assim, sem mais nem menos e sem aviso prévio.

Dra. Janine riu.

— Papai, que estava com seus óculos de leitura, os deixou cair pelo nariz até parar na ponta para fitá-la. Depois nos encarou ali, suas sobrancelhas juntas me indicavam confusão mental ou algo parecido. Então, ele finalmente proclamou: "ué, eles já não eram namorados?"

A psicóloga deu outra risada, dessa vez mais alta, e tampou a boca tentando abafar. Essa parte da história era realmente engraçada.

— Eu juro que fiquei paralisada um tempo olhando para ele tentando compreender do que diabos estava falando. Respondi: "Não!? Nós somos amigos. Quer dizer, éramos só amigos. Até ontem." — Janine me encarava com uma expressão cômica na face.

— Ele evidentemente estava brincando — ela sugeriu.

— Sim, mas eu cai em sua armadilha direitinho, pois era um truque — continuei. — Porque, depois ele questionou: "e qual a diferença entre o que faziam antes e o agora?" E eu respondi sem pensar: "sexo?" — na verdade saiu mais como uma pergunta, mas enfim.

𝑪𝒂𝒓𝒕𝒂𝒔 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑻𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora