A CHEGADA DE THÉO

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"...um ano se passou desde que você mandou notícias. Não nos falamos mais, principalmente por escolha minha. Eu sei que você recebeu o meu recado e que escolheu assim. Porém, de alguma forma, preciso conter minha vontade de falar com você novamente com todas as minhas forças. Nem que fosse por um segundo. E eu sinto tanto ódio disso.

Por que teve que ser assim?

Eu achava que nossos dias juntos eram perfeitos. Talvez estivesse enganada.

Porém, ainda que tenha se passado três longos anos desde a sua partida, ainda sinto falta de você todos os dias. Quando essa sensação irá passar? E por que não poderia ser exatamente agora?

Eu sinto que te odeio, Thomas. Mas, sinto que não consigo odiar da maneira correta. Estou feliz por você estar bem e estou com raiva por ter mentido para mim.

De qualquer forma, ainda estou aqui escrevendo para você como se algum dia fosse ler estas cartas. Eu sei que não vai, porque só sendo muito idiota para eu deixar que entre novamente em minha vida.

Tenha um aniversário ordinário. Não sei porque ainda me lembro deles."

— Parte da carta de 21 anos de Thomas escrito por Isabelle.


Thomas e eu dormimos naquela noite juntos

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Thomas e eu dormimos naquela noite juntos. E realmente foi apenas isso mesmo. Estávamos tão exaustos que adormecemos pouco tempo depois que nos deitamos: ele com a cabeça apoiada em meu peito e eu com a mão acariciando seus cabelos exatamente como fazia comigo.

E foi uma noite boa, apesar das circunstâncias. Acordamos apenas no outro dia com uma ligação em seu celular que nos despertou ao menos sete horas depois.

— Alô? — ele atendeu com a voz rouca. Percebi seu rosto completamente amassado de um lado, o que sugeria estar na mesma posição por um bom tempo. — Théo?

Me mexi na cama e atentei ao que ele falava, porém, não conseguia ouvir nada além da voz de Thomas ao meu lado.

— Hoje à tarde? — questionou enigmaticamente. — Claro, estou sim...

Alguns minutos de conversa depois ele desliga.

— Théo chega hoje por volta das duas ou três horas. Já está no Brasil e aguardando um voo para cá — esclarece levantando-se da cama.

— Adiantou a viagem? 

— Aparentemente por causa de Giselle. Fico feliz que esteja se esforçando para irmos a fundo com essa história depois de tudo o que soube sobre nós.

— Eu acho que ele é tão como você que não precisam de teste de DNA.

Thomas coloca suas mãos na cintura e me encara.

— Não vai se apaixonar por ele! 

Da onde ele tirou aquela ideia?

— Deixa de ser idiota, eu jamais me apaixonaria por outro homem mesmo que fosse seu irmão gêmeo — garanto. Ele ri.

𝑪𝒂𝒓𝒕𝒂𝒔 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑻𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora