CIÚMES? - PARTE IV

675 93 46
                                    

"Bel, eu preciso que você venha até a minha casa com um desentupidor de pia, diabo verde, desengordurante de fogão, fita adesiva e um gato que não seja tão preguiçoso quanto o seu, e preciso que faça isso em no máximo cinco minutos. Não perca seu tempo perguntando o porquê, apenas venha antes que minha mãe chegue pelo amor de Deus!"

— Mensagem de Thomas para Isabelle na noite em que ele tentava fazer um experimento químico na cozinha, mas acabou em uma explosão e alguns ratos saindo do esgoto.

— Isabelle? — ouvi a voz de Thomas me chamar no segundo seguinte, mas decidi ignorar totalmente e continuar andando até a minha casa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Isabelle? — ouvi a voz de Thomas me chamar no segundo seguinte, mas decidi ignorar totalmente e continuar andando até a minha casa.

Que péssima ideia! Eu só podia estar mesmo enlouquecendo quando pensei em vir até aqui. Afinal de contas, o que eu iria mesmo fazer? O que estava prestes a começar? Thomas era meu amigo, mas é claro que não tinha o direito de ir em frente com uma loucura dessas.

— Isabelle! — a voz dele soou um pouco mais longe agora, o que significava que não estava, como de costume, vindo atrás de mim às pressas. Essa constatação doeu mais do que imaginei que poderia.

Me virei por um milésimo de segundo, o suficiente para ver que ele ainda estava com Beatrice e voltei para o meu caminho.

— Isabelle, espere! — Cinco ou seis segundos depois, ouvi seus passos apressados vindo até mim. Cruzeis os braços num ato de proteção inexistente, pelo menos não deixaria minha guarda baixar.

A garganta estava fechada, evitando que eu gritasse com ele ou... ou o quê? O que estava acontecendo comigo?

— Bel — Thomas me virou pelos braços num movimento cansado —, o quê...?

Encarei-o sem saber o que dizer, sem ao menos entender o que precisava falar e nem conseguir inventar uma desculpa. Afinal, que justificativa eu poderia dar?

— Está tudo bem? — ele perguntou me colocando de frente, tocando meus ombros e me assistindo fungar o nariz sem parar. — Você está bem?

Balancei a cabeça afirmando sem ao menos conseguir responder algo em voz alta.

— Tem certeza?

— Eu... — senti minha voz falhar, sair quase como um gemido doloroso e impossível de explicar para ele. — Estou.

— Você foi me procurar? — quis saber, encarando-me ansioso e um pouco vermelho de vergonha.

— É, sim... — Céus, minha voz não estava colaborando! Senti meu rosto tremer, e não sabia dizer se era de raiva ou outra coisa. — Mas está tudo bem, volto outra hora quando estiver livre — consegui falar após engolir à força o nó na garganta. — Me desculpe por te atrapalhar.

— Espere — Thomas pediu quando percebeu que eu voltaria a andar. — O que foi que aconteceu?

— Não é nada. — Me voltei novamente para ele e afirmei com rispidez. — Nada!

𝑪𝒂𝒓𝒕𝒂𝒔 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑻𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora